Psycho Heart (myg). AU

01- Vida nova?

Trabalho há dois anos num sanatório em Busan e moro há seis meses com meu namorado Park Jimin, com quem namoro há quatro anos.

Recentemente estou em fase de transferência, onde vou ter que trabalhar por um tempo em um sanatório em Daegu para tratar um homem em particular com transtorno de personalidade antissocial e vou ganhar o dobro por isso.

Meu namorado ficou um pouco bravo porque não queria se mudar pra longe de sua família e nem de seu melhor amigo Jeon Jungkook, mas aceitou ir comigo.

O Jungkook se mudou para a casa ao lado da minha há dez anos.
Ele era bem reservado e isolado, mas como eu sempre fui intrometida, acabei conquistando sua amizade logo na primeira semana da mudança.
E assim nossas famílias se tornaram praticamente uma só e ele foi criado como meu irmão mais novo.

Quando o Jimin o conheceu, ficou encantado por compartilharem os mesmos gostos tecnológicos e de games, assim roubando o meu irmão pra si.

Eu sou enfermeira psiquiatra. Me formei há dois anos e trabalho numa clínica simples pelo mesmo tempo que me formei.
Nunca cheguei a ver coisas anormais ou surtos extremos de nenhum paciente. São todos calmos até demais.
Quando comecei, tive muito medo, mas quando eu fui me entrosando com os funcionários, os pacientes e os familiares, tudo se tornou confortável.

Agora vou enfrentar tudo de novo, equipe nova, paciente novo, rotina nova...
Desde que comecei a exercer meu cargo eu só trabalho em um único lugar.
Sorte que me acostumo rápido e o Jimin me ajudará.

O Jimin é formado em Dança, mas nunca exerceu a área profissionalmente. Ele trabalha como gerente em uma joalheria. O dono da joalheria o indicou para outra joalheria em Daegu pra que ele não perca seu cargo, e tanto eu quanto o Jimin esperamos que nossa vida se mantenha tranquila num lugar novo.

— Está tudo pronto. Já está tudo empacotado e guardado. — Jimin fala com as mãos na cintura enquanto checa nossos pertences pela última
vez.
— Graças a Deus, não temos tanta coisa pra levar. — Suspiro.
O Jimin ri e me abraça.

— Por que vocês têm que ir? — A Sra. Park, tia do Jimin pergunta chorosa.
— Ah, vem cá tia! — Jimin a abraça apertado.
— Não sei se eu mato você ou agradeço por estar levando o Jimin hyung com você. — Jungkook fala pondo sua mão em meu ombro.

— É melhor me agradecer. — Digo rindo, mas logo faço uma carranca. — E não vai sentir falta da sua noona não, garoto ingrato? Não te criei assim.
— Ah Soojin-Ssi. Você é minha noona linda do coração pra sempre. Não se preocupe. — O moreno me abraça.

— Minha menina vai para longe de mim. — Minha mãe me abraça também.
— Essas crianças quando crescem só querem ir para longe. — Sra. Park fala limpando as lágrimas.
— Será bom pra gente, tia. Vai ajudar a nos virarmos sozinhos como um casal de verdade.

— Mas se vocês não me ligarem ou me trocarem, eu vou lá e mato vocês. — Jungkook finge irritação.
— Não se preocupa, cara. Vou te atormentar eternamente.
Todos nós rimos.
Nos despedimos de alguns outros amigos também e partimos para o
aeroporto.

***

Me acordo com o Jimin me chamando baixinho e mexendo no meu cabelo.
Dormimos a viagem quase toda porque embarcamos de madrugada.

— Fica aqui que eu vou buscar as bagagens.
Eu só concordo, pelo sono.
Jimin vai em direção à esteira e fica esperando nossas coisas, quando meu celular começa a vibrar no meu bolso traseiro da calça.

— Alô!
— Senhorita Lee?
— Sim.
— Eu sou o Kim Daehyun, do Hospital Psiquiátrico de Daegu.
— Oh, Sim!
— A senhorita já se encontra em Daegu?
— Acabei de desembarcar.
— Que ótimo! Seja bem vinda. Soube que veio com seu marido.
— Er...Meu namorado.
— Oh. Desculpe.
— Sem problemas.
— Só queria pedir-lhe para vir a clínica amanhã pela manhã para a entrega do seu material e para as apresentações.
— Está bem.
— Enviarei o endereço para seu e-mail. — O homem afirma. — Aproveite o clima.
— Obrigada.