— Newt! — Gritou Tina aflita andando em meio aos escombros até ouvir um gemido. — Newt... — ela se abaixou e começou a tirar o entulho da casa destruída que havia caído sobre o magizoologista.
— Minha maleta... — foram suas primeiras palavras.
Tina riu percebendo que outra uma vez ele estava mais preocupado com seus animais do que com seu próprio bem estar. De qualquer forma a apreensão era justificável já que o motivo deles estarem ali era resgatar as criaturas.
— Está ali — Tina avistou um pedacinho da mala e se aproximou dela deixando Newt terminar de se levantar com as próprias forças.
O objeto parecia intacto, mas estava preso debaixo de algumas pedras. A bruxa segurou a alça da mala e puxou, só não esperava que ela saísse tão rápido. Tina abraçou a maleta e deslizou alguns metros de costas para o chão sobre uma pequena montanha de escombros. Vendo aquilo, Newt correu para ajudá-la.
Ao invés de pegar a mão que o bruxo lhe oferecia, ela estendeu a maleta à sua frente. O bruxo segurou a alça da maleta com uma mão enquanto com a outra colocou Tina Goldstein de pé.
— Vamos embora daqui — ela saiu caminhando à sua frente, mas ele não a acompanhava na mesma velocidade.
Tina então olhou para trás tentando entender o motivo da lentidão e viu um filete de sangue escorrendo para fora da calça de Newt molhando sua bota esquerda.
— Isso parece sério — ela se agachou na frente dele.
— Não, não é nada.
— Deixa de falar bobagem. Precisamos parar em algum lugar e cuidar disso.
Os olhos dos dois correram para a maleta. Tina e Newt entraram no mesmo bosque onde horas antes haviam ficado de tocaia esperando o momento para invadir o quartel general e resgatar as criaturas dele. Em um lugar oculto o suficiente, Newt camuflou a maleta antes dele e Tina entrarem nela.
A bruxa precisou ajudá-lo a descer a escada até o quartinho onde guardava suas poções e unguentos. Lá, Newt sentou no mesmo banco onde alguns anos antes havia acomodado Jacob Kowalski para cuidar da mordida que ele tinha levado do Murtisco.
Newt a guiou no que precisava pegar para preparar um emplastro enquanto arregaçava a perna da calça para visualizar o ferimento. Ele gemeu quando o tecido passou cheio de dobras perto da pele sensível e Tina imediatamente se virou para ajudá-lo.
O bruxo prendeu a respiração quando ela aplicou o preparado sobre a ferida. Ao terminar a bruxa pegou uma faixa de tecido limpa e enrolou em torno da perna de Newt.
— Obrigado — disse ele sorrindo.
— Por nada — ela devolveu o sorriso.
— Agora preciso saber se estão todos bem — Newt se apoiou em tudo o que estava próximo ficando de pé antes que Tina pudesse ajudá-lo naquela tarefa. Sem mais o que fazer ali, ela o seguiu para fora do aposento.
Os animais pareciam sentir a presença de Newt e vocalizaram felizes por ter seu guardião de volta. Ele andou com dificuldade por cada um dos nichos tranquilizando todos os animais, dos menores aos maiores. Quando terminou a checagem o bruxo avistou Tina sentada embaixo da árvore na montanha dos bezerros apaixonados e subiu para se juntar a ela.
— Você devia ter me chamado lá de baixo, para que se esforçar tanto?
— Não foi esforço nenhum — ele sentou ao lado dela visivelmente cansado e sentindo dor.
— Já conseguiu enganar alguém mentindo mal desse jeito? — retrucou ela.
Newt olhou para baixo com um sorriso no rosto. Sem levantar a cabeça ele pegou a mão esquerda de Tina entrelaçando seus dedos com os dela. A bruxa olhou para o homem ao seu lado e com a mão direita tocou o queixo dele levantando seu rosto agora iluminado pela luz da lua.
O magizoologista ajeitou uma mecha do cabelo de Tina atrás de sua orelha e sem interromper o toque levou a mão até a nuca dela puxando sua cabeça com carinho para mais perto dele.
Newt esperou por um instante para ver se Tina iria recuar. Como ela manteve a proximidade, ele tocou de leve os lábios dela com os seus. Ambos sorriram com o contato que levou tanto tempo para acontecer e se entregaram à paixão que fisgara os dois talvez desde seu primeiro encontro ou talvez um pouco depois. Isso não fazia a menor diferença.
Seus lábios se tocaram mais uma vez iniciando um beijo apaixonado. O coração de ambos estava disparado enquanto suas línguas se tocavam e dançavam sincronizadas sem ensaio. Não havia necessidade de ensaio quando havia tanta sintonia entre um casal.
O beijo terminou com os dois sorrindo um para o outro. Um pouco tímidos com o que acabara de acontecer, mas também felizes por terem conseguido ultrapassar aquela barreira invisível que parecia existir entre eles.
Quando Newt se mexeu para ficar mais perto de Tina a perna machucada o impediu. Percebendo a dor dele, foi ela quem se aproximou.
— Você precisa descansar um pouco — a bruxa o puxou para deitar a cabeça no seu colo.
Newt fechou os olhos enquanto Tina acariciava seus cabelos.
Ambos queriam que aquele fosse o final, com o "e viveram felizes para sempre" logo depois, mas o mundo bruxo ainda estava em guerra. De qualquer forma, o casal estava feliz apenas por estarem juntos, debaixo de uma árvore, sob a luz do luar.
***
Olá! Antes que vocês pensem em pedir continuação isso é uma oneshot. Não sei de onde nossos heróis vieram e também não tenho ideia do que aconteceu depois. Escrevi essa fanfic apenas porque não queria ter que esperar mais para ver o Newt e a Tina se beijando, e acredito que os outros fãs do casal #Newtina também não.Sobre a qualidade da história, essa não é uma das melhores que já escrevi. Aqui mesmo nesse perfil você encontra outras fanfics bem melhor planejadas e escritas. E se quiser conhecer outros trabalhos meus recomendo também o perfil moonyfanfic
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Sob a luz do luar
Truyện NgắnUma oneshot fofinha só pra ver Newt Scamander e Porpentina Goldstein se beijando. Por que? Simples, shippo muito o casal e não queria esperar mais para ver a cena! Se assim como eu vocês estão ansiosos por esse beijo, divirtam-se! Disclaimer: Os per...