Quando tudo parece perdido, ai é o começo de tudo...
Sai para caminhar, precisava me destrair.
A semana tinha sido muito estressante.
Caminhar me fazia relaxar e lá fui eu.
Caminhei durante uma hora, ouvindo minhas músicas preferidas.
Sentei num banco pra descansar e chorar. Precisava muito esvaziar tudo que estava sentindo, foi aí que nós se encontramos.De repente um cachorro caramelo lindo e dócil veio e parou na minha frente, ficou me olhando, enquanto eu chorava. Comecei acariciar seus pelos e, aquele cachorro parecia sentir minha tristeza. Então ficou ali me olhando e quando por acaso ouço uma voz.
Olhei pra cima e lá estava ele chamando o cachorro e o mesmo sendo dele não se mexeu.
- Max vamos embora agora. Max vamos. - disse se aproximando - Desculpas moça, ele não é assim de parar e ficar olhando as pessoas.
Ao contrário Max tem o hábito de latir para estranhos, não sei o que houve com ele, de ter parado aqui e ficar olhando em você.- Então você chama Max hein garotão. Tudo bem. - respondi pra aquele homem. - Amo cachorro e ele só está me fazendo bem.
De repente sem mais nem menos, ele me olhou e se sentou ao meu lado.
- Desculpas mas você está chorando? - perguntou me encarando. Mas parece que se sentiu arrependido quando me viu voltar a chorar - Me desculpe, não foi minha intenção ser intrometido é que não gosto de ver pessoas chorando.
Eu simplesmente não queria falar.
Só queria ficar ali calada, mais minha educação não ia deixar, eu ia ter que responder.- Problemas pessoais.- respondi baixinho - Vida, trabalho responsabilidade - dei uma longa pausa -, coisas de gente grande.
- Ata é por isso que você estava chorando?
- Sim. - respondi meio sem ânimo.
Eu realmente não queria falar sobre o assunto. Vim de uma semana frustrada, cheia de problemas. Eu só queria ficar quieta.
Mais ele não estava disposto a me deixar em paz.
- A vamos me conta o que houve pra você chorar assim... - me cutucou educadamente - Brigou com namorado ou com marido? Vai me fala, quem sabe não te ajudo.
- Antes fosse isso, mas não é isso não. São outros problemas.
- Ai meu Deus você está doente? É isso então. Você está doente e por isso tá aqui sozinha chorando.
Eu ri da sua cara.
- Do que você está rindo? - perguntou - Me fala!
- Da sua cara. - respondi simples.
Quando ele tentou puxar assunto Max latiu tentando chamar nossa atenção.
- Nossa Max que isso... - ele afaga a mão nos pelo do cachorro - Minha mãe vai ficar feliz em saber que anda fazendo amizades por aí.
- Que isso. - cochichei envergonhada - Você e um cachorro bem bonito.
Ficamos ali se olhando por minutos. Até que ele se apresentou...
- Me desculpe, meu nome é Marcos e o seu?
- Meu nome é Laura...
- Prazer Laura! - disse sorridente - Você sempre vem aqui caminhar?
- Sim sempre que posso, gosto de caminhar e pensar um pouco...
- Legal, pelo menos você cuida da sua saúde. - ele observa seu relógio e depois volta a me encarar - Bom Laura preciso ir. Vamos Max.
E Max nada, nem se quer saiu do seu lugar. Eu comecei a rir da situação de seu dono, o rapaz começou a ficar envergonhado. Lhe causando um pouco de raiva.
- Max vai com seu dono vai, prometo que amanhã venho te ver. - falei massageando suavemente sua cabeça.
Max latiu e abanou o rabo, em resposta. Como se tivesse dito um "Promete?".
- Eu prometo. - reforço.
Então levantei o olhar. Assim que bato os olhos no dono do cachorro, quase perco o fôlego.
Nossa Marcos era simplesmente lindo. Parei no tempo pois fiquei analisando aquele homem.
Corpo atlético, alto, moreno queimado do sol, tinha cabelos lisos pretos e barba por fazer. Ele usava calça jeans, blusa branca e tênis.
- Desculpa mas prometi para Max que iria vê-lo amanhã, Tudo bem? - perguntei mudando de foco.
- Então... Mas eu acho que Max não poderá vir amanhã. Qualquer dia desses vocês veem de novo, agora eu que prometo.
- Tudo bem então. - falei dando de ombro.
- Acho que é só isso, agora eu realmente preciso ir. - diz coçando a cabeça - Vamos Max, precisamos ir. A gente se vê por aí Laura.
- Claro Marcos...Tchau!
Então me levantei e fui caminhando calmamente para ponto, pegar o ônibus.
"Que homem..." pensei comigo.
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Homem De Terno Preto
RomanceLaura é uma mulher de 37, que tem uma vida um pouco conturbada. Um dia ela resolve caminhar para tirar seus estresse até que encontra um homem. Num belo diálogo ela descobre que o homem se chama Marcos, um advogado de 39 anos. Ambos trocam poucas p...