Allie Traynor

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- Estava pensando em viajarmos assim que a turnê acabar.
   Justin e eu andávamos de mãos dadas pelas ruas de Stratford. O frio estava suportável para caminharmos as nove da noite.
- Viajarmos? - olhei pra ele querendo ter certeza do que tinha ouvido.
- Sim, o que acha de irmos para o Brasil ? Podemos ficar lá umas duas semanas, e depois podemos ir para o Havai.
- Justin... - eu o interrompi. - Não acho que dará pra ir, se não for nas férias da faculdade.
- Eu tinha me esquecido. - sorriu falso. - Eu espero as férias chegarem.
- Me desculpe por isso.
- Não precisa se desculpar, eu só me esqueço que você tem uma vida normal.
- Bom, não creio que minha vida seja normal. Já que namoro meu ídolo e seu empresário me odeia.
- Tirando isso, sua vida é normal. - ele beijou minha cabeça assim que paramos enfrente a uma praça. - Então, preciso te contar uma coisa.
- O que aconteceu? - perguntei assim que nos sentamos.
- Scooter soube de você e sua mãe terem vindo passar o natal aqui.
- Como?
- Eu não sei. Mas agora não precisamos mais esconder dele. Eu sei que ele irá tentar alguma coisa, mas nos dois saberemos se algo de estranho acontecer. Só nos dois acreditarmos um no outro.
- E se ele passar dos limites enquanto você está longe ? Eu não sei se pode acontecer algo grave. Eu não conheço o Scooter. - passei as duas mãos no rosto. - Ele me da medo.
- É, eu sei, mas confia em mim.
- Eu confio em você, só não confio no Scooter.
- Isso tem que ter um fim.
- Eu também acho. Isso está passando dos limites, se até sua mãe mudou de opinião sobre mim, Scooter podia tentar fazer o mesmo.
- Não acho que isso chegaria a acontecer. E tem mais uma coisa.
- O que ? - encarei ele.
- Vou viajar pra Itália amanhã.
- Você vai pra Itália? - minha boca se formou em um perfeito "O" - Que incrível.
- Vou sim. - riu de mim.- Você vai pegar o vôo que horas ?
- Minha mãe está querendo ir depois do café da manhã.
- Então eu também irei junto com vocês duas.
- Vai direto daqui pra Itália ? - perguntei.
- Sim.
- Ah tá.  - deitei a cabeça em seu ombro. - Itália!  - sorri. - Deve ser lindo lá.
- Deve mesmo.
- Juízo, ok? - olhei pra ele com os olhos serrados.
- Eu tenho juízo de sobra.
- Me engana que eu gosto.
- Quer um sorvete?
- Quero! De chocolate.
- Me espera que vou lá comprar.
  Ele se levantou e caminhou até o carrinho que havia do outro lado da praça.  O jeito que ele esperava o senhor preparar os sorvetes era tão fofo e engraçado. Ele as vezes olhava para os dois lados, era como se estivesse procurando fotógrafos as escondidas, mas ele sempre me olhava depois e sorria. Acho que com os anos, Justin criou algum tipo de sensibilidade sempre que sai de casa. Como se ele sentisse alguém o olhando, tirando foto dele ou até falando dele quando finalmente está em algum lugar a não ser um palco.
  Ele voltava com os dois sorvetes, um em cada mão e um sorriso de canto. Suas chaves batiam em sua perna era um efeito sexy que causava. Eu só tinha que cuidar dele, sinto que a qualquer momento ele pode desistir de tudo. E isso não pode acontecer.
- Eu sei que sou bonito, toma. -me entregou o sorvete.
- Obrigada amor.
- Mereço um beijo, não acha ? - ele se sentou ao meu lado novamente.
- Claro. - o beijei rápido. - Agora vou tomar meu sorvete.





( eu sei que sou bonito AAAAAA amor você é perfeito )

Mensagem - 2 Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora