Capítulo 3

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POV. ANA JULIA

-  Olá, Lucinda, o Lucas ta por ai? - Pergunte já entrando 

- Olá menina, esta no quarto dele, pode subir, você já conhece o caminho - fala apontado para a escada

- Claro que sim, obrigada - Subo as escadas e vou direção ao o quarto do Lucas, quando ouso um barulho, vindo do escritório do Senhor Marcos, ignoro, pode ser qualquer coisa, entro no quarto do Lucas e vejo que ele ta no banho, fico esperando ele sair deitada na cama, enquanto mexo no celular, depois de uns minutos a porta se abre,  a do banheiro era o Lucas que saiu, tava só de toalha.

- Oi Julinha, o que ta fazendo aqui? - pergunta pegando uma roupa,  quando ia responder a porta  do quarto abre de supetão e eu pulo da cama e com o susto o Lucas deixa cair a toalha.

- O que ta acontecendo aqui? O que você faz pelado na frente da sua amiga Lucas? To esperando respostas? - Senhor Marcos pergunta muito nervoso e com raiva da situação, não entendi 

- Não é nada disso que você ta pensando! - Respondemos eu e o Lucas juntos.

- E como vocês sabem que eu to pensando? - Pergunta juntando as sobrancelhas

- Não é difícil de imaginar né Senhor Marcos - Respondo, e ele levanta uma sobrancelha, e vira para mim, "ii sobrou pra mim" pensei comigo mesma.

- Te espero lá no meu escritório em 5 minutos  Lucas -fala me encarando,  vira e vai saindo do quarto, solto a respiração que nem sabia que tinha guardado, viro pro Lucas e dou um sorrisinho, quando ele volta pro quarto e diz - E a Senhorita Ana Julia vai comigo, AGORA.

- Ok, Senhor  Marcos - Respondo saindo do quarto, seguindo ele até o escritório, entro sento na cadeira que ele aponta enquanto ele fica de pé de costas para mim perto da janela, e eu começo a observa - lo, ele é bonito, para idade dele, vamos dizer que ele é gostoso, tem corpo sarado, ombros largos, só penso no tanquinho que ele deve ter e não podemos esquecer dos olhos azuis e a boca carnuda, meu deus o que ta havendo comigo, deve ter haver com aquelas coisas que o Lucas falou, fico imaginando o ser sem roupa na minha frente que quando percebo que Lucas entra na sala, que tomo um susto que quase caio da cadeira, no mesmo instante o Senhor Marcos vira, e me olha com cara de preocupado e eu vou me adianto falando - To bem gente, to bem.

- Então pai o que queria fala comigo? Ou melhor conosco? - fala sentando ao meu lado

- Queria saber o que aconteceu lá no seu quarto agora pouco? Não sabia que tinham um relacionamento vocês dois - Perguntou e meio que acusou nós dois de alguma forma.

- E porque nós não temos pai, somos amigos, quase como irmãos, nunca nos olhamos de outra forma - respondeu Lucas.

- Essa é nova, pensam que tão enganando quem? Eu vi com meu próprios olhos, você tava de toalha - aponta com  o dedo para o Lucas e logo após para mim - e a senhorita tava deitada na cama dele, e depois dizem que não tem um relacionamento, parem de dizer isso de somos amigos, quase irmãos, não acredito mais isso - fala furioso

- Acredite no que o Senhor quiser - só depois que solto percebo o que falei - eu e o Lucas nos conhecemos desde crianças, nunca nutrimos outro sentimento que não seja o da amizade, até parece que ta com ciumes - falo e de novo vejo que falei de mais, e percebo que ele ta me encarando com os olhos cheio de raiva e o Lucas abre um sorriso do gato de Cheshire (Alice no País das Maravilhas).

- Então pai está com ciumes 

- Claro que não né Lucas, não me faça rir - fala se fazendo de desentendido   

- Vou levar isso como um sim - fala o Lucas e eu fico boiando no que eles ficam falando, acho que o Lucas tinha razão eu vou lerda mesmo 

- Gente eu to aqui ainda, esqueceram de mim? - falo e eles me olham como eu fosse um bicho - Do que estavam falando mesmo?

- Nada - os dois falam juntos - bom já estão liberados, só que isso não aconteça novamente - fala o Marcos

- sim pai - fala levantando e eu continuo sentada - não vai vem Julinha 

- Não, quero conversar com o teu pai - falo encarando o dito cujo, e ele dá um sorrisinho.

- Ok, to na cozinha - fala, sai do escritório e fecha a porta por trás, após ver que estamos sozinhos levanto, me apoio com as mãos na mesa e o encarro.

- Se você ta pensando que vai me controlar, com essas suas palavrinhas de merda, pode tirando o cavalinho da chuva, você não é meu pai - falo e ele dá um sorriso de lado - e não de esse sorriso de merda para mim - viro as costa e vou na direção da porta, coloco a mão na fechadura e ele coloca em cima da minha, e gruda o corpo dele com o meu, fecho os olhos e fecho a respiração

- Não quero ser  teu pai, nunca quis isso, e sobre te controlar, não to pensando, pois estou disposto a te controlar, você vai ser minha pequena, só minha - fala isso no meu ouvido, se afasta dando um pouco de espaco e eu abro a porta, olho pra trás, dá uma piscadela e manda um beijo, e eu fecho a porta com toda a raiva, ouso que ele dá um risada. "IDIOTA" penso comigo mesma. Viro as costas e vou em direção a cozinha.






O PAI DO MEU MELHOR AMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora