Tchau Mamãe!!

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São 7:00 hrs da manhã e minha mãe já está batendo na minha porta tentando me acordar, mal sabe ela que eu quase não preguei o olho essa noite por ficar imaginando como eu vou viver durante praticamente 3 meses com uma pessoa que eu não suporto numa, mas tudo bem nem é porque eu vou "viver" que eu preciso conviver com ele. Pena que só fui perceber isso agora, deveria ter tido essa idéia a 7 horas atrás, eu teria tido uma noite ótima, mas esse cara mesmo longe já consegue atrapalhar minha vida.

-Última vez que vou te chamar Louise, levanta agora sairemos em 1 hora- grita minha mãe em frente a porta do meu quarto.

Ainda bem que arrumei as malas ontem a noite, só vou tomar um banho rápido me trocar e descer para o café, agora que fui perceber o quanto estou faminta, deveria ter jantando ontem.

Termino meu banho e escolho uma calça jeans escura rasgada, uma blusa preta do Evanescence e um bota de cano curto com spike pratas, desço pra tomar meu café.

-Bom dia, finalmente minha ursinha decidiu descer para tomar o café que a mamãe preparou com o maior amor do mundo.- Diz minha mãe colocando ceral e leite em uma tigela e indica o banco em frente o balcão pra eu me sentar .

-Bom dia só pra você, porque pra mim é só o começo de uma maratona enorme de dias ruins, e para de falar assim até parece que tenho 8 anos.- reviro meus olhos e faço uma careta de nojo

-Por que você é tão grossa? Eu só estou tentando de agradar! -Anne

-Quer me agradar? Então desiste de me levar pra casa daquele cara! - Louise

-Da pra parar de chamar o seu pai assim? Ele só quer um tempo com você, para de ser tão complicada. -Anne

-Me agradeça por chama-lo assim é o mais educado de 10 nomes que eu dei a ele, e eu já disse que eu não quero passar tempo nenhum com ele, complicada é você que não consegue me entender. -Louise

-Eu te entendo minha filha, mas ele é seu pai e tem todo direito de te ver. -Anne

Depois desse comentaria desnecessário eu prefiro acabar de comer meu cereal em paz e ignorar minha mãe por completo que tentou puxar assunto duas, três vezes mas desistiu depois que eu respondi só com acenos de cabeça.

Finalmente depois de colocar minhas malas no carro, pegamos a estrada e minha mãe começa a tentar puxar assunto de novo, mas não vou dar esse gostinho a ela, espero que ela sinta minha falta e me busque antes da data marcada, coloco meu fone de ouvidos, depois da terceira música caio no sono e só acordo quando o carro para em frente uma casa enorme de dois andares, branca com venezianas marrons, tenho que confessar que esse cara tem bom gosto. Da última vez que o vi ele morava numa casa perto da praia, não nessa mansão, não sei pra que isso já que ele mora sozinho, mas okay. Desço do carro me encosto no capo e fico observando minha mãe cumprimentar com um abraço desajeitado o cara que nos abandonou, eles me olham e vêem na minha direção.

-Olha como essa moça cresceu, da última vez você era tão pequena, estava com tanta saudade- Diz meu pai que vem me abraçar.

-Tanto faz- digo desviando de seu abraço e subindo as escadas do alpendre.

Abro a porta da frente e quando entro e tudo muito lindo a sala é enorme e tem um piano no canto perto da janela, ando até a cozinha que é tão grande quando a sala ou maior, volto e subo as escadas em direção ao segundo andar, abro a primeira porta e acho que é o quarto do meu pai, abro a segunda porta e parece que esse quarto está vazio, vai ser aqui mesmo que eu vou ficar, a vista da janela é o quarto do vizinho, mas eu não estou nem ligando pra isso. Coloco minha mala no canto do quarto e volto pra fora pra me despedir de minha mãe.

-Tchau minha ursinha, se comporta por favor e tenta tratar bem o seu pai ele é um bom homem. Eu te amo muito minha filha!-diz minha mae me dando um abraço apertado que me faz sentir em casa.

-Tchau mãe eu também te amo muito- digo retribuindo o abraço

Ela entra no carro, da a arrancada e grita da janela.

-Já estou com saudades Ursinha!-Anne

Aceno e assim vejo o carro indo até desaparecer da minha vista...

-Também já estou com saudades mamãe- digo baixo tentando segurar as lágrimas, tarde de mais.

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