Son of a storm

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(Ao ler este capítulo, escute a música indicada ❤)

  Arregalo os olhos e grito ao vê aquela tal pessoa segurando em meu braço. No começo, confesso achar que era um estuprador, ou um louco, sei lá. Eu estava com medo, mas eu precisava agir, empurro a pessoa a derrubando-a, a única luz era a da lua, mas era o suficiente para eu "vê-lo". Pulo em cima da tal pessoa e passo a socar sua cara várias vezes, logo sou empurrada de forma brutal, sinto uma carga elétrica forte ao sentir o empurrão, a eletricidade estava por todo meu corpo, caio por cima de um jardim de flores, levanto com esforço sentindo uma enorme dor no corpo e beliscadas de energia, sinto meus olhos encharcar, eu estava prestes a chorar de raiva e medo. Lana Del Rey, me ajude, se eu morrer me leve para o teu reino. Eu pensava isso e ria por dentro. Era estranho, eu estava rindo por dentro e chorando por fora, deve ser coisa da adolescência.

  Logo aquela pessoa totalmente nua corria em minha direção e me agarra pelo braços, aproximando meu rosto do seu, sinto lágrimas descerem por minhas bochechas e suplico.

--por favor, não me machuque. -percebo o mesmo me encarar, abro meus olhos devagar, fixando meus olhos aos seus.

Bom, eu ainda não sabia, mas acho que era um menino, e seus olhos eram verdes amarelados, e brilhavam, eram estranhos, como o brilho de um relâmpago. Suplico mais uma vez.

--Não me machuque, meus pais logo logo chegam... Eu não pretendia morrer aqui e assim. -ele me solta, e seus olhos param de brilhar.

--Me ajude. Por favor. -ele sussurra.

Eu pude ter certeza de que era um garoto, sua voz era um pouco rouca, ele estava falando baixo, mas eu podia escutar, e sem duvidas, é um garoto.

--O que houve? Você está bem? O que houve com suas roupas? Você foi estuprado? Te rapitaram?

Bom, eu não via mentira em seus olhos, e eu realmente estava com dó daquele garoto.

--Venha, vamos para minha casa, posso te ajudar... -seguro no braço do garoto e o arrasto para dentro de casa, caminho até as escadas, eu procurava não olhar para trás ja que ele estava pelado, e podia estar com vergonha.

  Ao entrar em meu quarto, o levo logo para dentro do banheiro, encho a banheira, ele entra na mesma, fecho os olhos enquanto ele entrava e ao nota-lo dentro, abro os olhos, ele estava com o rosto sujo de lama e de sangue que ja estava seco grudado em seu rosto, pego uma esponja e molho na banheira, logo passo pelo seu rosto, tirando a sujeira de seu rosto, e desgrudando o sangue de sua pele, seus cabelos eram incrivelmente negros, negros como a noite, e tinham um tipo de brilho natural, ao tirar toda sujeira, percebo sua pele branquinha e totalmente macia. Ele era muito fofo.

--Mas então, o que houve com você? -pergunto e logo levanto para buscar umas toalhas na gaveta de um cômodo que ficava em baixo da pia, permaneço meus olhos no garoto.

   Ele me olhava, com uma cara de indefeso. Bom, acho que ele não confiava em mim, confiando ou não, eu preciso saber o que houve, estou sendo boa demais, vai que ele é de uma turma de traficantes.

--Não vai me dizer? Deve confiar em mim, estou "confiando" em você... Eu te acolhi, preciso saber pelo menos de onde é, ou seu nome, sei lá... -faço aspas com os dedos e logo reviro os olhos percebendo que a insistência não funcionaria.

--Vou buscar uma camisa do papai para você, não acho que vai caber... E cueca eu tenho algumas de primos meus, sim roubo cuecas. -rio e o olho esperando pelo menos um sorriso do mesmo. Ele permanecia com a cara de indefeso, o que ja estava me dando agonia.

Droga, garoto chato. Mas eu não vou julga-lo, não sei pelo que ele passou.

  Caminho ate o quarto de meus pais e pego uma camisa de meu pai e logo depois a cueca em minha gaveta. Caminho até o garoto que permanecia com a mesma cara irritante dentro da banheira. O entrego a toalha. -- Saia da banheira, arraste esse pano pelo seu corpo e se vista. - saio do banheiro e o espero no quarto.

Em poucos minutos ele saia do banheiro, o olho de cima a baixo, e droga, ele era bem bonito. Seus olhos estavam fixados aos meus, logo percebo suas bochechas ficarem vermelhas. Sorrio.

-- Olha, está muito bonito, e essa blusa ficou um vestido em você. -rio e chamo ele para sentar na cama, logo ele vinha em minha direção.

-- Desculpe, eu, eu, estou com medo. Eu estava no céu entre a tempestade da noite passada, eu voava enquanto dormia, quando menos espero, eu estava caindo, ao cair, escuto uma voz, eu nasci em uma tempestade na noite passada. Bom, era isso que eu ouvia... A voz dizia "Tunder Storsom. Este é o seu nome. Filho de uma tempestade". Eu não entendo, estou assustado, a voz dizia que o mundo não é algo para mim, e se isso é verdade, por que estou aqui? -ele falava nervoso e seus olhos enchiam-se de lágrimas, meu coração se apertava ao ouvir aquilo, mas novamente por dentro eu estava rindo e com medo. Porra, ele está de brincadeira com minha cara, só pode... Estou com um maluco dentro de casa.

-- Acho que não seria possível um ser humano nascer em uma tempestade... -falo deixando escapar uma risada irônica.

-- Talvez eu não seja um ser humano, e a tempestade também me dizia que eles estão atrás de mim, eu não sei quem são, eu achava que era você ja que você me bateu, mas, eu vi você chorar e pedir misericórdia, meu coração doeu, e eu não consegui te machucar... Só peço que confie em mim, e me ajude... -Ele dizia aproximando seu rosto do meu, o que me assustava mais ainda. Isso de tempestade me lembrava aqueles desenhos nerds de heróis, que tem a mulher com o poder de tempestade, e um carinha que atira luz pelo olho, e eu realmente não estou acreditando em nadinha.

Logo a luze se apagava, e depois se assendia, e se apagava e assendia. Eu estava com medo.

--Desse jeito vão queimar as luzes da minha casa... -sorrio fraco e sinto um arrepio na espinha.

--Não é na casa toda, é só no seu quarto, e eu te garanto que a única luz que esta assim é a que está no seu teto... -ele falava tranquilamente desta vez.

--Am? Como assim? -conecto o carregador na tomada e em meu celular e o mesmo estava carregando, e o ar-condicionado continuava ligado, sinto novamente um arrepio na espinha ao escuta-lo falar. -- Eu disse... É o único poder que pude desenvolver. -ele dizia enquanto deitava em minha cama.

  Olho pela janela e vejo que as luzes ja haviam voltado, menos a do meu quarto. Reviro os olhos e escuto o barulho do carro dos meus pais, logo as batidas de porta.

-- Droga, precisa se esconder... Meus pais chegaram do trabalho. Corre para debaixo da cama...-falo ficando nervosa.

-- Deixo a luz desligada? Não acha melhor contar que estou aqui? -o garoto logo pula no chão e se arrasta para debaixo da minha cama.

-- Vou fingir estar dormindo, e se quiser ir embora, é so ir la dar um oizinho. -falo irônica me enrolando nos lençois e fechando os olhos.

O silêncio do garoto me fazia achar que era um sim, então permaneço ali com os olhos fechados. Logo meu pai entra em meu quarto, e minha mãe em seguida.

-- Lara? -meu pai sentou no cantinho da cama.

-- Ela deve estar dormindo. Deixa ela quieta, vamos deitar...

Obrigada mãe, você é realmente abeçoada.

Logo meu pai levanta da cama e sai do meu quarto, levanto e tranco o quarto, caminho até a cama.

-- Vem, eles ja foram, deita aqui, mas sem gracinha.

O garoto levantava do chão com um sorriso no rosto. Que droga de sorriso bonito -- Relaxa, so quero dormir..

Ele deita ao meu lado e se vira para um lado da cama, e eu para o outro. Caímos no sono.

Continua...

Heeey, gostaram do novo capítulo? Não sei se ficou muito bom, vou me esforçar para melhorar nos próximos capítulos, e vote na história se gostou. ❤

I'm still breathingOnde histórias criam vida. Descubra agora