Prólogo

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O vento açoitava a janela da Torre mais alta do Castelo, o Reino inteiro de Forestiville estava preocupado, rainha Kristeva havia entrado em trabalho de parto a mais de 12 horas, e até agora nada.

A floresta que cercava as terras, a noite ganhava um ar sombrio, e o vento forte que assobiava hectares a fora, causava ainda mais a impressão de horror, a floresta era extensa até onde os olhos não alcançavam, havia uma lenda sobre após os três picos Upaon, mas isso é história para outro momento.

Mesmo assim, os caçadores, tiravam seu sustento dali, ganhavam o mato, e depois negociavam oque tinham conseguido, outros até consumiam.

Tic... tac.. o tempo não é amigo de ninguém, dali a poucas horas a rainha perderia suas forças, eles precisavam ser ágeis.

- Eu não consigo mais...- choramingou a rainha.
As mãos ágeis da parteira foram para o alto de sua barriga, empurrando.

- Vamos, no três, toda sua força dessa vez, e não pare.- disse Doty a velha parteira de Forestiville, seus cabelos todos brancos, mas ainda assim a mais velha tinha força suficiente e experiência de sobra.

- 1...2...3, força, agora! Não ouse parar de fazer força Vamos, mulher você consegue- ela estimulava, e parecia estar funcionando.

Após mais duas tentativas, ouviu-se um chorinho fraco.

- É uma menina- a outra moça mais nova que auxiliava dona Doty avisou.
- Uma menina alteza.- disse e entregou a criança frágil nos braços da rainha que ja chorava copiosamente!

•••

O sino badalou uma vez, o rei levantou os olhos para o alto como se pudesse ver além das grandes camadas de mármore. Então aos poucos seu rosto se suavizou, após tanto tempo agoniado um sorriso apareceu em seus lábios, logo seguido de um grito estrondoso. Após uns segundos mais uma badalada, era uma menina, Forestivelle tinha uma princesa. Então o som estourou, todos os súditos que ali aguardavam gritavam e sorriam, se abraçavam.

- Vida Longa a Princesa- todos dizem em uníssono.

-Uma menina, minha princesa!- E então ele correu, subindo as escadas, ali era só alegria... por enquanto.

•••

Não muito longe dali, alguns quilômetros a frente, outros a baixo, vivia, uma aldeia, de descontentes com o reinado de Henrique e Kristeva.

A noite já estava em sua metade, mas ainda assim haviam homens na arena, treinando e lutando entre si, o objetivo, matar rei rainha, e agora... a princesa.

- Pai, porque eu não posso ir?- Joseph filho do general daquele exército puxava a roupa do Pai, e insistia nessa pergunta a horas.

- Porque tu és uma criança de S.E.I.S anos- respondeu Jefh seu Pai, dando ênfase a parte dos 'seis' anos.

-Mas papai, tu sabes que já sei me defender, e ja até venci homens teus em campo.-

- Mas tu não vais, e palavra minha é lei, agora já pra tua cama, que era onde devias estar, dormindo como a criança que tu és.- disse agora carrancudo, não podia negar, a criança parecia ter sido abençoada pelos anjos... ou demônios?

-Mas papai...- nem teve tempo de terminar, o pai interrompeu.

- Mas nada Joseph Blatter, faça oque eu mandei. AGORA- gritou.

- Sim senhor- Joseph disse frio, e saiu a passos largos dali, se ia dormir, já era outra história.

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