Capítulo I (1/3)

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Romance (Ficou uma Fofura :')) baseado no MV "Loser" de BIGBANG.

Antes que pensem, não é um clichê! Não suporto clichês.

Boa leitura!

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Lá estão eles de novo.

Risadas ecoaram pelo estacionamento do pequeno mercado, fazendo Daesung suspirar.

O moreno sabia que as risadas eram direcionadas a ele, claro. As provocações pararam, mas não as risadas.

Jogando sua sacola no chão, o homem correu até o grupo de delinquentes e desferiu um soco contra o primeiro.
Não durou muito. Seis contra um, em alguns segundos ele se encontrava no chão sendo chutado.

O lenço branco caiu de seu pescoço e ele o colocou contra o rosto, encharcando-se com lágrimas e sangue.

Toda semana era assim.

Risadas, paciência acaba, um delinquente leva um soco e Daesung é espancado.

Oh, não dessa vez.

- Ei, larguem... OI! Parem com isso!

Uma voz feminina ecoou pelo lugar, fazendo os adolescentes pararem momentaneamente.
Um deles - O que levou o soco, Daesung notou - Riu, dando mais um chute no estômago do moreno.

- Não quero. - Disse o idiota, sorrindo estupidamente. - Quem vai me parar?

A mulher correu até eles, fazendo alguns dos garotos arquearem a sobrancelha.

- São seis contra um. - Disse a morena (Agora Daesung via um pouco de seu rosto). - Não é justo. Seja o que for, deixem ele ir.

Um dos delinquentes sorriu, pegando o pulso da mulher e puxando-a para perto.

- Me solte. - A morena soltou sua única sacola, olhando para o adolescente. - Por favor.

Mais uma risada e a mulher perdeu a paciência.
Com a mão livre, dobrou sua mão para cima e acertou o nariz do garoto que a segurava. Ele gritou, soltando-a em choque ao ver o sangue descer de seu nariz.

- Já que educação não funciona com você, talvez isso funcione. - Ela cruzou os braços, olhando para os outros. - Vão nos deixar em paz ou vou ter que quebrar o nariz de cada um?

Os garotos arregalaram os olhos, - dois deles pegando um dos braços de nariz-quebrado - correndo do lugar.

Agora com a visão limpa, Daesung observou a mulher que o salvou.

Cabelos pretos cacheados na altura dos ombros, pele cor de caramelo e olhos da mesma cor de seu cabelo. Um óculos retangular (Um pouco arredondado na parte inferior) roxo-escuro sentava em seu nariz. Era mais alta que o normal (170cm, talvez) e definitivamente não era coreana.

- Aish... - Ela se ajoelhou, pegando as bochechas do moreno e olhando-o. - Te pegaram feio. Consegue se levantar?

Ele assentiu, aceitando a mão de sua salvadora.

- Qual seu nome?

A morena sorriu, corando levemente.

- Melina.

O homem assentiu novamente, olhando para o chão.

- Eu não aguento isso.

Pegando sua sacola e a de Daesung com uma mão e a mão do moreno com a outra, ela o puxou.

- Espera! Onde.... Onde você vai?

Olhando por cima de seu ombro uma vez, sem parar de andar, Melina o respondeu.

- Minha casa.

- O que? - Daesung tentou pará-la, sem sucesso. - Não, não...

Parando em frente a uma lanchonete, ela soltou a mão do homem, pegando uma chave e abrindo uma das portas.
Ela o empurrou, fechando a porta atrás de si e apontando para uma escada no canto do lugar.

- Vamos, pode subir.

Daesung olhou-a curiosamente, recebendo apenas um suspiro e um par de bochechas vermelhas.

- Por favor, suba. Eu quero dar um jeito nesses ferimentos.

O homem suspirou, subindo as escadas e parando na frente de outra porta.

- Pode entrar.

Abrindo a porta, o aroma de baunilha e laranja invadiu suas narinas. Ele sorriu levemente ao ver as paredes azul-bebê da sala, admirando a organização do lugar.

- Pode se sentar. - Melina colocou as sacolas perto da porta, acendendo a luz e se dirigindo ao banheiro. - Fique à vontade.

Daesung se sentou, quase afundando no sofá (Parecia mais macio que sua própria cama). Alguns segundos depois, a morena apareceu na sala com uma maleta.

- Vai arder um pouco.

Ela pegou um pedaço de algodão e banhando-o em um pouco de álcool, se aproximando do rosto de Daesung.
O moreno gemeu ao sentir o álcool em uma das feridas em seu rosto, cerrando os punhos.

-Desculpe. - Melina disse, soprando o arranhão. - Melhor?

O homem corou, fazendo a mulher corar após perceber o que acabou de fazer.
Alguns minutos se passaram e Melina limpou todas as feridas, além de olhar os hematomas no tórax e nas costas do moreno (Após muita insistência, claro).

Jogando os pedaços de algodão fora e lavando suas mãos, a morena pediu para Daesung se sentar na mesinha que se encontrava em sua cozinha.
Ela misturou alguns ingredientes em uma panela, fazendo o homem ficar inquieto (E se ela fosse uma serial killer, limpando seus ferimentos só para matá-lo depois?), virando o conteúdo em duas canecas e colocando um marshmallow em cada uma.

- Aqui. - Melina sorriu, sentando-se à sua frente e entregando-o uma caneca. - É minha receita. Não gosto de chá nem café, então sempre faço chocolate-quente.

O moreno soltou um "Obrigado", tomando um gole da bebida quente e suspirando.

A mulher sorriu levemente, tomando um gole de seu próprio chocolate quente.

- Eu não gosto de me meter na vida dos outros, então não precisa me dizer por que aqueles caras te bateram. - Ela piscou lentamente. - Então por favor, tome cuidado.

Daesung arqueou uma sobrancelha.

- Por que você se importa tanto com um cara que nem conhece? - Ele se levantou bruscamente, fazendo a cadeira arrastar no chão (Fazendo um barulho altíssimo). - O que você quer?

- Não gosto de ver coisas assim acontecerem. - A morena se levantou, franzindo a testa. - Não é certo!

-Me deixe em paz.

O homem bufou, pegando sua sacola e saindo do apartamento.

- Ei, espere!

Ela desceu as escadas correndo, mas Daesung já havia saído da lanchonete.
Olhando para a rua com o cenho franzido, ela suspirou.

- Ele nem me disse seu nome...

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