• XXXIII •

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Violet's POV:

Eu só podia ser uma  idiota, trouxa por ter deixado ele me beijar e ainda ele tem a coragem de vir me falar depois de tudo que me amava? O que estava acontecendo comigo?

Entro em casa e não vejo a minha mãe na sala, fecho a porta e vou em direção ao meu quarto sem fazer barulho, enquanto tentava andar silenciosamente no corredor eu ouço a minha mãe conversando sozinha. Por curiosidade aproximo da porta e ouço o que ela estava falando.

Depois de anos?... Não eu não quero você aqui. – sua voz era de desespero. Eu nunca a ouvi assim.

Com quem ela estava falando?

Você não tem o direito...Eu estou falando sério Pa..

De repente a sua voz some e eu tomo um susto com a porta sendo aberta brutalmente me fazendo cair dentro do quarto dela.

— Aii.. – resmungo colocando a mão no meu rosto.

— O que você está fazendo aí? – ela pergunta com os braços cruzados, seu corpo estava ereto, ela me encarava a espera de uma resposta.

Eu ia inventar uma mentira mas acabei por falar a verdade.

— Quem era no telefone? – pergunto me levantando, o seu olhar desvia dos meus.

— Não tenho que dar satisfações de quem eu converso para você. – respondeu.

— Autch.. Eu só perguntei porque você estava falando num tom desesperado, apenas me preocupei. – me defendo.

— Desculpa filha, não era ninguém importante.

Mentira!

— Uhum. – murmuro.

— Como foi o cinema? – ela muda de assunto, abrindo um sorriso amigável.

— Foi bom. – forço um sorriso. — Eu vou ir para o meu quarto.

— Quer que eu prepare algo para você comer?

— Não, obrigada. – agradeço. — Boa noite.

— Boa noite, filha. – fala. Vou para o meu quarto e fecho a porta.

A minha mãe estava mentindo para mim, quem estava conversando com ela era alguém importante.

Decido não ficar pensando nisso e vou tomar um banho para dormir.

(...)

Skye havia me chamado para almoçar na sua casa e eu fui. A mãe dela havia feito lasanha, que estava muito boa, depois do almoço nós ficamos na varanda da sua casa.

— Os meus pais estão pensando em ter um outro filho. – Skye fala abrindo um pacote de chicletes e me entregando outro.

— Isso é ótimo. – Sorrio e ela fecha a cara.

— Ótimo nada, depois de dezoito anos? Eu sou filha única. – fala emburrada.

— Eu também sou e se eu tivesse um irmão iria adorar. As vezes sinto falta de ter alguém com quem eu possa conversar a noite, ter essa briguinhas de irmão...

— Deus me livre. – ela me enterrompe. — Você é louca, eu já estou acostumada em ser a filha única, em não ter que precisar dividir os meus pais com mais ninguém.

Violet |L.P.|Onde histórias criam vida. Descubra agora