De Volta Ao Lar

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Enfim estou aqui, de volta ao meu lar, a minha casa, várias emoções percorrem o meu ser, estou imersa em alegria. Não pensei que senti tanta saudade deste local, mas agora que eu estou aqui olhando para a minha alcatéia percebo como me fez falta, como tive saudade de me sentir em casa, onde eu posso ser eu mesma.

Olho ao redor, as coisas estão um pouco diferentes, mais modernas, a vila estava parecendo mais uma pequena cidade. Lojas de roupas e sapatos, um pequeno hospital, café, lanchonete, bar, mas a alegria continua a mesma, as crianças brincando pelo coreto, os mais velhos trabalhando em seus estabelecimento, parecendo satisfeitos com suas funções.

Avanço mais um pouco e solto um uivo chamando a atenção de todos, alguns me olham surpresos, outros desconfiados, porém, a maioria me reconheceu parecendo felizes por me vê ali, fico satisfeita com isso.

Então eu o vejo, meu irmão, meu melhor amigo desse mundo inteiro, a única família que me sobrou. Está tão diferente, tão forte e maduro.

Um bolo se forma em minha garganta, meu Deus, como sentir sua falta, apesar de nos falarmos quase todos os dias por aparelhos tecnológicos, não é a mesma coisa de estar aqui, vendo-o ao vivo.

Quando seus olhos se encontram com os meus ele abre o melhor sorriso, em seu olhar vejo todas as suas emoções, alegria, saudade e admiração. Sem mais delongas corro em sua direção jogando-me em seus braços, imediatamente ele aperta-me e da vários beijos em minha cabeça.

- Senti tanto a sua falta- digo com a voz embargada assim que nos separamos.

- Também senti muito sua falta Mack- disse segurando meu rosto e enxugando as lágrimas que teimaram em cair- Olha para você, como cresceu, está muito bela.- disse me girando e analisando.

- E você não fica para trás, está mais musculoso- disse e ele abriu um grande sorriso orgulhoso por seu corpo.

- Vem, vamos entrar, você com certeza quer descansar- concordo com a cabeça, realmente estou cansada, mas o desejo de rever as pessoas da alcatéia e as mudanças feita na mesma é maior que tudo.

Lorenzo pegou minha mala, foi em direção a nossa casa e eu o segui. A bela construção está do mesmo jeito de sempre, toda construída em madeira, com o estilo rústico, por dentro estava do mesmo jeitinho, fazendo parecer que eu nunca havia partido. Olhando cada cantinho daquela sala uma onda de nostalgia toma conta de mim com as boas lembranças que ali vivi.

- Eu vou subir, tomar um bom banho, sair para dá um passeio e matar a saudade da alcatéia.- o informo, meu irmão estava com um leve sorriso no rosto, demostrando que estava em paz por me ter de volta.

- Ok, mas antes de ir quero conversar com você- disse sério e pela sua cara vou receber bronca. Mal chego e ele já vai me dá sermão, o problema é que não sei o que posso ter feito de errado em apenas, o quê, cinco a dez minutos estando de volta, porém, ainda assim assenti e subi as escadas.

Ao olhar cuidadosamente o meu quarto, percebo que ele precisa imediatamente de uma reforma. A decoração em tons de roxo e preto represando o meu eu com doze anos de idade. Uma garota revoltada com a vida devido morte dos pais, uma menina que se fechou para o mundo com medo do que o futuro lhe reservava. Hoje percebo como mudei, amadureci e aprendi a não ter medo das mudanças, mas sim enfrenta-las.

Ponho a minha mala sobre a cama, abro a mesma a procura de uma roupa, opto por uma camiseta preta e short jeans da mesma cor, em seguida dirijo-me ao banheiro e tomo um banho de chuveiro, que apesar de rápido ajudou-me a relaxar.

Ao terminar, estando pronta, vou a minha parte favorita do closet, abro a primeira gaveta e sorrio ao vê as minhas bebês. minhas lindas adagas de várias cores, formatos e tamanhos, opto pelas minhas adagas de argola chinesa. Pego as mesmas pondo cada uma nas laterais do quadril, nunca se sabe quando irei ultilizá-las, antes prevenir do que remediar.

Raptada Pelo Alfa|DEGUSTAÇÃO|Onde histórias criam vida. Descubra agora