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O Bom Praticante

Título Original: The Good Practitioner

Por Thomas Watson (1620-1686)

Traduzido, Adaptado e Editado

por Silvio Dutra

Abr/2017

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W474

Watson, Thomas 1620 - 1686.

Uma nova criatura / Thomas Watson

Tradução , adaptação e edição por Silvio Dutra – Rio de

Janeiro, 2017.

56p.; 14,8 x 21cm

Título original: The Good Practitioner

1. Teologia. 2. Vida cristã 2. Graça 3. Fé. 4. Alves,

Silvio Dutra I. Título

CDD 230

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Introdução pelo Tradutor:

A exigência da justiça de Deus em relação às Suas criaturas morais (anjos e homens) é que sejam perfeitamente santos assim como Ele é santo. Essa perfeição que atende à Sua justiça só é possível quando se está em união completa com Ele. Deus é justo nesta exigência porque foi para o propósito de serem santos e perfeitos como Ele, que os criou.

Os anjos que se apartaram de Deus ficaram desprovidos de justiça em si mesmos, pois como vimos é impossível permanecer justo, separado de Deus, e sem esta justiça divina não há vida, e por isso se tornaram demônios.

Quando o primeiro homem pecou tendo, por conseguinte se separado de Deus, sujeitou à referida separação toda a Sua descendência. Todavia, aquilo que aos anjos caídos foi negado, tem sido concedido àqueles que dentre os homens desejam retornar à união com Deus.

É neste ponto que entra a necessidade da justificação pela fé em Jesus Cristo, uma vez que a referida união não pode ser consolidada por nenhum outro meio, já que o homem necessita de uma justiça perfeita para poder estar unido a Deus, e é bem sabido que tal justiça perfeita não existe em nenhum homem.

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Todavia, a justificação não consiste em transformar um pecador em um santo, pois ela realiza apenas a expiação da culpa do pecador, o seu perdão, a sua remoção de debaixo da condenação da Lei, mas não opera qualquer transformação moral em sua natureza.

O pecador é justificado pela redenção que há no sangue de Cristo, para que tendo retornado ao favor de Deus, e à comunhão com ele, possa então ser regenerado e santificado pelo poder do Espírito Santo.

A regeneração, que lhe dá uma nova natureza celestial e espiritual, é realizada simultaneamente com a justificação, no momento mesmo em que ele crê em Cristo de uma forma salvífica.

A santificação começa com a regeneração e deve progredir paulatinamente operando a transformação moral à semelhança do próprio Cristo.

Entendemos então a justificação como a abertura da porta do caminho da salvação, a partir da qual há uma longa caminhada a ser feita através do processo da santificação que é realizada pela agência do Espírito Santo, mediante a instrumentalidade da aplicação da Palavra de Deus em nossas vidas. É nisto que consiste o que se costuma chamar de prática da Palavra.

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É nesta prática e não no mero conhecimento da Palavra que consiste a santificação. É sobre esta prática santificante que discorre Thomas Watson neste seu livro abençoado e edificante.

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⏰ Última atualização: Apr 18, 2017 ⏰

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