Epílogo

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 Eu estava de volta à escola. No meu universo. O universo onde a Fórmula de Pitágoras é a Fórmula de Pitágoras e as Leis de Newton são as Leis de Newton. Uma escola onde ninguém bate palma e grita o meu nome, e mais importante, onde eu não namoro a menina dos meus sonhos.

 Eu estava andando pela escola no intervalo, lembrando da minha mais recente aventura quando eu a vi, Bárbara, bela, arrumando as coisas dela no armário. Foi então que eu percebi uma coisa. O outro eu, no outro universo, não simplesmente ficou famoso do nada. Não simplesmente começou a namorar do nada. Ele fez algo. Ele falou com as pessoas. Talvez... talvez fosse isso que eu deveria fazer.

 "Oi Bárbara, tudo bem? o que você está fazendo?"

 "Ah, oi Marcus. Estou só arrumando o armário. Eu estou bem, e você, tudo bem? Eu vi que teve um pequeno fogo na casa do seu vizinho quando você estava lá. O que foi que aconteceu?"

 "Bem, é uma longa história, mas eu estou bem, e meu vizinho também. Barb, você falou que você gosta de comida Mexicana, né?"

 "Sim..."

 "Então, abriu um novo restaurante mexicano perto da minha casa. Aí eu estava pensando se você, sei lá, gostaria de ir comigo um dia desses?"

 Assim que eu terminei de falar isso, eu me arrependi. Vários pensamentos começaram a vir à minha cabeça. Coisas como: 'Ela deve ter entendido que eu gosto dela', 'E se isso acabar com a nossa amizade? Eu não posso perder isso, os melhores momentos do meu dia são quando eu falo com ela'.

 Várias possibilidades de respostas dela começaram a vir na minha cabeça. Ela podia falar: "Eu não! Quem raios gostaria de sair com você?". Ela poderia ter dito: "Nunca, nessa vida ou em qualquer outra!". Ela podia até ter dito: "Saia da minha vida". Mas nada poderia ter me preparado para o que ela realmente respondeu:

 "Claro! Boa ideia Marcus! Que tal essa quinta feira? Pode ser às 19:00 horas?". 

O Pato InterdimensionalOnde histórias criam vida. Descubra agora