Passado de Arthur:
-Mamãe?
Porque nunca me responde quando chamo?
Oque você faz? Porque tantos homens entram em seu quarto?
Você é casada com papai poxa!
E aliais cadê o papai?
Eu vi ele batendo em um homem até este homem dormir!
Que estranho papai...
Enquanto você batia nele falava que ele devia algo a você, não entendi muito bem!
Fui pergunta ao papai, porque dele ter batido no homem...
Papai me bateu, falou que não era pra eu ter nascido!
Fiquei muito triste com o papai.
Ele me trancou no quarto!
Porque? Oque eu fiz de tão errado papai? (Choro)
-Me desculpa...
Mamãe estou com fome, me tira desse quarto por favor!
Me dá um pouquinho de atenção mamãe?
- Eu juro que vou ficar quietinho(...)
Ela não me tirou do quarto.
Escutei os dois conversando sobre mim, eles falavam que era pra me deixar em um lugar chamado orfanato, será que é uma escola?
Quando não ficava trancado nesse quarto, eu olhava pela janela e via crianças da minha idade acompanhados de suas mães e falavam de suas escolas, de seus amiguinhos...
Eu queria ir pra escola, eu queria ter amiguinhos!
Me pergunto, porque minha vida não poderia ser assim também?
Já se passou alguns dias(...)
Estou me sentindo tão fraco mamãe, não consigo levantar da cama, parece que tudo está girando...
Ninguém vem me ver!
Sou uma criança tão ruim assim?
Tá um barulho ai fora, estou escutando mamãe pedir socorro...
Oque está acontecendo papai?
Ajuda ela.
Ufa mamãe parou de pedir socorro, acho que papai ajudou ela.
Estou escutando papai gritar de dor, papai abre aqui me deixa te ajudar!
A porta se abre bruscamente, um homem queria me bater...
Oque eu fiz pra ele?
O amigo do homem mal não deixou ele bater em mim!
- Ele não tinha culpa! – que homem bonzinho
Eles foram embora...
Me arrasto até a sala e encontro papai e mamãe caídos no chão dormindo.
Porque não foram para o quarto?
A um negócio vermelho saindo deles o que é?
Tento acorda-los pra dormir na cama, mas parece que estão com muito sono, me deito no meio deles.
- Eu amo vocês papai e mamãe! – beijo o rosto dos dois
Pego em suas mãos e durmo(...)
Sinto alguém me pegar no colo, acho que é o papai, tento abrir os olhos mais me sinto tão fraquinho...
Consegui abrir meus olhos e não é o papai, não é ele!
- Cadê minha mãe e o papai? Pra onde estão me levando? – começo a chorar e me debate no colo do homem
Olho para trás e vejo meus pais sendo carregados também, minha casa está cheia de policiais e médicos...
O homem passa a mão em minha cabeça na tentativa de me acalmar.
- Calma amiguinho, agora vai ficar tudo bem! ...
Fim do passado de Arthur.
4 meses depois
-Nãoooooooooo – acordo me debatendo na cama, Sofia e Alex entram em meu quarto preocupados
- Que foi meu filho? – Sofia toca em meu rosto, ela está nervosa suas mãos estão trêmulas.
Sofia é a mulher mais linda que já vi, quero chama-la de mamãe mas eu travo sempre que vou falar, Alexandre é o meu herói ele fica muito chateado também por não chama-lo de papai agora sei o que é um amor de pai e mãe eles me amam e eu também os amo.
- Eu preciso de vocês papai e mamãe! – pego nas mãos dos dois, eles se olham lágrimas rolam do rosto da mamãe – Está triste? me desculpa.... – abaixo a cabeça, não entendo o que fiz de errado? Ela não me quer como filho?
- Não meu amor! – toca novamente em meu rosto – Estou chorando porque estou emocionada, estou chorando de felicidade você me chamar de mãe é a coisa mais maravilhosa que me aconteceu esperei tanto por isso, Eu amo você querido! – beija minha bochecha e me abraça, ninguém nunca me abraçou como ela me abraça me sinto protegido...
- Filho? – Alexandre que até agora nós observava se pronuncia, se aproxima – Você é a criança mais amada do mundo, nunca esqueça disso. – balaço a cabeça em concordância, ele tem lágrimas nos olhos também – Ter adotado você como nosso filho foi a coisa mais especial que já fizemos, você completo nosso amor!
Eu tenho uma família de verdade, não vou passar mais fome e nem ser trancado, não vou mais sofrer. Nessa ironia do acaso ele me deu pais maravilhoso no momento em que achei que não teria nunca um amor de pai e mãe, hoje sou realizado como criança e amado muito amado...
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POR UM ACASO
RomanceSofia Hernandes sempre foi uma moça carismática e de bem com a vida, além de ser completamente linda e muito trabalhadora, aos 12 anos perdeu o pai para o câncer e sua mãe se tornou muito guerreira, tendo que assumir todas as dívidas da casa e sempr...