AFLITA!!

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   Então se aproximava momento de tudo mudar.

   Eu estava na sala, quando ouvi meus pais conversarem na cozinha:

   -Será que ela vai conseguir? Ela vai sofrer muito com toda a responsabilidade que tem.

   E meu pai disse tentando consolá-la:

   -Ela é nossa garotinha. Vai conseguir! Ela é forte!

   Eu me desesperei quando ouvi aquilo e fui correndo chorar em meu quarto.

   Eu ainda chorava, enrolada no cobertor quando minha mãe chegou de fininho, abrindo a porta que fazia um ruído, pois estava um pouco enferrujada, e disse com voz mansa:

   -O que foi filha? Você está bem?

   Perguntou se aproximando da cama. E eu respondi:

   -Está mãe. Mas é que não sei se estou preparada.

   -Mas é claro que está preparada! - ela disse enxugando as minhas lágrimas, até que se sentou em​ minha cama-

   -Não tenho tanta certeza. Vai ser muito difícil. -falei soluçando sem parar-

   -Olha, enxuga essas lágrimas porque eu tenho certeza que você é capaz. Se não, nunca teríamos confiado a você uma tarefa que não conseguiria suportar.

   Aquilo me confortou, mas restavam dúvidas. Acabei deixando de lado pois estava muito nervosa e amedrontada por saber que a hora de irmos para a instituição onde aconteceriam todo o passo a passo estava chegando.

   Até que esse momento tão esperado chegou, e com ele também o frio na barriga.

   O carro estava se aproximando cada vez mais, e o medo só aumentava.

   Chegando lá, me deu uma vontade de vomitar todo o almoço, mas segurei. Os portões eram de vidro, bem grandes. Só quando entramos consegui perceber o tamanho do edifício em que estávamos prestes a entrar, cheguei a ponto de desmaiar, mas consegui me conter. Também não sei se todos esses sintomas que me ocorreram era por estar louca pra entrar ou por estar com muito medo de entrar.

   Entrei com meus pais só até a portaria do prédio, e depois quem me guiou foi uma moça que parecia ser enfermeira, mas não consegui reparar muito nos detalhes, eu estava muito ansiosa.

   Ela deixou em uma sala onde haviam dezenas de crianças sentadas tomando uma injeção, estavam presas a uma cadeira, pelo o que meus pai me disseram, aquelas são as crianças que tem fobia de agulhas, remédios ou coisas do tipo. E aquela injeção funcionava como um calmante, mais não fazia dormir só as acalmava por um tempo determinado. Então veio um outro enfermeiro e me levou ao quarto onde eu me instalaria durante um curto período. E lá fizeram alguns exames para saber se eu tinha fobia de algo, mas fiquei muito aliviada em saber que eu não apresentava nenhum tipo de fobia, pois estava assustada demais para tomar qualquer tipo de remédio, injeção ou qualquer outra coisa.

   Mas minha alegria foi momentânea, alguns poucos minutos depois o mesmo enfermeiro que me conduziu ao quarto, voltou para me dar uma injeção, eu perguntei pouco antes dele aplicar o remédio:

   -O que esse remédio irá me causar?
E ele respondeu.

   -Apenas um sono profundo por um determinado tempo para quando você estiver no processo de mudança do seu corpo.

   Eu apenas olhei pra baixo quando me acabou de falar e respirei fundo. Mas não imaginei que iria doer tanto. Parece que tinha alguém me beliscando e depois puxando o meu braço com toda a força. As lágrimas começaram a escorrer, olhei para o lado e vi que tinha uma garota na cama ao lado da minha. Para ser sincera eu não tinha reparado ela lá. Apartir​ desse momento, a última coisa de que me lembro, e dela chorando e eu dizendo a ela:

   -Não chore. A dor acaba rápido, você não vai fica sentido dor para sempre.

  E imediatamente eu adormeci.

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