Capítulo 2

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  Hoje acordei bem cedo como de costume, só que sem muita vontade de voltar as aulas na faculdade, sentirei saudades de não fazer nada. Estou no quinto período no curso de direito.
  Tomo meu banho, me arrumo e desço para o café da manhã, logo quando chego a cozinha dou de cara com o crápula. Não é nada fácil ter que viver com o assassino de seu pai todos os dias, e não poder fazer nada.

  -Bom dia Anne -Diz ele em um tom amigável, como pode ser tão incrédulo.-Passou bem a noite?

   Todos os dias ele me faz mesma pergunta, e todos os dias recebe o silêncio como resposta. Graças aos céus minha Tia entra na cozinha, ainda guardo rancor por ela voltado com o ele. Mas gosto dela foi a única da família que quis ficar comigo.

  -Bom dia Anne-Diz depositando um beijo na minha bochecha, sorrio apenas. -Bom dia Lucio- fala dando lhe dando um selinho, a cena me dá naúseas
.
-Bem perdi a fome!-digo e ela percebe minha cara de nojo- já vou indo pra faculdade, até mais Tia.

   Pego uma fruta caso sinta fome mais tarde, volto ao meu quarto pra pegar uns livros que esqueci, na volta ouço uma conversa dos dois.

  -Talvez ela nunca me perdoe, você não sabe o quanto me arrependo daquilo-diz como se estivesse a ponto de chorar.

  -Sinto muito, mas o que você fez não é algo fácil de esquecer.

   -Mais você me perdou!-exclama ele já chorando

   - EU SEI! Mas você não matou meu pai, é diferente-diz também chorando-Talvez ela também me odeie por ter te perdoado, mas um dia se ela conhecer o amor que descobrimos, pode ser que ela nos perdoe.

    Saio batendo a porta pra que eles ouçam, percebendo assim que estava lá ouvindo tudo, vou para parada e espero o meu ônibus que logo passa, detesto andar de ônibus mais é o jeito, minha tia até quis me dar um carro mais eu não aceitei, não demora muito e já chego na faculdade. Estava no corredor indo pra sala quando me lembro de algo que me deixou intrigada, ela disse sobre um amor que eles conheceram que talvez me fizesse perdoar a eles, mas o único amor que conheci foi o que senti pelos meus pais, que aquele monstro fez o favor de destruir.
    Estava tão distraída em meus pensamentos que não percebi quando me choquei contra alguém.

  -Aí! Será que você não olha por onde anda!-digo me abaixando para pegar meus livros que caíram no chão.

 -Desculpe! Não foi minha intenção derruba-lá -diz me ajudando a pegar as coisas.

 -Não preciso que me ajude.-digo um pouco mais rude do que pretendia.

    -Nossa !-Fala sorrindo.-não era minha intenção derrubar a garota mais gêntil do campus.- O olho percebendo a ironia, e simplesmente levanto e saio andando, vejo que ele está me seguindo.

 -O que você quer?
  
-Posso ao menos saber seu nome? Menina super gêntil!-Diz ainda irônico.

 -Não!-Respondo secamente- Não pretendo dizer meu nome há alguém que sai derrubando pessoas por ai!.

 -Você sabe que não tive cem porcento da culpa não é?- Paro e o encaro.

 -Então a culpa foi minha?-Pergunto, sabendo que em parte eu tinha culpa sim.

 -Não toda ela, antes de esbarrar em você vi que você estava distraída em seus pensamentos.-então ele estava me observando, só pode ser louco.

 -Então você esbarrou em mim de propósito? -digo parando em frente a minha sala, com um pequeno sorriso involuntário.

 -Talvez.-responde.-Nossa isso é um sorriso?

 -Não, estou só te mostrando os meus lindos dentes!..Então agora preciso entrar, minha aula vai começar.- Em seguida me viro para entrar na sala, quando sinto sua mão segurar meu braço.

  -Me chamo Felipe!-diz.-E gostaria muito de saber seu nome.

 -Muito prazer Felipe..-olho o relógio e vejo que tenho que entrar na sala.-Tchau preciso realmente ir.

     Durante a aula só penso em como esse Felipe é chato e insistente, mais também muito engraçado. Fujo dos pensamentos quando vejo um papelzinho chegando na minha mesa,reconheço a mão que o deposita ali, olho para o lado vejo a única amiga que tenho com o seu costumeiro sorriso.Talvez ela seja minha única amiga,porque é única que aguenta minhas patadas e o meu rancor. Abro o bilhete.

**Umm oq está tanto tirando o foco, da garota mais dedicada da sala?
    
    Amiga saudades! ❤ **

  Passamos a férias todas sem nos vermos, respondo o bilhete.

**E quem disse que não estou  prestando atenção na aula? Saudades também chata ❤

    Enfim a aula acaba e estou morrendo de fome. Chamo minha amiga para ir ao refeitório comigo, compro um suco e um sanduíche. Estou conversando tranquilamente com Mônica, comendo meu lanche. Estavamos combinando de ir a biblioteca mais tarde, quando de repente, ouço alguém gritando meu nome.
     

Ainda Há Esperança?Onde histórias criam vida. Descubra agora