Camaleão

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Ele decide que ela é como um camaleão. Ela muda de dia a dia, momento a momento, de instante em instante.

Ela disse que odiava piadas. E, no entanto, ele a ouviu fazer uma.

Ele se lembra de ter dito que ela era uma mulher cruel. Mas ele também se lembra de pensar que ela era a única pessoa que nunca o abandonaria.

Muitas vezes a conhecia como grave e sábia.

Mas ele também a conhecia como inocente e adorável.

Ele viu suas expressões aborrecidas e indiferentes. Ele também viu suas lágrimas e sorrisos.

Ele a ouviu casualmente dizendo que ela estava indo embora. Outra vez, ele ouviu sua promessa de nunca deixar seu lado.

Como um sábio, ela lhe deu críticas acentuadas. Mas, como uma criança, ela se escondeu atrás de um bicho de pelúcia.

Certa vez, ela usava a roupa de um herói e salvou sua vida. Mas uma vez, ele a carregou, ensangüentada e sofrendo, em seus braços.

Ele a viu se segurando contra Lancelot. Ele também a viu chorar em agonia quando a tocou.

Ela sempre age como sua guardiã. Mas ele se lembra, que quando eles se conheceram, ela atuou como sua ala.

Momento a momento, instante a instante, a cor do camaleão muda.

E enquanto ele se senta lá em sua mesa, observando-a em sua cama, abraçando um bicho de pelúcia enquanto o olha de relance, ele não pode deixar de se perguntar qual a verdadeira cor de um camaleão.

FIM

CC x LelouchOnde histórias criam vida. Descubra agora