Diário de uma Baker

Capítulo 8

Acordei e já tinha passado da hora do almoço. Dylan e Riley já devem estar em casa. Mensagem de Riley.

"Oi amiga, espero que esteja um pouco melhor, falei com o Scott que você não faltou porque não estava bem e que provavelmente não iria mais ao Burguer's, ele me pediu o seu endereço e eu dei, daqui a pouco ele deve estar ai."

Mensagem de Scott.

"Bom dia e boa tarde, pode abrir a porta pra mim?"

Desci as escadas e fui até a porta da frente, abri e era ele. Scott, aquele sorriso era a sua marca registrada.

-Oi Claire Baker. -Disse ele.

-Oi, achei que era brincadeira da Riley quando li a mensagem.

-Ela disse que você não estava bem e então resolvi fazer uma visita. Como você está?

-Nada bem, vamos subir que eu te conto tudo.

Chegamos até meu quarto e eu sentei no tapete e ele ficou em pé.

-Senta aqui Scott. -Pedi.

-Que foto linda. -Ele disse apontando uma foto minha de quando eu era criança. Eu e meu pai estavamos na foto.

-Até eu entrar no ensino médio, sempre foi assim, tinhamos uma relação incrivel, eu adorava ouvir as histórias da infância dele.

-Pelo menos você pode curtir com seu pai, eu nem converso com o meu.

-Sei que isso é dificil, mas alguma hora, ele vai parar para perguntar sobre o seu dia.

-Espero que isso aconteça. Agora me conte tudo.

-Adam já fez sexo com a Carly. -Dizer aquilo em voz alta foi mais doloroso ainda.

-Me explica isso direito. -Disse enquanto sentava ao meu lado no tapete.

Contei tudo pra ele, tudo o que o Adam me contou, sobre o pai dele e sobre Londres. A cada palavra que saia da minha boca, ele ficava mais assustado, talvez com a confusão que era a minha vida. Acabei de contar e ele segurou a minha mão.

-Só isso? -Ele perguntou.

Como ele podia achar que era "só isso"?

-Você acha mesmo que isso é pouco? Ele me traiu.

-Pra você sim. De tudo que você me contou, isso não é nada, você supera isso fácil, é a mulher mais forte que eu conheço e também a mais bonita.

-Muito bom ouvir isso.

Ficamos um tempo nos olhando, ele passou a sua mão sobre o meu rosto, enxugou um pouco das lágrimas que eu derramei enquanto contava a história toda à ele. Chegou um pouco mais perto, o rosto dele estava a centimetros do meu igual quando eu o ajudei a levantar, foi igual a essa vez, meu coração acelerou, minhas pernas arrepiaram, mas dessa vez eu não me afastei, deixei ele chegar cada vez mais perto. Até que, nos beijamos.

Eu não sabia se ele estava gostando, mas eu estava, ele beijava como se só existisse eu e ele no mundo, como se o tempo parasse para nós. Perdi o meu "BV" com 10 anos, cedo não é? Sim, e foi horrível, tudo babado, eu abria o olho a cada 1 segundo de beijo, e foi com um primo meu, depois daquela vez, eu jurei pra mim que nunca mais iria beijar ninguém, mas até parece que isso daria certo, bastava eu beijar muito para aperfeiçoar a minha técnica.

Paramos de nos beijar e ele abriu o olho, segurou a minha nuca com as duas mãos, beijou minha testa e disse:

-Você é maravilhosa, quem tem você como amiga são as pessoas mais sortudas do mundo, muito romantismo né? Eu sei, mas é isso que você causa em mim, e o que eu sinto por você é algo que nem eu sei explicar.