three

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Os gritos ficam mais altos e ficam batendo na porta fica cada vez mais alto, que não consigo escutar os meus próprios pensamentos.

— Hoppie, não adiante se fazer de morta, eu sei que você está aí. — a pessoa faz uma voz cínica.

— Não me chame de Hoppie. — murmuro.

— Não me chame de Hoppie. — aumento a minha voz, mas mesmo assim não dá pra ouvir ela.

Eu odeio esse apelido.

7 anos atrás

— Hoppie? — alguém me chama, não reconheço a voz, mas acho que é o Matthew.

— Matt? Você voltou para me dar tchau. — digo toda feliz.

— Não é o Matt, e também não vim falar tchau, na verdade ia te chamar para tomar sorvete, topa? — Logan me pergunta.

— Logan?

— Sim, minha querida?

— Não me chama de Hoppie, só o Matt pode me chamar de Hoppie, por favor.

— Tudo bem minha querida. — ele me responde.

— Então vamos? — pergunto toda animada para ele.

Eu só ia para o Brasil daqui um mês, minha mãe estava me preparando psico alguma coisa, acho que é psicologicamente.

•••

É impressionante como um mês se passa rápido, parece que foi ontem que eu estava indo tomar sorvete com o Logan, ou que eu contei para o Matthew que eu ia.

Ainda não acredito que ele não se despediu, toda vez que eu via ele nos corredores ou no parquinho tentava ir falar com ele, mas ele me ignorava legal, eu não entendo isso, por que ele me ignora? Eu só vou embora, isso não quer dizer que eu nunca mais vou falar com ele, estamos no séc 21 existe Internet para isso, redes sociais, mas é tarde demais para isso, eu já estou indo.

Logan está no banco da frente, eu obviamente no banco de trás, vendo as ruas de Los Angeles se passarem, e eu ver, viver tudo isso por uma última vez.

O caminho não é tão prolongado, então infelizmente chegamos rápido.

•••

Eu nem me lembro o que aconteceu no curto momento de ficar sentada e ser chamado o meu voo.

— Tchau Logan, foi bom o momento que tivemos.

— Não foi bom, foi maravilhoso, meu amor, se eu pedi para ficar, você fica?

— Eu não posso Logan, você sabe.

— Infelizmente eu sei. — vejo uma lágrima cair do olho de minha mãe.

— Tchau pequena. — ele me pega no colo e me abraça.

Eu vou indo, penso que escutei a voz do Matthew, mas acho que não, infelizmente dessa vez eu não vou poder saber se foi ele.

Faith + Matthew Espinosa Onde histórias criam vida. Descubra agora