Psycho Heart (myg). AU

13-Assassino

---Soojin Noona. Por favor!

Viro de imediato, tentando ver quem me chama tão desesperadamente.
Tomo um susto ao ver a cena.
O segurança o algemando e ele em desespero se jogando no chão.
Os cabelos todos bagunçados, as bochechas vermelhas molhadas de lágrimas, a camisa rasgada e nos seus braços e mãos... Sangue?

Corro de imediato na direção da cena horrenda.
---O que estão fazendo?---Pergunto quase em um grito.
O segurança ainda abre a boca pra falar, mas é interrompido por uma mulher rechonchuda aos prantos.

---Esse desgraçado. Matou a minha bebê. Matou a minha Lalisa. Esse doente mental.
---O quê? O que está acontecendo?
---Noona. Eu não fiz isso.---Ele diz em prantos.
Eu me abaixo tocando suas bochechas molhadas.
---Se acalme. Por favor.---Digo já chorando.
Ele chora alto com os olhos fechados e um filete de sangue em sua testa.

---Alguem pode me explicar isso tudo, pelo amor de Deus?---Peço desesperada.
---O que é isso aqui?---Hoseok pergunta chegando correndo com o Taehyung ao lado.
---Esse doente matou minha filha.---A rechonchuda fala chorando apontando pro moreno.

---Eu não... Eu não m-matei ninguém. P-por favor!---Ele diz soluçando já sem ar de tanto chorar.
---Jeongguk-ah!---Tenho chegar mais perto dele, mas o segurança me afasta.---Sai da frente. Ele é meu irmão, seu idiota!
---O quê?---Todos perguntam espantados.

---Seu irmão?---Hoseok pergunta.
---Sim. Não de sangue, mas de coração. Ele é o meu dongsaeng.---Digo já abraçando o Jeongguk.
---Seu irmão matou uma criança.
---Meu irmão É uma criança. Como ele mataria outra pessoa?---Digo incrédula.

---Srta. Lee. Ele foi pego no quarto da vítima enquanto ela estava morta na cama. E ele estava com a arma branca nas mãos.
---E por que o trouxeram pra uma clínica psiquiátrica?---Pergunto gritando?
---A minha bebê deixou uma carta. Foi ele quem fez isso. Ele veio de lá do quinto dos infernos pra matar a minha filha.

---Noona. Noona. Você não vai acreditar nisso, não é?---Ele sussurra desesperado enquando engole algumas lágrimas próprias.
---Não. Eu não vou acreditar, meu amor. Não vou.---O conforto tirando os cabelos de seus olhos.

---Ele precisa ser levado pra sala branca, Srta.
---Não. Ele não vai.
---Soojin-Ssi. Vamos todos juntos pra sala branca. Será melhor do que discutir.
---Hoseok-Ssi...
---Por favor. Será melhor pra ele.---Ele insiste.

Eu me levanto e o segurança de imediato levanta o Jeongguk.
---O que? O que vão fazer comigo?
---Calma. Só vamos pra uma sala. Eu vou estar lá.
---Noona. Não me deixa.
---Não vou.---Falo com a voz esmagada pelo choro.

***

-Mãe. Estou sendo ameaçada por uma amigo que fiz virtualmente.
A gente se conheceu pessoalmente há alguns meses e ele quis ficar comigo. Eu não quis, claro. Mas ele não desistiu.
Ele disse que vai voltar por esses dias e se eu não ficar com ele, ele me mata.
Ele é doente mental. Perverso. Já me provou isso muitas vezes pelas redes sociais. Ele é capaz de tudo. Ele não deve nem ir pra cadeia. O lugar dele é no manicômio.
Me arrependo amargamente do dia que comecei a falar com ele.
Mãe, se alguma coisa muita má acontecer comigo, foi ele, mãe. Foi o Jeon Jeongguk.-

A carta escrita com caneta rosa explica a possível ameaça do Jeongguk.
Olho desesperada pro Hoseok.
Ele suspira pesado e abaixa a cabeça.
---Desculpe, Soojin-Ssi. Não temos mais nada que possamos fazer.
---Não. Tem que ter. Eu o conheço. Ele nunca faria isso. NUNCA.

Olho pro garoto adormecido no sofá com lágrimas secas na bochecha.
Ele finalmente parece em paz, não aquele menino apavorado de poucos minutos atrás.