Capítulo 3 - Imprevistos

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Rachel

Nós voltamos descendo todos aqueles degraus e em vez de sair ele se direciona a um galpão que se localizava ao lado direito do condomínio, em seguida retira um chaveiro do bolso e clica no pequeno controle e logo o portão de se abre. O Sol bate na pintura vermelha daquela Mercedes muito bem lavada, tenho que admitir que seu gosto em relação a carros é incrível.

 

— Não está esperando que eu te pegue no braço e te coloque no Banco está? — Ironicamente ele perguntou indo para o lugar do motorista, sentando ele abre a porta do passageiro.

— Claro que não! —Afirmo dando a volta pelo o lado direito do carro cujo a porta já estava aberta e entro.

Estranho! Não havia sentindo que ele estava tão cheiroso, um cheiro másculo que me fazia querer rasgar sua camisa azul escura de botões bem passada e acaricia-ló, como se pudesse ler meus pensamento ele me olha e dá seu típico sorriso provocativo mas rapidamente volta seus olhos para a estrada. Algo dentro do porta luvas começou a vibrar sem cessar, ele parou o carro no meio da estrada e abriu pegando o celular e atendeu.

— Oi? —Respondeu normalmente. 

Não estava no auto-falante mas dava para ouvir uma voz de mulher aos berros.

— Onde você está? — Pergunta a garota em um tom de fúria.

— O que você quer? Eu estou ocupado! — Se alterando ele respondeu.

Logo ele percebeu que eu estava escutando sua "conversa" e saiu do carro, com certeza coloquei tudo a perder.
Ele demorou bastante sua expressão através do vidro era de raiva ele batia na lateral do carro chamava alguns palavrões, não conhecia ele lado dele... até agora. Confesso, fiquei assustada.

— Perdão por ter presenciando isso, bom o passeio de hoje vai ser cancelado houve alguns imprevistos. — Calmamente ele se explica. 

— Tudo bem. —Sorrio.

— Entretanto temos assuntos pendentes. Pode me passar seu número? — Ele perguntou desbloqueado a tela de seu celular.

Fiquei em completo silêncio e de cabeça baixa.

— Mel? Ele toca meu ombro e se aproxima. Você está bem? — Seu hálito de hortelã me fazia querer beija-ló.

— Eu não tenho celular, satisfeito? — Lhe respondi me afastando dele e tentando manter a sanidade.

— Não acredito que você ficou toda sem jeito por isso?!

Apenas balanço com a cabeça que sim.

— Tome, quero que fique com isto! —Me disse colocando seu telefone em minha mão.

Sério que ele está me dando seu celular? Não posso aceitar!

— Não! O celular é seu. — O empurrei de volta para sua mão.

— E eu estou te dando compro um pra mim no caminho aeroporto, fique por favor assim terei como me comunicar com você. — Implorando ele coloca o aparelho em minha mão e a fecha em volta dele.

Percebendo que sua insistência iria longe, resolvi aceitar.

— Certo. — Dei um sorrio.

Logo ele se virou para o volante e deu ré me levando de volta para o apartamento. Chegando lá fez questão de subir comigo, mesmo depois de ter afirmado que ele não precisava fazer isso mas ele não deu ouvidos.

— Hoje era pra ter sido um dia legal, novamente lhe peço desculpas. — Ele disse um pouco sem jeito.

— Tudo bem, sem problemas! — Respondo de imediato.

Antes de ir embora ele me dá uma cópia da chave do apartamento e em seguida um beijo na bochecha.

— Se cuida tá? Já descendo os degraus da escada para ir embora ele falou. 

Fiz um gesto com a cabeça e lhe dei um sorriso. Entrei no apartamento fechei a porta joguei o celular em cima de um Puff ao lado da janela me encostei na mesma e me sentei no chão, me ponho a pensar como posso considerar alguém que só sei o nome de meu amigo?

Ele por outro lado parece ter meu manual de instruções.

Livro 1: Era apenas uma viagemOnde histórias criam vida. Descubra agora