Prólogo

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Havana (Cuba) - 14 de Abril de 2017

A música Canto A La Habana tocava e o cheirinho dos chicharrones e da comida feita pelas mulheres mais velhas da família Rosalles sentia-se.
Celebrava-se o 90° aniversário do patriarca da família, Alfonso Rosalles, a festa típica do bairro nobre de Havana, onde todos se juntavam para festejar o nascimento do homem que começou com o império Rosalles, empresa de produção e exportação de cana de açúcar, empresa essa que empregou e ajudou centenas de famílias ao longo destes anos.

- Papito, temos uma surpresa para si - Luíz Rosalles, seu filho fala animado. - Amigos e família, é com muito prazer e orgulho que vos peço atenção, para a moça mais bonita e talentosa, a minha filha Sofia Rosalles.

O velho Alfonso sorri com orgulho assim que vê a sua bisneta mais velha.
Sofia começa a cantar a música Consequences, que ela tinha escrito, com ajuda do seu piano, a sua voz soa como a de um anjo, todos se juntam, até mesmo turistas que passam perto do alpendre da residência Rosalles, junto à praia, param para a ouvir.
Entre esses turistas está Flynn, um jovem na casa dos 20 anos. Ele paralisa não só a ouvir mas a olhar para a beleza de Sofia, morena e angelical.
Ouvem-se aplausos e Sofia abre os olhos e sorri, os olhos percorrem as pessoas que se foram juntando, até que os seus olhos param em Flynn, ela sorri, mas é interrompida por Isaac, o seu melhor amigo que a pega ao colo e a rodopia. Ela volta a olhar para o mesmo sítio mas já não estava ninguém.
Aos poucos as pessoas vão se dispersando, outras juntam-se a Dolores e Cármen, mãe e avó de Sofia, que chamam para comer.

- Sofita estás à procura de alguém? - Alfonso junta-se a neta.
- Não abuelito - Sofia sorri mas sem tirar do pensamento os olhos cor de caramelo que a observavam mais tarde.
- Sabes que a mim não me escapa nada - Sofia olha para o bisavô - eu vi que aquele rapaz não tirava os olhos de ti, conhecias?
- Não, era apenas alguém que passou, vamos comer? Afinal de contas é a sua festa abuelito! - Sofia sorri e pega no braço do seu velho confidente.
- Oh eu já estou velho para festas! - os dois gargalham e vão para junto da família.

No dia seguinte Sofia acorda cedo para ir até ao mercado, todos a conhecem e sorriem ao vê-la.
O sol está quente e há imensa gente na praia, Sofia vê Isaac ao longe a trabalhar no bar e acena-lhe. Sofia continua a olhar para Isaac e ele alerta-a para alguma coisa em gestos, ela não percebe e derrepente ela sente um encontrão e o cesto que ela trazia cai no chão deixando a sua fruta espalhada.

- Ay dios mío, soy tan desastrada, perdóname - antes de olhar para cima, Sofia apressa-se a apanhar tudo com ajuda do estranho.
- Não há problema - um sotaque americano ouve-se e Sofia olha para cima encarando os mesmos olhos
cor de mel de ontem.

- Tu - os dois dizem ao mesmo tempo.

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(ps: a música é da Camila Cabello)

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