- Vejam se não é o meu irmão com a minha mais recente aquisição. – Esperem , qual foi a parte da história que eu não percebi? Eles são irmãos? O Harry e o Mason são irmãos? Impossível.
- Mason !? – Harry confirmou nebuloso. Aposto que com esta supressa repentina, a vibração do seu fluxo sanguíneo diminuiu.
- Desculpem, eu não queria de todo perturbar a cena romântica. – ironizou como de costume.
Eu não podia que ele me comandasse outra vez. Eu tinha que me impor. Aproximei-me dele, como forma de demonstrar que não apresenta o mínimo de receio com a sua presença, deixando de parte toda a minha imagem de menina de quatorze anos. Se eu não tivesse snifado, certamente não teria esta atitude.
- Tens noção que tens meio mundo a tua procura?- intimidei-o
- Ter noção? Tenho. Mas ainda tenho mais a noção que também estarias nesta posição se não o meu irmão, aliás se não fosse uma chamada …
- Cala-te caralho!. – o conjunto de dedos do Harry projetou-se contra a face do Mason, fazendo-o cair. Ele levou a sua mão até ao seu lábio inferior, retirando todo o excesso de liquido vermelho sorrindo.
- És mesmo psicopata. – dei-lhe um pontapé em cheio na barriga, libertando toda a minha raiva acumulada.
- Acalma-te.- aconselhou-me o Harry. Pego nos meus membros superiores e moveu-me para trás dele. Obrigada Harry estás-me a tratar como uma menina de quatorze anos, e sou muito mais que isso.
- O que é ganhaste com isto? Tu sei perfeitamente que foste tu chamaste a polícia. Para que? Para me queimar? Tu és mais inteligente que isso, admite. Tu sabias que também sairias a perder! Então, explica-me , o que tu ganhas com isso tudo? Explica-me! – cuspi-lhe.
- Claro que te explico. –O que é que te levou a pensar que eu ia cumprir a minha parte do plano? És tão inocente bebé. – alevantou-se ainda com a mão no ponto de ferida, fazendo libertar sangue pela boca. Gargalhou alto e via-se restos de fluxos na sua dentição. Ele é um monstro.
Caminhou para fora da cozinha, mas antes parou na porta voltando-se para nós.
- Foi a primeira e última vez que me deitaste ao chão, maninho. Espero que tenhas gostado. Ah! E tu (Y/n) és minha.
*
Após me despedir de todos, foi conversar com a Alexandra e o Afonso. Ele não apresentou nenhum problema em limpar a casa sozinho, visto que eu ia embora mais cedo, e a Alexandra compreendeu apesar de ser o seu aniversário. Notava-se que mantinham-se afetados pelo álcool no seu organismo pelas suas atitudes, o que não me deixava muito confortável entregar a responsabilidade da casa a eles, mas tenho que lhes confiar, eles são uns dos meus únicos amigos.
Dirigi-me para o exterior da residência e entrei dento do veículo o Harry, que esta com um ambiente quente e agradável o que me abstraia das más recordações. Ele tinha-se oferecido para levar-me para casa e não podia recusar.
- Hey. Já foram embora? – saudei-o e ele arrancou.
- Sim, temos reunião daqui algumas horas.
- Então, já devias de estar em casa.
- E tu ficavas aqui sozinha?
- Eu não estava propriamente sozinha.
- Mas estavas desprotegida.
Apesar dos recentes acontecimentos, a viagem de carro decorreu normalmente. A minha relação com o Harry reformou-se bastante passando agora a “esquisita”, talvez não seja a melhor descrição mas é a disponível. Descalcei-me na entrada e quase me desequilibrava se não fosse o Harry a amarrar-me no braço.
- Obrigada.
- Boa noite (Y/N). – beijou-me a testa e eu afastei-me e subi as escadas até ao meu quarto.
Cheguei ao quarto e traqueei de imediatamente a janela da varanda que dava corrente de ar e de seguida a porta. Encostei-me nela e deslizei até ao chão. Oh meu Deus! Ele dá comigo em tola, suspirei. Mandei os meus saltos para um sítio qualquer e dirigi-me para casa de banho.
Libertei das minhas roupas, ficado apenas e cuecas e vesti a camisa do Harry que me tinha emprestado pela segunda vez, quando estávamos na piscina do hotel, a qual eu nunca devolvi. Desmaquilhei-me e exfoliei a cara, e posteriormente lavei os dentes. Sentia-me agora muito mais leve e suave pois já não estava com efeito da cocaína.
Comandei até a cama, peguei no meu Iphone e auriculares para ouvir música enquanto pensava na minha vida, reflexões antes de dormir. Passaram-se uma meia dúzia de músicas. Ultimamente tenho tido alguns sonhos mais desagradáveis, o que faz com que tenha um certo medo de adormecer, sinto um frio nas minhas costas. Cobre-me com o coberto só com esse pensamento. Descobre-me e verifico que a janela está fechada. Olho para meu lado direito da cama e vejo um lírio branco em cima da almofada. Pego nele e respiro-o, reparado que a porta não estava trancada.
Desculpem o capítulo pequeno, mas ando a ter problemas em aceder ao wattpad :/
Com muito amor,
Brenda xx. ♥
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Look After You
FanfictionNo começo vem a sensação de euforia, de entrega total. Depois, no dia seguinte eu queria mais. Ainda não me viciei, mas gostei da sensação e achava que podia mantê-la sob controlo. Pensava nele durante uns segundos e o esquecia por três horas. Mas a...