Elena Maltese
Elena acordou, com Rhea a abana-la. Rhea era uma rapariga que não devia ter mais de 13 anos. Elena sabia apenas que ela era russa e estava sozinha.
Rhea fez sinal de silêncio e depois apontou para cima. Alguma poeira caia no teto, ouvia-se passos. Roberto, era o homem que as prendia naquele alçapão, andava de um lado para o outro. Parecia nervoso. Alguém bateu à porta, melhor dizendo esmurrou a porta.
-Roberto Dias, FBI. Abra a porta por favor.-um homem gritou em inglês.
Inglês... será que...? Elena não tinha a certeza onde estava. Sempre pensou estar em Portugal, porque Roberto era português. Ela sabia algumas palavras, mas não muitas. Apenas os suficiente para reconhecer a língua.
Roberto parou, respirou fundo, e abriu a porta.
-Em que posso ajudar?-perguntar num inglês desajeitado.
-Será que podíamos entrar, Sr. Dias?-perguntou o homem
-Não me convinha muito agora...-disse Roberto. Quase que ele na conseguia ver o sorriso amarelo e asqueroso dele
-Pois mas o mandando que tenho aqui, diz que esta hora é perfeita. Por isso vai ter que nos deixar entrar.-o homem disse entrando.
Várias pessoas entraram e começaram a vasculhar a casa, mas não as encontraram.
Rhea puxou a manga anteriormente branca da camisola de Elena. Elena olhou para Rhea que apenas murmurou
-Ajuda?
Elena não sabia o que dizer a Rhea. A verdade é que Elena tinha medo de ser outro comprador. Ela não sabia o que FBI queria dizer, seria uma agência governamental? Alguém que as iria comprar? Um teste?
-Agora vou ter que arrumar tudo, ou a patroa vai me castigar. Já encontraram o que queriam?- Roberto perguntou
-Tudo limpo Casey.-disse uma mulher
Elena olhou para trás. Lá estavam encolhidas todas as mulheres. Com medo estampado nas suas caras. Medo de serem vendidas. Medo do dia de amanhã.
Então Elena afastou Rhea, não queria que a menina visse se aquilo corressem mal. Marcela, uma brasileira, tapou a vista à Rhea como se compreendesse a o que Elena queria, e deu um aceno de cabeça como se a encorraja-se.
-Peço desculpa pelo incómodo Sr. Dias. Deve ter sido uma queixa falsa.-disse o homem
-Pois bem, claramente.-disse
-AJUDA! AJUDEM! POR FAVOR! FOMOS RAPTADAS!- Elena bradou com todo o ar dos seus pulmões, batendo com toda a sua força no alçapão. As mulheres que a acompanhavam ficaram chocadas com o que Elena estava a fazer. Elena deitava até lágrimas de emoção. Medo sobretudo.
Elena ouviu a porta fechar-se com brutalidade. E de seguida, ouviu alguém engatilhar uma arma. Sabia que era o seu fim. Roberto abriu o alçapão e puxou-a pelos cabelos.
Meteu Elena de pé, e apontou uma arma a sua cabeça. A porta atrás de Roberto foi aberta à força. Entraram varios homens e varias mulheres todos com um colete a dizer "Federal Investigation Agency" .Roberto pegou na Elena, colocou um braço à volta do seu pescoço, e a arma na sua têmpora.
-Eu morro, mas ela morre comigo.-Roberto gritou cuspindo-se todo.
-Roberto largue a arma. Não piore a sua situação!-disse o polícia que estava à frente. Era um homem musculoso apontando uma arma directamente à cabeça de Roberto. Ele tinha cabelo castanho claro, e Elena não conseguia ver os olhos ele mas percebia que eram claros. O homem tinha um queixo forte, e um bronze notável. Elena nunca tinha visto homem mais bonito.
-Piorar? Como poderia piorar? Tudo por causa detas vadias? Eu não vou para a prisão por causa delas. - Roberto gritava enfurecido.
Elena olhou para baixo, e viu que Roberto estava descalço e pensou ser ter encontrado uma maneira de se salvar.
-Roberto tenha calma vamos conversa.-o polícia tentava acalmar Roberto, mas parecia impossível. Então Elena encheu-se de coragem e pisou o pé terrivelmente mal cuidado de Roberto. Surpreso pela dor, Roberto largou a Elena, que aterrou no chão.
-Sua puta!-Roberto apontou a arma a Elena, que sabia que tinha jogado com a sorte vezes de mais. Fechou os olhos e de seguida ouviu o disparo. E depois outro. E um terceiro disparo. Mas nenhuma dor.
Quando abriu os olhos. O polícia que falava com Roberto tinha disparado primeiro. Três tiros, certeiros no peito.
-El-Eles vêm atr-atrás de t-ti. De to-todas vocês.- Roberto disse pegando num pé de Elena. Da boca de Roberto saia imenso sangue, e mais algum sangue espalhava-se pela camisola de alças branca dele. Elena pontapeou a não dele para longe, Roberto demonstrava um sorriso louco.
Elena colocou a mão na boca, e um braço a volta do estômago, enojada e chocada. Roberto estava morto. Aquele que tocará nela tantas vezes, dizendo que era "exótica". E agora estava morto.
O polícia que anteriormente falava com Roberto, veio acalmar Elena. Uma outra polícia, tentava ressussita-lo. Para que desperdiçar tempo e energia com um monte de porcaria como Roberto?
-Ei calma... calma... somos Polícia. Inglês?-perguntou o homem
-Si-Sim.- Elena disse muito atrapalhada, não tirando os olhos de Roberto.
-Não olhes mais para ele, não precisas mais de te preocupar com ele. O meu nome é Austin, tu sabes o teu nome?-Austin, perguntou metendo-se no raio de visão de Elena, impedindo-a de ver Roberto
-Ele-Elena.-disse Elena chorando mais
-Elena, okay é um bom começo. Estas sozinha?-perguntou Austin
- Som-Somos mais de 20...-Elena sussurou olhando Austin nos olhos. Agora podia ver com clareza que eram azuis esverdeados. Um tom quase único, ela pensou. Austin arregalou os olhos.
-Onde?-ele perguntou
Elena levantou-se trémula, com as pernas bambas e abriu o alçapão. Rhea, Marcela, Leah, Kurita, todas as mais de 20 mulheres e crianças estavam lá a tentar observar o que se passava.
-Ajuda?-Rhea perguntou a Elena. Elena deixou cair umas lágrimas e afirmou. As mulheres começaram a chorar, abraçando as filhas, ou umas as outras. Pura felicidade. Estavam salvas. Todas.
Então Casey, Elena e outros membros do FBI ajudaram a tirar as mulheres. Ao todo 18 mulheres, e 9 crianças. 27 pessoas. Russas, italianas, japonesas, angolanas, portuguesas, brasileiras, tudo.
Agora só precisavam de descobrir a mente criminosa por detrás disto tudo.
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Dark Place
RomanceOs agentes do FBI são obrigados a ver muita coisa desagradável, mas o Agente Austin Casey viu coisas que iriam enlouquecer a pessoa mais sã. Então ele decidiu que iria fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para proteger o maior número de pessoas...