– Eu dormiria lá fora, com a porta aberta, para poder olhar o movimento dentro. Mas em todos os lugares em que estive, este é o que mais me assusta... Então eu vou dar o fora daqui porque já estou ficando enjoado – Tim saiu rapidamente do quarto.Conheço o Tim há alguns anos e durante esse tempo pude perceber que ele é um homem forte e não é de fazer nenhum drama, mas aquela atitude me abalou um pouco.
– Tudo que estamos percebendo em ficar aqui, por uma hora, leva a crer por minha experiência, que é demoníaco – disse Katrina com certa ansiedade na voz – tem algo poderoso, alguma coisa negativa que eu acho que é muito mais do que estamos pensando no momento.
Há espíritos humanos, que são de pessoas que morreram, mas também há os não humanos, em geral, os chamamos de demônios. E essas forças extremamente maliciosas e poderosas, tem o objetivo de acabar com a gente, de adentrarem e nos dominar.
– Você está bem?
– Não. Estou com uma sensação ruim de ansiedade aqui – disse levantando os braços no ar.
Os efeitos físicos, o Tim com enjoou e a sensação de sufocamento, na minha experiência é sinal de uma presença demoníaca tentando manipular nossas mentes e possuir nossas almas. Se for verdade, quanto mais tempo, eu e a Katrina ficarmos aqui, mais perigoso ficará.
– Até agora eu estava bem e enquanto o Tim falava, algo ruim me alcançou.
– Você parece mal.
– Eu to agitado agora. Estou sentindo uma espécie de tristeza e eu conheço bem essa sensação. Vamos ligar o gravador porque pela minha experiência, deve aparecer umas vozes – disse apalpando o bolço para alcançar o pequeno gravador branco.
O liguei e estiquei no ar.
– Eu quero que você me diga quem é. Você pode me dizer seu nome? Por que tem essas moscas aqui? É você que faz isso? – o barulho dos insetos se debatendo contra o vidro se intensificou ainda mais – é impressão minha ou quando fiz as perguntas as moscas se agitaram um pouco mais? Você também achou?
– Claro – disse Katrina olhando para o vidro infestado – eu percebi também.
– Isso é muito estranho – olhei para o vidro novamente e voltei a falar – você ficou bravo por que fizeram o exorcismo aqui? – fez-se um silêncio alto – estou com uma sensação de opressão Katrina, está difícil respirar, e a garganta está fechando.
– Sim, uma sensação física, assim como senti na sala.
– Com certeza, é uma dificuldade de respirar e engolir, é ruim... Sei lá – disse com as mãos por cima da garganta.
– Você está fazendo isso com o Nick? – perguntou Katrina inquieta.
– Você quer a gente fora desta casa?
Desliguei o gravador ainda temendo pelo desconhecido e aproximei o objeto de nossos ouvidos. A primeira faixa havíamos gravado enquanto estávamos na sala. Katrina perguntou se havia alguém na sala com a gente, e na gravação claramente ouvimos um "sim" em um tom feminino.
As gravações estão bem claras, e é incrível que conseguimos uma em plena luz do dia. Adiantei um pouco mais na parte em que Katrina pergunta ao espírito se era "ele ou ela" que estava me fazendo mal e para nossa surpresa escutamos novamente um "sim" bem longe, quase inudível aos ouvidos não estudados. Olhei para Katrina um pouco espantado– Ouviu isso também?
– Sim! Eu ouvi um sim!
– Eu ouvi mais coisas... Sim estou – disse melodramaticamente exagerando na voz espiritualizada que produzira.
Voltei a gravação e coloquei-a em modo lento, para que pudessemos analisar pausadamente a fita. E para minha confirmação a voz havia dito exatamente "sim, estou".
As coisas estão começando a acontecer, estou começando a sentir a atividade de que as pessoas falam aqui.
Então decidi chamar o Tony Spera, um pesquisador do paranormal. Ele entende de demonologia e de assombrações malignas. Tem alguma coisa negativa habitando esta casa, e eu realmente quero descobrir o que é.– Você tem trabalhado com esse tipo de coisa há muito tempo...
– O que você sente quando entra aqui? – disse Katrina me interrompendo.
Tony olhou em volta da sala onde estávamos, seus olhos azuis varreram todo o perímetro, provavelmente tentando absorver e sentir a força local.
– Eu sinto um peso na minha cabeça – disse ele desconfortável – muitas vezes quando pesquiso uma assombração, eu sinto que ela... não é um espírito humano. Parece que alguém bateu na minha cabeça, é como se tivesse bebido muito.
– Eu quero te mostrar o coração da casa, quero ver se você sente alguma coisa quando chega no alto da escada.
Ele concordou e subimos.
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Investigação Paranormal
Paranormal*BASEADO EM FATOS REAIS* Dois investigadores da divisão de investigadores paranormais dos Estados Unidos, vão a um dos lugares mais assombrados do país onde acontecem vários fenômenos e atividades paranormais, sendo assim, focados em uma casa cujo p...