as lágrimas de alívio

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O som de sirenes de carros policiais instigou a mulher, que até então brincava com seus bonecos humanos como uma maníaca, o que ela não deixava de ser. Lee Soohee parou de sorrir imediatamente, quando viu que o barulho irritante estava chegando cada vez mais perto de sua casa. Se levantou, dando uma ordem clara para os garotos pararem de se tocarem e correu até o quarto, para juntar seus bens mais preciosos antes de sua fuga.

Soohee estava entrando em desespero, enquanto colocava suas joias mais caras em seus bolsos e perguntava-se como havia sido descoberta quando era tão discreta. Infelizmente para ela, seu ex-marido, durante uma visita para pegar o restante de suas coisas havia visto os dois garotos presos, na pequena sala de controle onde Soohee obrigava-os a fazerem o que bem entendia. Os gritos furiosos de Jaebum acompanhados de Youngjae para tirá-los dali, que nos corredores por onde o homem passava eram como ruídos acionaram a curiosidade de Jongsun, que esqueceu-se de sua ida ao banheiro para verificar o som. Saiu tão atordoado da casa da ex, que a única coisa que conseguia pensar era em denunciá-la.

Precisou-se de uma semana inteira para comprovar os fatos, já que Jongsun havia esquecido de trazer-lhes provas depois do susto que havia levado. Não demoraram muito para as pistas baterem com um dos desaparecimentos mais comentados de Seoul por duas semanas. Lee Soohee era a responsável pelo sequestro de um dos netos de uma das magnatas mais ricas da Coréia do Sul, o que levou-os imediatamente a acelerarem os serviços.

Porém, o que realmente importava era o agora, onde os policiais rodeavam a casa em busca de impedir quaisquer fugas que viria a seguir. Os moradores curiosos já começavam a aparecer, estes que foram ignorados pelos oficiais em trabalho.

Dentro da casa, Soohee corria para pegar a arma no cofre. Sabia que era impossível deles atirarem nela com um refém, e foi com esse pensamento diabólico em mente que caminhava até a sala onde os garotos estavam presos durante dois longos meses, sendo obrigados a serem marionetes pelas mãos de seu titereiro. Soohee abriu a porta abruptamente, assustando os dois garotos que ainda continuavam de cuecas pelo suas brincadeiras anteriores.

— Parece que finalmente vocês terão o final que merecem, seus imprestáveis! — apontou a arma carregada, na qual os dois se afastaram de si.

— Você enlouqueceu de vez?! — Jaebum disse, sendo puxado para mais longe dela por Choi, que estava trêmulo.

— Não é uma boa hora para você me desafiar, Jaebum, minha paciência com você está enorme ultimamente. — disse irônica, dando um tiro no teto que resultou em um grito de susto por ambos. — Vocês serão​ mortos em dois segundos se não me obedecerem. Jaebum, ao meu lado. Agora. — ordenou, e os dois se entreolharam.

— Jaebum hyung... — Youngjae disse com lágrimas nos olhos, mesmo com o modo em que haviam se conhecido não poderia negar que tinha um sentimento forte de proteção com o mais velho, do mesmo modo que este tinha consigo.

— Está achando ruim? Então venha você, Youngjae​. — ela o puxou pelo braço, apontando para Jaebum que tentou impedi-la de puxá-lo. — Vocês dois são repugnantes, sinceramente — falou, apontando a arma para o moreno.

Youngjae tremia, rezando mentalmente para todos os deuses que conhecia enquanto sentia aquele cano frio do revolver em sua testa e o braço coberto por um casaco grosso em seu pescoço. Não sabia qual era pior, pensar que em um movimento de dedos poderia morrer com os miolos esmagados, ou que em um aperto nos braços morreria enforcado. De qualquer forma, nenhum dos dois eram bons. Abriu os olhos, dando de cara com as orbes negras de Jaebum brilhando em preocupação e ódio pela mulher que fazia aquilo consigo.

— Venha, moleque. — apertou o braço em seu pescoço, puxando-o para trás para deixar o cômodo com Jaebum sozinho após trancá-lo lá. — Hoje você conhecerá a morte, diga olá ao diabo por mim.

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