Lanay olhou para ele, incrédula.
-- O que está querendo dizer?
Louis andou lentamente pelo quarto atapetado.
-- O que você acha que estou querendo dizer? creio que fui bastante claro
-- você... pretende... usar a cama?
Louis se virou para ela. Estava ao lado da cama e levantou o pijama de flanela do travesseiro, olhando para ele com zombaria. Levantou-o, fingindo surpresa.
-- Agora, o que você acha que é isso aqui? -- perguntou rindo.
Lanay apertou os lábios
-- Oh, pare de fazer gracinhas, Louis! -- disse, irritada. -- o que vamos fazer?
Louis sentou-se do outro lado da cama e começou a desabotoar a camisa, diante do olhar horrorizada de Lanay.
-- Eu não sei o que você vai fazer, Lanay, mas eu vou para a cama. Como sabe, não dormir nada ontem a noite passada e não tenho menor intenção de ter a mesma sorte esta noite.
-- Mas, Louis... -- Lanay estendeu sua mão indefesa, andando inquieta pelo quarto. -- Não podemos dormir juntos aqui!
Louis deu de ombros, tirano a camisa revelando um dorso forte e bronzeado. Lanay afastou os olhos, enrubescida. Ela nunca o tinha visto sem camisa. Sua voz estava tensa quando falou:
-- Por favor, Louis! Ponha o pijama!
Louis jogou descuidadamente o pijama para o pé da cama. Depois se deitou de costas, estendendo á vontade.
-- Você pode usa-lo. Eu nunca durmo de roupa.
-- Você... -- Lanay estava completamente em pânico. -- Você não quer dizer que...
-- Não quero dizer? -- Louis voltou o rosto para ela, os olhos negros brilhando e se divertindo com sua expressão de confuso total. -- Não quero dizer que durmo pelado? Não... não vou chocar sua alma puritana a esse ponto!
Lanay foi até a penteadeira, deixando lá a bolsa tirando a fita de veludo que prendia seus cabelos, que, então, caíram como uma cortina de fios dourados sobre o rosto. Com as mãos, penteou-os para trás. Louis sentou-se e bocejou.
-- Quer usar o banheiro primeiro? -- perguntou com naturalidade, e ela repentinamente virou-se para ele.
-- Você está adorando, não está? Não se importa nem um pouco com os meus sentimentos!
A expressão do rosto do Louis endureceu e ele levantou-se
-- Ora, Lanay, você nos colocou nesta situação. É sua obrigação enfrentar tudo da melhor maneira possível.
-- Mas não podemos dormir na mesma cama!
-- E por que não? ao contrario do que você pensa, eu realmente acho que existem coisas mais importantes do que... meus instintos masculinos. No momento, a única coisa que quero é dormir!
Lanay, relutante, aproximou-se da cama, levantando a camisola. Era de flanela e alguns números maior que o seu manequim. Largou a roupa outra vez sobre o travesseiro e os lábios de Louis se moveram, num ligeiro sorriso.
-- Eu, se fosse você, apostaria no pijama! Ao menos ele tem um cinto... -- comentou com ironia
Lanay apertou os lábios contrariada. Depois falou:
-- E você? o que vai vestir?
-- Não se preocupe -- disse Louis, encolhendo os ombros. -- Eu me viro.
-- Não quero ir ao banheiro . Você vai... e eu vou direto para a cama.
Louis olhou longamente para ela e depois concordou.
Lanay esperou até que a porta estivesse fechada e, então, apressadamente, tirou a roupa e pôs o pijama. A calça era muito grande para ela, mas, como o próprio Louis disse, ao menos tinha um cordão e ela o amarrou firmemente em volta da cintura antes de enfiar o paletó enorme.
Olá, desculpem se demorei mt, o capitulo ficou curto mais tá ai, logo posto a continuação do capitulo okay potatos? ah e comentem please, beijos ♥