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Numa noite de chuva enquanto Momo dormia no meu colo e eu acariciava seus fios loiros, comecei a pensar em tudo que havíamos passado juntas em (só) seis meses.
Eu nem vi, quando Momo espetou a sua casa aqui. Quando Momo espalhou seu suor em mim, ameno. Eu nem vi, quando Momo despertou as cortinas, descobriu meu quintal; quis cuidá-lo e plantar Camélias Brancas, tais quais minha avó sempre dizia que significavam a beleza perfeita; exatamente como ela era. Linda, pura, significante. E tudo que eu queria era que a loira não se esquecesse de esquecer algo pela casa e vir buscar do nada.
Eu nem vi ela chegar, foi como ser feliz de novo. Foi como o cheirinho de café moído, o sorriso de minha avó, o gosto de bolo de coco, o silêncio numa tarde de domingo antes de dar um cochilo ou reler meu livro preferido. Em tempos difíceis que meus olhos não brilhavam mais como costumavam, Momo chegou e triplicou o brilho de meu olhar.
Em pensar que tudo isso só começou porque Momo elogiou meu suéter vermelho no meio de uma palestra sobre genética, algo que descobri um tempo depois que é a matéria preferida dela. O meu coração disparou repentinamente quando a vi mexer na franjinha que na época ainda tinha o tom de rosa-salmão, como se a minha caixa torácica estivesse dando sinais de que ela iria bagunçar a minha vida a partir dali.
Eu gostaria de listar todos os motivos pelos quais sou tão apaixonada por Momo, mas a verdade é que não preciso de motivos, Momo é simplesmente Momo e isso é a coisa mais linda de se ser.
Ela me ouvia falar sobre filmes mesmo sem entender nada, ficava feliz quando me via agitada e mesmo dormindo todas as vezes que víssemos filmes, ela nunca recusaria tentar ver algum comigo. Ela me fazia comer frutas e coisas horríveis. Ela falava de um jeitinho delicioso de se ouvir. Ela tinha a mania adorável de não dormir antes que se despedisse de mim. Eu adorava vê-la dançar, mexendo seu corpo perfeitamente como se fazer aquilo fosse fácil. Ou vê-la feliz só por estar comendo sua fruta preferida, goiabas. Amava vê-la rir de minhas besteiras e desejava que o tempo parasse e que eu pudesse ficar para sempre ali, tendo aquele sentimento do coração respirar com facilidade só por ver a pessoa mais incrível do mundo se sentindo bem por minha causa.Momo era o mais lindo conjunto de átomos, a maior obra-prima de um museu, todas as cores juntas numa aquarela perfeita, a primavera mais bonita, aquele dia ensolarado de praia, o meu doce preferido e o momento mais bonito da minha vida.
Eu nem vi Momo chegar mas esperava que ela nunca fosse embora, eu sabia que nunca seria a mesma sem ela.
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olá pra quem está lendo isso! espero que vocês tenham gostado dessa besteirinha melosa, ela foi meio inspirada em Ensaio Sobre Ela do Cícero e Drive da Glades; recomendo muito as duas. obrigada por terem lido!
e sim, Tatinha, essa one-shot é o meu presente de aniversário pra você, já que não posso estar aí pra te dar um abraço muito forte. bom, há muitas coisas que eu ainda quero te falar mas eu não consigo soltá-las todas de uma vez só. ensaio sobre ela é uma música que eu sou apaixonada desde a primeira vez que eu ouvi e agora eu encontrei alguém que faça jus à ela, então achei que talvez uma one-shotzinha fizesse você ficar feliz e se sentir especial e importante; porque é isso que você é. espero que você tenha gostado pelo menos um pouquinho.
parabéns meu amor, você sabe muito bem que eu desejo tudo de bom pra você hoje e sempre, que tudo que você deseja se torne real, sei que você vai se dar bem em qualquer coisa que queira, você é tão esforçada e dedicada! queria que todos vissem você como eu vejo, o mundo merece conhecer alguém tão boa e maravilhosa quanto você. aproveite esse dia como nunca aproveitou algum, feliz dezessete lindas primaveras. eu amo você mais do que qualquer coisa no mundo, soulmate.
eu nem vi você chegar, Tatiane, foi como ser feliz de novo. ainda faz um tempo bom pra desperdiçar comigo, podemos enfeitar domingos.
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ensaio sobre ela | dahyun + momo
أدب الهواةdahyun nem viu momo chegar, foi como ser feliz de novo. oneshot • dahmo | fluffy ©vegasighs