Capítulo 21

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- Vejam se não é o meu irmão com a minha mais recente aquisição. – Esperem , qual foi a parte da história que eu não percebi? Eles são irmãos? O Harry e o Mason são irmãos? Impossível.

- Mason !? – Harry confirmou nebuloso. Aposto que com esta supressa repentina, a vibração do seu fluxo sanguíneo diminuiu.

- Desculpem, eu não queria de todo perturbar a cena romântica. – ironizou como de costume.

Eu não podia que ele me comandasse outra vez. Eu tinha que me impor. Aproximei-me dele, como forma de demonstrar que não apresenta o mínimo de receio com a sua presença, deixando de parte toda a minha imagem de menina de quatorze anos. Se eu não tivesse snifado, certamente não teria esta atitude.

- Tens noção que tens meio mundo a tua procura?-  intimidei-o

- Ter noção? Tenho. Mas ainda tenho mais a noção que também estarias nesta posição se não o meu irmão, aliás se não fosse uma chamada …

- Cala-te caralho!. – o conjunto de dedos do Harry projetou-se contra a face do Mason, fazendo-o cair. Ele levou a sua mão até ao seu lábio inferior, retirando todo o excesso de liquido vermelho sorrindo.

- És mesmo psicopata. – dei-lhe um pontapé em cheio na barriga, libertando toda a minha raiva acumulada.

- Acalma-te.- aconselhou-me o Harry. Pego nos meus membros superiores e moveu-me para trás dele. Obrigada Harry estás-me a tratar como uma menina de quatorze anos, e sou muito mais que isso.

- O que é ganhaste com isto? Tu sei perfeitamente que foste tu chamaste a polícia. Para que? Para me queimar? Tu és mais inteligente que isso, admite. Tu sabias que também sairias a perder! Então, explica-me , o que tu ganhas com isso tudo? Explica-me! – cuspi-lhe.

- Claro que te explico. –O que é que te levou a pensar que eu ia cumprir a minha parte do plano? És tão inocente bebé. – alevantou-se ainda com a mão no ponto de ferida, fazendo libertar sangue pela boca. Gargalhou alto e via-se restos de fluxos na sua dentição. Ele é um monstro.

Caminhou para fora da cozinha, mas antes parou na porta voltando-se para nós.

- Foi a primeira e última vez que me deitaste ao chão, maninho. Espero que tenhas gostado. Ah! E tu (Y/n) és minha.

*

Após me despedir de todos, foi conversar com a Alexandra e o Afonso. Ele não apresentou nenhum problema em limpar a casa sozinho, visto que eu ia embora mais cedo, e a Alexandra compreendeu apesar de ser o seu aniversário. Notava-se que mantinham-se afetados pelo álcool no seu organismo pelas suas atitudes, o que não me deixava muito confortável entregar a responsabilidade da casa a eles, mas tenho que lhes confiar, eles são uns dos meus únicos amigos.

Dirigi-me para o exterior da residência e entrei dento do veículo o Harry, que esta com um ambiente quente e agradável o que me abstraia das más recordações. Ele tinha-se oferecido para levar-me para casa e não podia recusar.

- Hey. Já foram embora? – saudei-o e ele arrancou.

 - Sim, temos reunião daqui algumas horas.

- Então, já devias de estar em casa.

- E tu ficavas aqui sozinha?

-  Eu não estava propriamente sozinha.

- Mas estavas desprotegida.

Apesar dos recentes acontecimentos, a viagem de carro decorreu normalmente. A minha relação com o Harry reformou-se bastante passando agora a “esquisita”, talvez não seja a melhor descrição mas é a disponível.  Descalcei-me na entrada e quase me desequilibrava se não fosse o Harry a amarrar-me no braço.

- Obrigada.

- Boa noite (Y/N). – beijou-me a testa e eu afastei-me e subi as escadas até ao meu quarto. 

Cheguei ao quarto e traqueei de imediatamente a janela da varanda que dava corrente de ar e de seguida a porta. Encostei-me nela e deslizei até ao chão. Oh meu Deus! Ele dá comigo em tola, suspirei. Mandei os meus saltos para um sítio qualquer e dirigi-me para casa de banho.    

Libertei das minhas roupas, ficado apenas e cuecas e vesti a camisa do Harry que me tinha emprestado pela segunda vez, quando estávamos na piscina do hotel, a qual eu nunca devolvi. Desmaquilhei-me e exfoliei a cara, e posteriormente lavei os dentes. Sentia-me agora muito mais leve e suave pois já não estava com efeito da cocaína.

Comandei até a cama, peguei no meu Iphone e auriculares para ouvir música enquanto pensava na minha vida, reflexões antes de dormir. Passaram-se uma meia dúzia de músicas. Ultimamente tenho  tido alguns sonhos mais desagradáveis, o que faz com que tenha um certo medo de adormecer, sinto um frio nas minhas costas. Cobre-me com o coberto só com esse pensamento.  Descobre-me e verifico que a janela está fechada. Olho para meu lado direito da cama e vejo um lírio branco em cima da almofada. Pego nele e respiro-o, reparado que a porta não estava trancada.

Desculpem o capítulo pequeno, mas ando a ter problemas em aceder ao wattpad :/

Com muito amor,

Brenda xx. ♥ 

Look After YouWhere stories live. Discover now