The Stripper - Only once

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Camila POV

Estão vendo aquela moça com a pele parda, com os olhos castanho-chocolate, com 1,67 de altura, corpo magro mas repleto de várias curvas, e com traços latinos? Pois é, sou eu.

Tenho 20 anos, nasci em Cuba e me criei lá, onde morei em uma casa pequena até os 13 anos de idade, quando meu pai morreu de leucemia e como não tínhamos parentes por lá, e nem emprego fixo eu e minha mãe vendemos a nossa casa e nos mudamos para New Work pra ficarmos com a tia Patrícia e sua filha.
Meu pai era de Miami e conheceu minha mãe numa viajem que fez a Cuba.

Desde cedo fui apaixonada por dança, meu pai era um dançarino nato e me ensinou a dançar salsa, merengue e todos os ritmos latinos.

Por conta da doença da minha mãe que surgiu quando eu tinha apenas 16 anos, tive que começar a trabalhar muito nova fazendo bicos de empregada doméstica, mas aos 18 sua doença se agravou e ela largou o emprego de secretária, tive que arrumar dois empregos pra sustentar a casa e pagar seus remédios.
Consegui uma bolsa na faculdade de Columbia e como sempre fui uma excelente aluna fui aceita rapidamente. Agora eu estudo durante o dia, e a noite me transformo em Karla Estrabão a melhor stripper de NY, trabalho numa boate chamada "Colibinss".

Minha tia parou de falar comigo depois que descobriu que sou uma stripper, quando ficou sabendo da minha sexualidade simplesmente fingiu que morri. Se não fosse sua filha que me ajudar com a minha mãe escondido da titia não sei o que seria de mim.

Entro na sala com as compras nas mãos.

- Mama dormiu de novo? - pergunto a Dinah que esta esparramada no sofá assistindo uma entrevista da Beyoncé na tv.

- Sim, dei seu medicamento e ela adormeceu novamente.. - responde sem tirar os olhos da tv.

Meus olhos se enchem de lágrimas instantaneamente, me dirijo rapidamente a cozinha pra guardar as compras. Ver minha mãe nesse estado é de partir o coração.

- Fica pra almoçar comigo? - pergunto.

- Ahh, dessa vez não vai dá prima, vou sair mais cedo porque tenho um encontro.. - diz toda sorridente.

- Hmmmm. Um encontro! - repito.

- É, vou a um encontro com uma morena que conheci outro dia Mila.

Sim meu povo, Dinah Jane também é lésbica.

- Boa sorte então Dj - digo

- Há que horas tenho que tá aqui amanhã?

- As 18:00, vou dançar as 23:00 então tenho que chegar mais cedo. - respondo.

- Sem problemas Mila, você sabe que se precisar é só bater na porta ao lado, não sabe? - ela pergunta, ela mora no ap ao lado do meu.

- Obrigada Dj, eu nem sei o que seria de mim sem você - digo dando vários beijos em sua bochecha.

- Nada, você não seria nada chenche.. - fala rindo que nem uma hiena parindo.

- Vai se foder Dinah - bufo indignada, e bato em sua bunda.

- Aaaai Mila - reclama ainda rindo - eu já vou indo - fala e caminha até a porta, para e volta a me encarar - só vou se for com você babe - ela diz e corre, ouço suas gargalhadas escandalosas e acabo rindo também.

- VAI SONHANDO - grito

Faço o almoço, subo e acordo a dona Sinu, lhe dou um banho e ponho o vestido que comprei semana passada. Ficamos conversando sobre coisas corriqueiras e fomos almoçar, comemos e coloco a louça na pia, ela assisti um filme chato na tv, me deito com a cabeça em seu colo, e ela fica fazendo cafuné em mim.