Feliz Aniversário

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O dia amanhece e eu acordo devagar pedindo a Deus pra que a morte da minha mãe tenha sido apenas um sonho mas, quando acordo, algo na minha casa parecia estar diferente. Quando lembrei que não estava na minha casa, no mesmo momento lembrei que eu dormi com meu professor. Sim, meu professor. Se eu dissesse a alguém algo sobre isso, me chamariam de sem coração mas, mesmo que não entendessem, fiz aquilo porquê momentos desesperadores criam medidas desesperadas. Eu estava tentando aliviar a mente da morte da minha mãe. Então fui até a escada e olhei em volta e foi aí que senti um calor atrás de mim. Era o Jordam me abraçando.

-Bom dia. - Ele sorriu
-Professor, desculpa se eu fiz alguma coisa ontem, eu tava desesp...
-Shhh! Calma. Tá tudo bem. Eu entendo, você estava desesperada e eu não tive a atitude certa. Mas, se ainda quiser o celular podemos ir comprar.
-Não precisa, Eu sobrevivo sem ele. Obrigada por me acolher. Eu tenho gostado muito de ficar aqui.
-Eu soube que hoje é seu aniversário. - Por algum motivo ele disse isso de forma animada.
-E é o enterro da mamãe...
-Não precisa ir se não quiser e pode ficar aqui o tempo que achar necessário.
-Obrigada mas eu tenho que ir. Pode me levar? Minhas amigas já devem estar me esperando na entrada do cemitério.
-Claro que posso! Vai se arrumar. Podemos comer no caminho, na limusine.
-Obrigada por tudo. - Eu abracei ele e senti seu sorriso.

Ele colocou as mãos no meu rosto e me deu um beijo e eu retribui. Entrei no quarto de hóspedes e coloquei as roupas que trouxeram pra mim na cama. Acabou que escolhi Um vestido preto, um sapato baixo preto e coloquei um batom preto também. Fui até a porta da frente e vi ele com um terno preto e uma gravata cinza escuro. Fui até ele e ele abriu a porta do carro pra mim. Entrei e sentei vendo o quão espaçoso era aquele carro. Ele entrou logo em seguida e fechou a porta, o carro deu partida e eu ficava encarando aqueles olhos verdes lindos que me admiravam a todo momento. Eu coloquei a mão no braço da cadeira e ele colocou a dele sobre a minha, eu sorri sentindo sua mão sobre a minha então olho pela janela e vejo que já estamos chegando.

-Por favor, não demonstra nada, eu não tô pronta pra contar a minhas amigas.

Ele engoliu seco e disse.

-Tá tudo bem, não vou demonstrar nada. Mas, você tá bem?
-Na medida do possível sim.

Ele sorriu e saímos do carro dando de cara com a Amy e a Stella.

-MILEY!! - A Stella correu e me deu um abraço longo e apertado
-Miley, eu vou te esperar lá dentro.
-Uiuiui - Amy disse irônica e continuou - Esse foi o professor que tu disse que beijou?
-Sim. - Eu disse quando a Stella me soltou
-Miga sua louca, não fica triste! Vai ficar tudo bem. Tu tem a gente e tu tá segura com aquele Christian Grey gostosão. - Disse Stella
-Isso mesmo! E será que ele não tem uns amiguinhos? - Disse Amy
-Gente, vamos entrar. Eu preciso falar uma última vez com a minha mãe.
-Então tá. - Stella disse

Elas entraram e eu fui atrás quando Larissa me puxou

-Miley, eu e Kallie precisamos te dizer uma coisa.
-Vocês estão me assustando... - Eu disse
-Eu e a Larissa estamos namorando. Faz uns meses já.
-Espera, quando pensaram em me contar isso? - Eu disse séria e continuei- Eu pensei que sabiam que eu sabia.
-Como? - As duas falaram ao mesmo tempo
-Já vi vocês se beijando no banheiro da escola mas aí começaram a agir estranho e saíram sem falar nada! - Exclamei
-Vamos entrar? - Tentaram fugir da conversa e entraram
-Então tá, hora de encarar os fatos Miley. - Disse pra mim mesma.

Eu entrei no cemitério e fiquei na beira daquele caixão que minha mãe estava.

-Porquê você me deixou? Eu tô sentindo muito sua falta. Você quis me dar um presente e me deu uma chance de viver. Eu te amo mãe. - Falei chorando muito sem conseguir segurar uma lágrima sequer.

Eu só chorei por um tempo e saí um pouco de perto me sentando em uma das cadeiras. O Jordam sentou do meu lado e colocou a mão dele em cima da minha de novo. Mesmo sentando meio afastada, consegui ver a Kallie e a Larissa trocando selinhos e a Amy e a Stella Falando Sobre Esses Selinhos. Eu pude até ouvir oque elas falavam já que Stella fala alto mesmo sem perceber, ela falava algo como

-Olha Amy, aquelas meninas devem tá esquecendo que isso aqui é um enterro e não um motel.
-Stella, fala baixo.
-Que foi mulher? Mulher, falando nisso, tu deveria ter visto o jantar que eu tive com o meu namorado.

Elas ficaram conversando o enterro todo. Até que chegou a parte mais dolorosa pra mim. Que foi ir até onde haviam colocado o caixão e colocar aquela rosa vermelha que era a flor preferida da minha mãe. Eu coloquei a flor e não aguentei. Corri pro carro do Jordam e fiquei encolhida no canto. Eu estava sozinha até que o Jordam entrou.

-Miley, eu sinto muito pela sua mãe. Podemos ir pra casa se quiser.
-Obrigada por tudo Jordam. Você não precisa...

Eu estava olhando pra ele quando percebo alguém com a mesma cicatriz passar pelo carro então empurro o Jordam pro lado e corro indo até o cara e toco seu ombro então ele olha pra mim e arregala os olhos.

-Não deveria ter feito aquilo com a minha mãe!

Dou um soco no rosto dele que não faz muito efeito. Ele me dá um soco pouco acima dos meus seios e eu caio no chão meio sem ar quando o Jordam chega

-Ei seu babaca!

O Jordam começou a dar uns chutes realmente fortes no homem e praticamente nocauteando o mesmo que corre ao perceber que está perdendo. Jordam me pega no braço e me leva até o carro me sentando no banco

-No que estava pensando? - Disse Jordam
-FOI ELE, ELE MATOU MINHA MÃE! E não precisava me trazer no braço! Eu não estou aleijada!
-Fica calma! Vem, me abraça!

De uma maneira nada bipolar, eu abracei ele chorando muito. Então ele fez um sinal e o carro deu partida. Ele me abraçou o caminho todo. Quando chegamos na casa dele, eu comi chorando, tomei banho chorando e até fui dormir chorando. Eu estava desabando psicologicamente e não tinha ideia do que fazer mas, eu sabia que amanhã, teria que ir pra escola. Querendo ou não. Eu estava já parando de chorar quando o Jordam deitou comigo e me abraçou pra dormir de conchinha e sim, ele dorme de cueca. Já eu durmo com o meu pijama que no caso uma camisa masculina tamanho 42 eu fico nadando na camisa mas me sinto confortável, Me senti muito confortável mas não era por causa da camisa, foi porquê agora, eu já sabia a aparência do cara que iria fazer de tudo pra me vingar.

Esse foi o fim do Capítulo. Não precisa chorar hein? Hahaha. Amanhã vai ter Capítulo novo! Não esqueçam de votar e comentar oque acharam do Capítulo! Bju e até amanhã! Com amor e coração de algodão doce, Titio Devid.

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