segredos ocultos...

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Narração de Ana

Sabe aquele momento que você acorda pensando na morte, pois é, estou assim, todo dia gritando por causa das dores, isso tinha se tornado uma rotina, não conseguia mas suporta ter vê o meu pai muitas vezes chorando do lado da minha cama.
Já havia se passado 2 anos, estava pra completar os meus 17 anos de idade.

........

Para as pessoas o tempo parecia se passar rápido, mas a dor que eu sinto até parece que eu estou vivendo com isso a séculos.

O único amigo que eu ainda tinha era Matt, eu gostava de estar com ele, apesar de ver a dor que ele estava sentindo.

Pareci que eu vou passar mas um dia sozinha. Os meus dois irmãos
Estão fazendo faculdade, fora do país, estou completamente só, posso simplesmente conversar com empregadas, mas tenho medo de atrapalha - las, muitas vezes passei o dia sozinha, Um grande vazio cresce dentro de mim, porque a companhia que eu realmente queria, pelos menos um dia, não está aqui.

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Estava no meu quarto chorando horrores, não por causa das dores que eu estava sentindo, mas sim por causa de algo que eu havia acabado de descobrir.

Meu pai, não era realmente o meu pai, eu não havia irmãos, e nunca  estive com a uma família de verdade.

O que a empregada jogou na minha cara era verdade?, o meu pai ficou comigo apenas por dó?, e como assim, isso tudo é muito complicado.

Até que eu vejo alguém entrando, é o papai, ele entra e pergunta:

--------- minha filha o que aconteceu? 

--------- Carla......

Sussurrei
Ele olhou com cara de desapontado e saiu do quarto, não entendi o que estava acontecendo.

Foi quando o papai voltou, sento no meu lado, e passou a mão em meu cabelo, foi confortável, nós estamos bem no canto da parede ele começou a falar:

--------- minha filha você não está com raiva do papai está?

--------- pai..... 
Sussurrei, com os olhos em lágrimas.

--------- filha, papai te ama sabia?

Pra prolongar a história:

Carla era umas das empregadas mais antigas da casa, ela era uma pessoa que odiava a Ana, pelo simples fato de Ana ser filha do homem que ela tanto Amava, ele era o antigo jardineiro da casa, mas ele não gostava de Carla, ele se apaixonou pela mãe de Ana, e com esse amor surgiu um fruto, mas o pai de Ana, não poderia estar com a sua filha, pois ele descobriu que tinha câncer, e morreu um mês antes da sua filha nascer, e a mãe de Ana morreu no parto, e o senhor Antônio, pai adotivo de Ana, adotou ela no mesmo momento, já que a sua esposa havia morrido ele não poderia ter mas um filho, que era o seu sonho ter uma menina.

---------- pai você me ama, ou apenas ficou comigo por que sentiu dó de mim.?

Disse Ana ainda em suas lágrimas

---------- senhor Antônio, eu posso pedir uma coisa pro senhor ?,

Antônio ficou apenas observando

----------- o senhor pode continuar sendo o meu pai?, porque eu não vejo uma pessoa melhor para ser o meu pai, do que o senhor, senhor Antônio.

Senhor Antônio não conseguiu aguentar,  do seu olho direito, caiu uma lágrima.

---------- Ana, podemos não ser ligados pelo sangue, mas tem o amor que nos liga, e não importa a decisão que você tome, me odiando ou me amando, eu sempre amaria você, e sempre estaria com você quando você precisasse, e muito obrigado por me perdoar.

---------- pai eu não tenho que te perdoá de nada, eu que agradeço, por ter cuidado de mim todo esse tempo, mesmo sabendo que eu não sou sua filha.

---------- mas Ana, você é minha filha, eu te amo querida.

---------- eu também te amo papai.

Os dois se abraçaram e ficaram lá por muito tempo.......

Um amor de pai e filha, aí está a razão, não precisa ter uma ligação de sangue para ter amor ou respeito, por uma pessoa. 

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Continua...

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