Cold Kiss

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POV Normani.

Abri meus olhos, sem me lembrar o por que já estava sorrindo. Pisquei algumas vezes, tentando colocar minha visão em foco, e suspirei preguiçosamente. Um perfume bom encheu meus pulmões, me fazendo alargar o sorriso. Minha mão estava ao lado de meu rosto, espalmada sobre o peito dela, que subia e descia calmamente de acordo com a sua respiração. Seu cheiro estava por toda a parte, me entorpecendo, e seu braço envolvia meus ombros, me impedindo de me mexer.

Olhei para cima e vi que Zendaya ainda dormia como um bebê, mesmo após umas duas horas de sono. Sorrindo feito uma retardada, apenas fiquei observando-a dormir, fazendo um carinho devagar em seu peito e me lembrando de tudo que tínhamos feito antes de apagarmos.

– Você pretendia ficar me olhando por quanto tempo? – ouvi a voz dela dizer baixinho, me fazendo corar de leve. Zendaya abriu os olhos e me encarou, com um sorriso desconfiado no rosto.

– Não sei, talvez até você acordar e me fazer essa pergunta. – respondi, fazendo o seu sorriso aumentar. Sem dizer nada, Zendaya me beijou delicadamente, e virou de lado, nos deixando de frente uma pra outra na cama.

– Pra sua informação, eu já tava acordada, tá? – ela murmurou, deslizando sua mão sobre minha cintura devagar – Você é que ficou dormindo feito pedra em cima de mim até agora pouco.

– Me desculpe se a instituição de ensino onde a senhora trabalha e eu estudo me faz acordar às seis da manhã todo santo dia. – falei, fingindo estar ofendida, e fazendo-a rir.

– Nossa! Mas que menina mais brava eu fui arranjar! – ela disse, me puxando pra mais perto dela.

– Sou mesmo. – confirmei, fazendo cara de irritada e me apoiando num cotovelo – Se não gostou, eu vou embora agora mesmo e não te incomodo mais.

– Olha só, além de brava é independente! – Zendaya riu, me segurando com mais firmeza pelo quadril como se quisesse me prender ali – Quero ver você continuar com essa coragem toda pra levantar daqui.

Quando fui abrir minha boca pra retrucar, ela me calou com um beijo intenso e sua mão subiu do meu quadril pro meu rosto, enquanto a outra me abraçou pela cintura. Obviamente tudo que eu pensei em dizer sumiu da minha memória assim que nossas línguas começaram a brincar uma com a outra, num misto de provocação e tranquilidade. Pude sentir Zendaya sorrir durante o beijo, vitoriosa por ter conseguido me calar, e não consegui não sorrir junto.

– Ainda tá bravinha? – ela murmurou, ainda sorridente, quando partiu o beijo.

– Idiota. – resmunguei, fechando os olhos em sinal de derrota e vergonha. Zendaya riu baixinho e me deu um selinho demorado, deitando sua cabeça bem próxima da minha e fazendo com que as pontas de nossos narizes se tocassem.

– Você fica linda demais com vergonha, sabia? – ela disse, me abraçando pela cintura gentilmente – Mais do que já é.

– Você não se enxerga mesmo, não é? – falei baixinho, com um sorriso derretido enquanto acariciava seu rosto, desenhando seus traços e fazendo-a fechar os olhos algumas vezes – Não existe nada em você que não me agrade, nada que te estrague. Você é simplesmente perfeita, não tem nem o que dizer. Esse rostinho de bebê, esse sorriso lindo, seu corpo, seu jeito... Tudo.

Zendaya, que estava de olhos fechados quando comecei a falar, abriu-os e me olhou firmemente, ouvindo com atenção tudo que eu dizia e alargando seu sorriso a cada palavra.

– Incrível como uma garota de dezessete anos pode dizer coisas que uma mulher de trinta não teria sensibilidade nem pra sonhar em dizer. – ela sorriu com os olhos brilhando, fazendo carinho em minha bochecha com o polegar – E que só te deixam mais linda aos meus olhos.

my biology. || adaptação norminahOnde histórias criam vida. Descubra agora