Bem Vindo ao Inferno Part-1

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Lua Point Of View

Em toda a minha vida sempre fui aquele tipo de garota sem graça, nunca sai para festas e nem nada do tipo, apenas passava as noites em claro assistindo America's Next Top Model, bem creio que seria a maior fã desse programa, depois de Hazel Grace é claro.

Meus pais sempre me perguntam o motivo de uma pessoa como eu não ter amigos e nem planejar festas de pijamas com as garotas quais eu poderia chamá-las de amigas, eu sempre jogava a mesma de sempre dizendo:

— Vocês estão sendo injustos comigo, na verdade acredito que vocês tem pena de mim, não se preocupem, eu estou melhor assim e viverei cada momento da mesma maneira de sempre!"

E a todo o momento, sem tentar exagerar a situação nem querer mentir, depois dessa comum discussão de quase sempre, meu pai me olhava nos olhos e me perseguia até o meu quarto, se sentava próximo a mim e apenas reforçava a ideia de que algum dia chegaria a minha vez de ir para a faculdade e o conceito "Gosto dos meus amigos a menos que estejam longe de mim" teria que ser jogado na lixeira imunda do meu HD cerebral ou até mesmo ser renomeado para algo do tipo "Eu preciso de amigos para a minha sobrevivência" já viram algo mais clichê do que esse argumento? Não? Pois é meus amigos estamos em pleno século XXI e as pessoas ainda são assim.

Nunca desacreditei das palavras que meu pai me dizia naquele cômodo da casa até porque sendo obrigatoriamente não querendo teria que existir uma boa relação entre mim e o meu colega de quarto, naquela época eu teria de uns quinze para dezesseis anos e cursava no segundo ano do ensino médio.

Se você acaba de ler todo esse meu drama saiba que neste momento estou prestes a entrar para uma faculdade, pelo menos acredito que assim seja, também me lembro de que esse lugar foi fechado por um bom tempo o motivo eu não poderia te dizer, apenas não me julgue por isso, não tive tempo para fazer uma pesquisa aprofundada desse posto mas confio no que li em algumas manchetes de que esse instituo é titulado como o melhor da atualidade.

Meu irmão mais velho, Josh, se formou aqui e como meus pais já estavam satisfeitos com o resultado dado resolveram que ali eu estudaria por durante cinco anos, para mim isso não seria mais do que pedir para morrer ou pular da ponte mais próxima daqui.

Por fim chegamos ao local de estudos, mamãe me dizia que me ligaria todas as noites para saber se eu estaria me alimentando corretamente e não tendo uma vida cheia de comidas industrializadas, ela também reforçava a ideia de que eu não me sentir confortável por aqui que procure um tutor o mais rápido possível.

Papai apenas me dizia para estudar bastante e não me envolver muito com festas e nem com qualquer tipo de droga que me oferecessem. Meu pai sempre me protegia de tudo e sempre queria me ver feliz, suas ultimas palavras foram:

"— Se cuide minha garota, nos veremos nos feriados e em alguns finais de semana, sentiremos muitas saudades."

Recebi alguns abraços de despedida antes que entrassem no carro e voltassem para casa, pelo vidro um pouco embasado já se podia enxergar minha mãe contendo suas lagrimas para quanto estivesse um pouco mais longe de mim as deixassem que elas escorreguem de seus canais lacrimais e derretessem na poltrona do lado do passageiro.

{...}

Depois de alguns minutos andando pelo campus um garoto veio até mim e me entregou um cartão meio suspeito e logo seguinte me confortava com as boas vindas, confesso que de primeira mão não entendi do que aquele papel se tratava então apenas aposentei minhas malas sobre o chão e abri o mesmo, era uma espécie de mapa me dizendo onde encontraria todas as minhas aulas e atividades.

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