Dark Moon: A Super Lua

Primeiro dia de aula

Minha mãe é veterinária, foi difícil, mas ela conseguiu arrumar um emprego na Clínica Temperfill's, acho que agora as coisas vão melhorar.

[...]

Hoje, acordei mal humorado e sem disposição, mas as aulas começam hoje, meu primeiro dia de aula no Colégio Dark Moon.

- Filho, já está pronto? Desce logo! O café já está na mesa! - Escuto uma voz fraquinha do primeiro andar.

- Estou trocando de roupa, mãe, já vou descer - Respondo.

Termino de trocar de roupa, pego alguns cadernos aleatórios e me olho no espelho:

- Só não passa vergonha na frente de todo mundo, tá! É seu primeiro dia de aula, vai lá e arrasa, faz novos amigos, quem sabe até arruma uma namorada? - Digo a mim mesmo.

Respiro fundo e me viro, e quando vou sair, tropeço em umas roupas que estavam jogadas no chão do meu quarto, que por sinal é todo bagunçado.

- O que foi isso Victor? - grita minha mãe lá de baixo.

- Nada não mãe!

Me levanto, e arrumo minhas roupas.

"O que foi isso Vic? Relaxa!" - penso comigo mesmo.

Desco as escadas e vou para a cozinha tomar café.

- Bom dia mãe! - falo lhe dando um beijo na testa.

- Bom dia filho. Ansioso?

- Estou... - Na verdade eu não estava, só falei pra não deixa-la triste.

Pego um misto quente, e um copo para colocar suco.

- Esse suco é de que? - pergunto.

- Maracujá. Do jeitinho que você gosta!

- Você tem que parar de me mimar desse jeito - sorrio.

- Vai me dizer que não gosta? - ela sorri também.

- Eu não sou mais uma criança!

- Para de reclamar, e bebe isso logo!

Pego a jarra e entorno o suco no copo.

- Mãe? - pergunto já acabando de tomar meu suco.

- O que foi?

- Deixa eu ir no seu carro? Por favor! Só hoje! - digo sorrindo.

- Está bem, mas só porque eu não vou trabalhar hoje, mas vem direto para a casa depois da escola, tá?

- Tá bom, mãe. Agora deixa eu ir que já estou atrasado no primeiro dia de aula. Te vejo de tarde, tchau! - Me levanto e lhe dou outro beijo na testa.

Pego minha mochila, que estava pendurada na cadeira, a chave do carro, pendurada no chaveiro, e saio.

[...]

Estaciono e desço do carro. Vejo muita gente, uma mais diferente que a outra, umas brancas, negras, gordas, magras, de cadeiras de rodas, de todos os jeitos mesmo, e lá longe, perto da entrada da escola, vejo aquele mesmo garoto que eu topei ontem no mercado. Vou ao seu encontro.