Tributo à bunda

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"No corpo feminino, esse retiro
__ a doce bunda __
é ainda o que prefiro.
A ela meu mais íntimo suspiro,
pois tanto mais a apalpo
quanto a miro,
que tanto mais a quero, 
se me firo
em unhas protestantes, e respiro
a brisa dos planetas, no seu giro
lento, violento...
Então, se ponho e tiro
a mão em concha
__ a mão, sábio papiro,
iluminando o gozo, qual lampiro,
ou se, dessendentado, já me estiro,
me penso, me restauro, me confiro,
o sentimento da morte eis que o adquiro:
de rola, a bunda torna-se vampiro. (...)"

_________________ Carlos Drummond de Andrade

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