Capítulo 34

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"Eu só quero que me prove que isto tudo não é uma ilusão, estou cansada de palavras eu quero que me mostre que tudo que diz é a mais pura verdade. E se não for, me deixe ir... Não me diga que me ama se no final for me machucar!"

- Jane Santana

Olho para o prédio a minha frente com lagrimas nos olhos, isso só pode ser um sonho.

- Eu faço doações a este Orfanato, antigamente este local era totalmente destruído, as crianças passavam fome e dormiam no chão, as pessoas que trabalhavam aqui não recebiam a muito tempo nenhum salario e alguns até maltratavam as crianças, forçavam elas a pedirem esmola e as privavam de estudar, Elisabeth que na verdade descobriu este lugar, ficou comovida com a situação e me implorou ajuda, dês de então cuido desse lugar. – fico orgulhosa de Alexandre e me surpreendo por ser a primeira vez que me fala algo sobre Elisabeth, o que me deixa mais curiosa

- Eu... Estou tão emocionada com sua atitude...

- Minha bela na verdade a trouxe aqui para você vê e perceber que poderá sim ter filhos, eu nunca fui um homem muito religioso mas acredito que Deus tem um propósito em sua vida e este propósito é dar pelo menos a uma criança desse lugar um lar. – lagrimas rolam de meus olhos, ele me abraça – E eu estarei com você, sempre!

- Eu preciso de você...

- E eu de você minha bela.

Entramos no local de mãos dadas, minhas pernas estavam tremulas e minhas mãos suavam de nervoso a diretora do local que por acaso é amiga de Alex e muito simpática nos apresenta cada criança e o local, ela nos leva aos quartos paramos na porta, nos deparamos com um menino de mais ou menos 5 anos de idade.

- Ele chegou semana passada o pai é um traficante da pior espécie, já a mãe uma prostituta drogada os dois foram mortos a um tempo pois devia dinheiro para alguns mafiosos, o garoto é traumatizado pois vivia sendo violentado, conseguimos traze-lo para cá por ter varia denúncias de maus tratos. – olho para ele e meu coração se aperta, está apenas ele no quarto brincando com seus dedinhos - Ele é assim quieto não se comunica com ninguém, dês de quando chegou aqui não fala um A. – olho novamente e resolvo me aproximar deixando a diretora e Alex na porta

Ando até sua cama e cato dois carrinhos jogados no chão, estou tremula, disfarçadamente ele levanta sua cabeça para me olhar, parece que vi um certo brilho em seu olhos que fez meu coração dar mais alguns pulinhos, coloco a mão sobre cama.

- Posso me sentar com você? – ele apenas balança a cabeça em concordância e me sento – Encontrei esses carrinhos jogados no chão quer brincar comigo? – ele estica seus braços e pega para pegar um carrinho de minha mão, sorrio.

Ficamos brincando por um tempo de carrinho, quando nossos carrinhos se batiam ele gargalhava mas quando percebia que o olhava admirada e feliz logo se fechava no mundinho dele, meu coração se apertava com esta atitude.

- Qual é o seu nome? – pergunto

- Arthur! – olho para trás com os olhos brilhando por ele ter falado comigo a diretora olha surpresa e mas logo sorri e Alexandre também me olha com um lindo sorriso, volto minha atenção há Arthur.

- Que nome lindo! – passo a mão em seu rosto, percebo que ficou assustado com minha atitude.

- E o seu nome como é? – Sorrio feliz por ele continuar a puxar assunto comigo.

- O meu é Sofia!

- Parece o nome de uma princesa. – rio

- Serio?

- Sim, quem é aquele homem na porta? – escuto passos atrás de mim

- Eu sou Alexandre. – Alex estica a mão para ele e Arthur também estica sua pequena mãozinha para cumprimentá-lo.

- Você é alto! – diz Arthur olhando para cima dou risada com sua atitude.

- Sim, você quer ser alto também?

- Eu quero!

- Então tem que comer muitas coisas saudáveis, tipo verduras e frutas tá bom? – Arthur balança a cabeça em concordância e sorri para ele.

Passamos a tarde eu Arthur e Alexandre deitados na cama brincando e assistindo um desenho que passava na televisão, Alexandre olha pro relógio e percebo que já anoiteceu.

- Precisamos ir bela! – sussurra em meu ouvido, olho para Arthur e percebo que está dormindo em cima de meu braço

- Tudo bem só irei arrumar ele na cama.

Coloco a cabeça do Arthur em cima do travesseiro e o cubro, me viro para ir embora mas sinto uma mãozinha me segurar.

- Você vai voltar? – vejo a tristeza em seu olhar

- Vou querido!

- Promete?

- Prometo. – Dou um beijo em sua testa – Dorme com Deus. – passo a mão em seu delicado rosto e espero ele fechar seus olhinhos novamente e saio, Alexandre me esperava na porta olhando toda aquela cena

- Você será uma boa mãe!

- Você também será um bom pai!

POR UM ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora