Perry

34 4 0
                                    

   As vezes viver pode ser insuportável, a vida acaba se tornando algo sem sentido, suas tarefas te engole e você acaba se afastando das pessoas por falta de tempo, e quem dera se fosse só o tempo. E quando você acha que pode melhorar é ai que tudo piora, além de não ter o tempo que desejava você fica sem dinheiro e sem dinheiro você não paga suas contas, então você se esforça para conseguir vencer as dificuldades, e ai você acha que vai conseguir e pessoas de má fé vem e te atrapalham, viver é uma bosta! 

  Mas como dizia minha vó, tudo tem seu lado positivo, basta enxergar com cuidado e sabedoria, embora nunca tenha dado ouvidos a ela, ela estava certa. Demorei para perceber e além do mais, precisei morrer para ver o que havia de bom em estar vivo. Já parou para analisar tudo ao seu redor? Aposto que não. Poucas pessoas conseguem analisar pedacinho por pedacinho, e é ainda mais difícil quando você está passando por uma fase dolorosa e traumatizante. Acho que já está na hora de você conhecer Perry. Antes de tudo, quero que saiba que ele deu início a toda essa história e que por mais que tenha errado, foi influenciado pela sua própria dor.

Bem Vindo Perry!

 Havia me atrasado novamente para o colégio, uns 30 minutos era o suficiente para eu perder o transporte escolar e ter que ir rapidamente de bicicleta, com o cabelo todo despenteado, os olhos inchados e a roupa toda desconcertada, lá estava eu pedalando rapidamente para conseguir chegar antes que os portões se fechassem. Já estava nessa rotina de perda a muito tempo, raro mesmo era os dias em que chegava na hora certa. Cheguei faltando 2 minutos para a entrando ser proibida, os  porteiros da grande Lauren Graham II já me olhavam com aquele olhar de desaprovação, bom não me importava muito com eles, afinal são apenas porteiros. Coloquei minha bicicleta encostada ao lado da parede de blocos do Colégio e logo em seguida fui correndo para minha sala que ficava no segundo andar, corredor B. Sempre quando faço esse trajeto me pergunto o porque de fazer todo esse esforço para estar em um lugar onde todos se odeiam e não querem nada com nada, bem ao contrário do objetivo escolar " aprender e se socializar". Suspirei enquanto subia as escadas e ri sozinho com os meus pensamentos.
   Cheguei ao meu corredor que estava vazio, comecei a andar normalmente e a observar as pessoas nas outras salas pela pequena janela das portas, mesmo que estivessem vestidas diferentes, etnias diferente, físicos únicos, todos pareciam muito parecidos, iguais. Cheguei na minha sala mais conhecida como 1- F, a sala mais perturbada de Graham. Entrei e todos olharam para mim, desta vez não como os porteiros e sim como alunos, sabe? Mas desta vez me surpreendi, o professor havia se atrasado, até me senti melhor sabendo que não sou o único!
- Perry? Uma Voz calma e dócil me chamava, e só conhecia uma pessoa com aquela voz na minha sala, Laura.
  - Laura? Desta vez cheguei cedo! Afirmei sorrindo e me organizando na bagunça que havia feito na mochila.
  - Parabéns senhor Perry parece que tem alguém entrando no caminho certo. Falou ela rindo e se esquecendo do nosso assunto, e jogando conversa fora com outros colegas. Logo pude perceber que havia trazido o material das aulas de quarta feira, em uma segunda feira. Por um instante quis não ter chegado no momento, mas agora só me resta respirar e falar bobagens para os professores que ainda não haviam chegado.
  Minutos se passaram e os celulares de todos começam a vibrar e tocar, principalmente o meu. Era mensagens    de Peter William para uma festa na casa do Lagos Dakers, quando se citava esse nome todo mundojá sabia que a festa seria produzida pelo alemão, conhecido também como Vitor.

Tchau Perry.

Até pessoas depressivas podem dar festas concordam? Desculpe interromper a história de Perry, talvez  estejamos mais envolvidos do que vocês pensam, talvez uma amizade, ou beijos, ou até mesmo uma traição... A verdade? Você ficará sabendo em breve. Já sentiram alguma vez vontade de exterminar uma pessoa? Eu sei que sim, até por que você sente o que eu sinto. Foi essa sensação que eu senti quando as coisas começaram a dar errado, e como deu errado! 

Perry.

Estava realmente contente, finalmente iria a uma festa naquele ano e o melhor de tudo é que fui convidado pelos donos e não pelos próprios convidados. Finalmente o professor havia chegado, assim como eu, todo desconcertado e despentiado, la estava ele escrevendo na lousa enquanto meu celular vibrava, malditos créditos. Olhei as mensagens disfarçadamente, era Peter.

Peter: Posso te ver hoje?
Perry: Claro, depois do Colégio pode ser?
Peter: Ok, é urgente, preciso de você.

Aquela foram as ultimas mensagens que trocamos naquele dia, e como meu coração disparava, como eu poderia acreditar que tudo daria certo? Bobagem...

Perry:

Suspirei fundo, e chamei atenção de Laura, ela me olhou empolgada e acenou.
- Laura! É hoje, vamos acabar com ele. Falei baixinho e sorri, ela retribuiu com o sorriso e continuamos a conversa...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 29, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Peter William Onde histórias criam vida. Descubra agora