Yellow Bug

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Você pode?! – Regina exclamou em tom irônico soltando a pequena mão do garoto e dando um passo para perto da loira mantendo seus braços agora cruzados.

Emma abaixou o olhar fitando o chão, completamente angustiada não tinha saídas a não ser contar a verdade. Olhou para seu filho e em seguida para Mills novamente.

-Eu não tive escolhas... – Ela soprou sentindo o vento gelado rosar sua pele pálida.

-Não teve escolhas Swan?! – A cada tom que a voz da empresária aumentava, ela dava um passo se aproximando raivosa da mecânica.

-Eu não tive o que fazer, ele não... - Foi interrompida pela voz rouca e brava de sua chefe a invadindo os ouvidos.

-Está me dizendo que não teve escolhas ao deixar seu filho em um carro trancado?! – Regina sempre foi brava, mas naquele momento ela ultrapassava qualquer expectativa. Gritava sem se importar com os outros ao redor. – Ele estaria morto se eu não aparecesse Swan!! Morto! – Sem

Perceber Mills já havia se aproximado o suficiente da loira para conseguir sentir a respiração nervosa da mesma. – Você é uma irresponsável! Tem quantos anos ?! 7?! -  naquele momento ela levantou sem sutileza alguma o rosto de sua empregada pelo queixo, fazendo a ficar cara a cara com suas iris indecifráveis.

Emma a encarou carregada de intriga. Ela pensou, pensou o suficiente para sentir uma onda de ira a preencher.

Em um ato ágil, tirou a mão de Regina de seu queixo e segurando a pelo pulso, impulsionou o corpo da morena contra o fusca.

-Me escuta. Mas me escuta muito bem. – A loira encarava Mills completamente pega pela surpresa. – Dentro da empresa você pode fazer o que bem quiser. Pode gritar, me xingar... Você pode me humilhar a vontade. – Seus rostos estavam muito próximos e a respiração de ambas se encontravam. – Mas do lado de fora eu sou Emma Swan, e você Regina Mills. Do lado de fora, eu não sou sua empregada. – Swan segurou o queixo de sua chefe e a encarou com ira – Então se deixei ou não meu filho no carro, certamente este assunto não lhe deve ao respeito.

Mills nunca tinha sido tão afrontada durante toda sua carreira como empresária, sua respiração pesada mostrava o quão surpresa pela atitude da loira ela estava. Seu coração bateu forte ao sentir a mão de Emma em sua cintura, pressionando ríspida ao carro.

-Não ouse dizer mais nenhuma palavra Miss Swan. – Regina mantinha seu olhar baixo, assim como sua voz sussurrada que com certeza fora sentida pela loira.

Ela queria demitir Emma naquele mesmo instante, mas sabia que a mulher estava certa. Não seria justa causa desde que o assunto foi tratado fora da empresa.

Em um movimentos quase que perfeito, se esquivou do corpo da mecânica, fazendo a dar de punhos no fusca. Sem dizer mais nenhuma palavra passou por Henry que olhava tudo assustado, e entrou em seu carro, totalmente desacreditada do que acabara de acontecer repousou sua testa sobre o volante.

-Mas que merda! – Swan exclamou com raiva ao ver a burrada que havia cometido dando um murro na carcaça amarela.



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-Bom... eu já lhe disse todo o procedimento que julgo correto Mary... – Tirou os olhos da pasta e a olhou fixamente – Mas não tiro de minha mente que você tem mais alguma informação escondida nesta cabecinha

Sorriu irônica abaixando olhar e novamente se voltando ao senhor a sua frente.

-Na verdade, não. – Ela disse reunindo todos os documentos que estavam a sua frente. – Minha único e exclusivo débito por aqui, é profissional

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