mudança drástica e triste

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Uma semana depois.

Não posso dizer se minha convivência com dipper melhorou, quero dizer, ele é um demônio, ele não deveria existir mas... mas há algo nele que me é familiar, e ele é Bom, de alguma forma, ele pode ser assustador, praticamente o tempo todo, mais tem certas vezes -muito raras por sinal- em que ele não parece ser o demônio assustador e demoníaco que é, ele se parece com um garoto normal, até mesmo um pouco nerd, do mesmo jeito uma pessoa não pode mudar da noite para o dia, pelo menos eu acho.

"Então você vai parar de me incomodar a noite?" Eu perguntei, no caminho de volta para casa, ele estava ao meu lado, flutuando como sempre, com as duas mãos atrás no pescoço, como se estivesse se alongando, ele olhou para mim confuso, como se não estivesse entendido a pergunta.

"Como assim? Eu não te incomodo" ele disse, normalmente, como se não ficasse rindo e me deixando assustada a noite, falando coisas que eu nao entendia direito e tirando meu sono, sinto a vontade de dar um soco em alguém pela primeira vez, e me assusto com esse pensamento, o espantando no mesmo instante, o olho, com raiva, respondendo.

"Me poupe dipper, você fica me assustando a noite inteira, e nao me deixe dormir! Não fale como se você nao fizesse nada, foi por causa de você que eu nao consegui ficar acordada para fazer a prova de biologia semana passada, pelo menos você a fez pra mim, e eu tirei 10..." não consegui terminar a frase, estava um pouco envergonhada, o Dipper havia me ajudado na prova, como um gesto de desculpas? Mais porque ele continua me assustando a noite? Não faz sentido. Realmente não faz.

"Ah verdade....espera, eu te assusto de noite?" Ele perguntou um pouco curioso, como se quisesse confirmar alguma coisa, faço que sim com a cabeça.

"Sim, me assusta muito." Digo, e ele faz uma cara de 'ata' enquanto vira a cabeça para o outro lado, como se estivesse dizendo para o assunto terminar, não insisto e fico quieta, continuando a andar.

"Mais que merda.." ele diz, parando, olho para ele sem entender.

"Como assim??" Pergunto, e ele começa a correr, NOSSA ELE ESTA CORRENDO, COM AS PERNAS. Penso, e corro junto com ele, que está indo rapidamente para a minha casa, no meio do caminho ele para, e bate sua mão em sua testa, com raiva.

"Caralho Como eu sou burro!" Ele Diz e me abraça, fico um pouco envergonhada e sem entender sua ação, poucos segundos depois, estamos na frente da minha casa, esta está cheio de bombeiros e policiais em volta, fico pasma com a cena, e a única coisa que posso fazer é olhar para dipper, com lágrimas nos olhos.

"Oque.... oque aconteceu?" Pergunto, e sinto a vontade de abraca-lo, mais nao o faço, lembro que ninguem pode ve-lo e vão pensar que eu sou maluca. Não que eu me importasse, estou com medo doque esta acontecendo, e doque aconteceu com meus pais.

Um policial passa por perto de mim, e arregala os olhos, chegando mais perto de mim.

"Você é a filha do casal?" Ele pergunta, e lágrimas brotam em meus olhos, caindo, espero que eu esteja errada sobre oque aconteceu.

"S-sim e-eu sou, oque a-aconteceu com eles?" Perguntei, com medo, chorando, olhando para dipper, assustada, este estava sem expressão em seus olhos, olhando para o nada, ele parecia estar abalado, de alguma forma.

"Aconteceu um incêndio na casa, ainda não sabemos a causa, mais parece que foi alguma coisa na cozinha, ainda estamos investigando isso. Mais o casal.... infelizmente não sobreviveram, as janelas estavam fechadas e a porta trancada, eles morreram axficciados" o policial disse, retirando o chapéu de sua cabeça e o colocando no peito, enquanto a outra mão apontava para 2 sacos no chão...... fico sem reação, meu corpo todo fica sem força, e acabo caindo no chão, chorando, a sorte é que Dipper me segura, me impedindo de cair totalmente no chão.
Meus pais morreram.... não posso acreditar, isso não deve ser real, isso não pode estar acontecendo..... Eu não sei oque eu vou fazer, como eu vou sobreviver? Para onde eu vou? Eu vou para um orfanato?? Oque eu vou fazer sem meus pais? Meus amigos, minha escola, minha casa..... minha família.... oque vai acontecer?

"Não se preocupe, eu não vou deixar você ir para o orfanato, ou te levarem para algum lugar assim. tenho ideia daonde vão te levar, você vai gostar de lá" dipper disse, me abraçando, e secando uma lágrima minha com a ponta de seu polegar. Eu não sabia ideia direito doque ele estava falando, mais aquelas palavras de alguma forma me deixaram menos preocupada, menos triste, me deixaram mais feliz, de alguma forma.




















































































Parece que eu tenho um tio avô, coisa que eu nem sabia que existia, mais eu tenho. E nao é só um, são dois, gêmeos, eles moram em uma cabana em uma cidadezinha do Oregon, essa, é a minha nova casa.

Eu nao me senti muito sozinha nesses últimos dois dias, dipper ficou comigo, me ajudando e tentando me deixar feliz, claro, ele não é muito bom nisso-nada bom- mais é engraçado ve-lo tentando me animar, tentando se esforçar. Aliás eu perdi tudo, meus amigos, a Raissa, o pessoal da escola,minha escola- nunca gostei tanto dela assim- e meus pais.... a única família que eu tinha, ja que todo o resto é cheio de brigas, ninguém fala com ninguem, então se meus tio-avôs não pudessem ficar comigo eu iria para o orfanato, sou muito grata por eles mesmo não os tendo conhecido ainda, eles devem ser boas pessoas.

"Mabel, vamos, se não vamos perder o ônibus" Dipper disse, me avisando, ele me espera na porta do quarto, estávamos ficando em uma casa nesses 2 dias e agora vamos pegar um ônibus para ir a gravity falls, a cidade aonde meus tio-avôs moram, e aonde eu vou morar o resto da minha adolescência, a partir de agora.

"Ok!!" Digo, um pouco nervosa, pego as minhas malas e saio do quarto, nos despedimos da dona da casa, tecnicamente ficamos por 2 dias em uma casa para adolescentes e crianças órfãs, não foi nada legal, a sorte é que Dipper estava aqui para me ajudar, ou eu estaria morrendo de fome, literalmente.

Me despedi de todos-ja que Dipper é um demônio e é invisível- e um assistente social me levou até o ponto de ônibus, chegando lá sentei no último lugar do ônibus, com dipper ao meu lado, e fomos para gravity falls.

Realmente a minha vida mudou desde semana passada.

trancedence AU (pinecest) (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora