Finalizado!
Tesão que nasce da raiva, pode virar paixão? Paixão, raiva e metal!
Conteúdo adulto. Homoerótico. Descrição de cenas de violência e sexo entre maiores. LGBT.
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Sentindo-se sem privacidade, Souza pegou o carro que alugou no rent car e procurou um canto para dormir em paz.
Na discreta, já havia pago um garoto escort certa vez para dar uma transada e percebeu não era de qualquer macho que precisava e que sentia falta de ter em seus braços seu branquelo. Pensou meio triste que não sabia onde ele estava e seu numero de telefone há muito havia sido trocado.
Um motel era uma boa opção para dormir em paz, quem sabe pagar um rapaz de novo. Porque não? No seu celular tinha internet o que permitia que procurasse algum anúncio. Jogou-se na cama grande e ficou ali brincando no aparelho.
Não estava com tesão e qualquer cara bonito, faria qualquer coisa por grana. Souza queria apenas abraçar um corpo, sentir os longos cabelos entre seus dedos, morder a boca de Daniel, apertar a cintura deste quando o pegasse por trás. Não, não, não. Não queria só sexo... O tesão deles nasceu da raiva, tesão virou paixão e ele estava apaixonado por Dan.
Conhecia Dan desde muito novo e quando lembrava-se, era seu amigo que por um tempo escreveu ao seu lado, gostava das mesmas músicas, conhecia bem sua família... Sim família. Lembrou de algo que o fez gritar um "uhuuull" no quarto. Achar o número da mãe do Dan na internet era fácil, era só pedir pra ela o telefone dele... mas será que ele ia querer conversar? Não o procurara também, sabe-se lá por que razão. Sentiu ódio da própria burrice...
- Souza, cavalo! - Xingou a si. Quantas vezes falou com sua mãe em Joinville, quantas vezes passou na rua onde a mãe do cara mora e nunca perguntou nada. Souza precisava dessa solidão pra organizar os pensamentos. Estava sóbrio, afinal bebericou apenas uns goles de uma tequila ice enquanto ligava pra casa de sua mãe, que lhe passou o número da mulher, "a sogra".
Dando risada feito um idiota, percebeu que agia como um garoto perto da primeira namorada. Oras, sogra...Melhor não criar expectativas. Minutos após estava em posse do número novo de Daniel, mas ficou nervoso e sentiu a palma da mão suada. "Ligo ou não?"
Três toques e ele atendeu.
- Oi Daniel.
- Souza? – Daniel sentiu uma lágrima quente escorrer pela bochecha. – Oh, grande por onde andas? – Disfarçou bem e riu no outro lado da linha.
- Quanto tempo, né... me esqueceu? Não ouço mais nada da tua banda, o que aconteceu?
- Ah, Souza é complicado... mas onde você está?
- Em Porto Alegre, num motel.
- Motel? E porque me ligou? Pra me mandar enfiar um cabo de vassoura no cu? – A voz de Dan era furiosa.
- Porque estou sozinho e pensando em você. Penso o tempo todo.
Daniel primeiro se assustou, emudeceu e depois se engasgou com o choro que não segurou.
