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-Como você chama? - o jovem garçom fala após beijar minha mão com delicadeza
-Catarina - falei sorrindo
-Prazer - ele sorriu- Você não parece ser daqui
-Não sou, esse é meu irmão - falei fazendo aspas com as mãos
Joe apenas revirou os olhos e entrou no carro
-Adorei te conhecer - o garoto fala se aproximando de mim, olhando fizamente para minha boca
Joe rapidamente sai do carro e o empurra
-Catarina. Temos que ir pra casa - ele disse me puxando pela mão
Entrei no carro, bati a porta com certa força e olhei para Joe que entrou no carro
-O que foi aquilo? - falei alto
-Proteção. Você ia beijar um cara que conheceu há dois minutos - ele disse me olhanso
-Eu não ia. E também isso não te interessa - falei cruzando os braços olhando para frente
-Da próxima vez, eu não vou me importar - ele falou seco e ligou o carro indo rapidamente para casa.
Chegamos e sem o esperar sai do carro e entrei em casa, vi George e Louis dormindo no sofá, fui direto para o quarto e Bianca estava lá, à frente do meu armário
-Demoraram - ela me olhou e sorriu
-Um pouco - falei rindo, sentei na cama
-Estou deixando aqui o seu uniforme - ela disse colocando cabides com roupas no armário -E também os livros e tudo que vai precisar já está aí na cama
Olhei para tras e vi uma grande mochula de couro preta.
-Obrigada Bianca - a olhei e sorri
-Não precisa agradecer. Joe vai te levar amanhã está bem - ela fala se aproximando de mim
-Pode ser - sorri
Ela se retirou do quarto e eu logo me joguei na cama, Joe me levando ao meu primeiro dia depois da nossa discussão, alguma coisa ia dar errado e eu não poderia impedir, apenas aceitar. Levantei e fui até o armário, peguei os cabides com o uniforme e coloquei na cama, queria saber o que teria que vestir cinco dias da semana por três anos. Pude ver uma linda saia vermelha com listras brancas, não era curta, ficaria mais ou menos no meio das minhas coxas, uma camiseta com botões, toda branca e perfeitamente passada, meias altas, ficariam provavelmente um pouco abaixo dos joelhos, sapatilhas pretas e lustradas, uma gravata vermelha que provavelmente me apertaria nos primeiros dias mas teria de me acostumar. Fiquei segundos admirando a linda roupa e logo a guardei para estar ainda impecável quando eu fosse usar. Fechei o guarda-roupa e fui para a sala. Joe estava lá no sofa, como sempre assisrindo TV, sentei distanciada dele e assisti ao programa sobre animais que passava ali.
-Vai ter que me levar amanhã - disse o provocando sem olhar para ele
-Infelizmente, já me informaram - ele disse seco olhando para a TV
-Não estou contente também mas vai ser uma vez só - disse, dessa vez o encarando
-Isso me deixa mais alegre - ele sorriu forçado
Apenas revirei os olhos e fiquei ali quieta. Depois de algumas horas, olhei meu relógio e eram 18:30, decidi subir e dormir um pouco pois estava cansada
Levantei e subi as escadas indo para o quarto, sem tirar a roupa que estava usando, deitei na cama e fechei os olhos, peguei no sono sem problemas.
Acordei e rapidamente olhei o despertador ao meu lado, eram 01:45, tinha dormindo mais do que havia planejado mas não me desesperei, senti apenas fome e me levantei, andei na ponta dos pés para não acordar ninguém, cheguei à cozinha e abri a geladeira, peguei queijo, tiras de bacon e ovos. Coloquei uma frigideira no fogão e fiz uma omelete, muito cheirosa, a coloquei no prato e peguei talheres, sentei e comi mexendo no celular. Na metade da deliciosa omelete, uma ligação chega ao meu celular
-Quem é? - falo com omelete na boca
-É o Joe. Catarina! Você tem que vir rápido - ele disse ofegante
-Como assim? O que tá acontecendo? - falei me levantando
-Meu carro virou. Estou aqui há quase meia hora. Não posso deixar nossos pais saberem. Vem logo
-Mas como? Eu não dirijo - falei desesperada
-Uber Catarina! Do lado da geladeira tem o número, te mando o endereço por mensagem - ele disse e logo desligou
Fiquei aflita, estávamos discutindo muito mas não queria jamais que algo de ruim acontecesse com ele. Corri até a geladeira e liguei para o número escrito.
Passados exatos seis minutos, ouço buzinas e entro depressa no carro, digo ao motorista, que era careca e parecia ter mais de 40 anos, o endereço que Joe havua me passado
Em quinze minutos, cheganos, o pago e saio correndo, logo vejo o carro vermelho de Joe virado ao contrário, corro até ele.
-Joe. Você tá aí - grito olhando para o carro
-Onde mais eu estaria? Abre a porta - ele disse de dentro do carro
Rapidamente fui até a lateral do carro e abri a porta, o vi preso no cinto de segurança, o soltei e ele caiu de cabeça, estendi minha mão para ele que logo a agarou. Usei minha força para puxa-lo para fora, ele sai deitado no chão e eu o levanto
-Você tá bem - falo aflita o olhando
-Só minha perna dói - ele fala mancando
-Meu Deus. E agora? O que vamos fazer? Uma hora ou outra seus país vão ter que saber - disse o olhando
-Cat, não por favor. Eu confiei em você, por isso te liguei, não conta nada - ele disse segurando minha não enquanto olhava fixamente para os meus olhos
-Tudo bem. Mas você tem que ur pra um hospital - disse pegando meu celular
-Não liga pra ambulância - ele disse nervoso
-To chamando um Uber - falei rindo
Em pouco tempo, o carro chega, coloco Joe no banco de trás e sento ao lado dele. Fico segurando sua mão o caminho inteiro, quando paramos, entreguei o dinheiro para o motorista, que era alto e negro, segurei firme a mão de Joe e o puxei para fora do carro. Fui com ele apoiado em mim até o hospital onde logo fomos atendidos

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