Prólogo

23 7 0
                                    


14 de fevereiro de 1887

Na terra ficou conhecido como o ano da construção da Torre Eiffel e o ano do Domingo Sangrento, porém no Céu era o nascimento de uma menina linda, de olhos azuis como o mar, límpidos de qualquer maldade, pensava a mãe enquanto a olhava com amor nos olhos, porém algo inesperado aconteceu, a cor dos olhos da recém nascida mudavam conforme as emoções da menina, algo raro e extraordinário até no céu, a mãe olhando para ela deu-lhe o nome de Eveline e a menina riu para ela concordando, a mãe da menina encontrava-se numa alegria infindável, melhor dizendo, interminável, ela encontrava-se em êxtase, como se aquela menina fosse o fim de todos os seus problemas, como se a pequena fosse a criatura mais bela do universo, a senhora sabia que ela teria grandes êxitos e que ela estava destinada a fazer algo grandioso tanto no Céu como na Terra.

Porém passadas algumas semanas de fraqueza, a mulher começou a notar que o marido não voltava da guerra (que já durava séculos) com os seres do submundo e que a última vez que o vira foi na semana em que concederam a pequena Eveline, e oh que lindo ele era, com um nome que n podia combinar mais com ele, com um nome que significava "estrela da manhã", ou "luz do alvorecer" "O portador da luz", para além da dor que as saudades lhe traziam e o receio de que o seu grande amor nunca mais volte, ela sentia que algo não estava bem com ela mesma, sentia-se fraca, muito muito fraca, então num ato impulsivo, chamou a curandeira e pediu-lhe papel, uma pena e tinta de escrever. Então a primeira coisa que ela fez foi escrever tudo aquilo que viveu e pelo que viveu, até ao nascimento da sua doce, pequena e linda menina, as aventuras vividas, a época em que conheceu o pai da pequena, o casamento, as guerras, e por último o nascimento da sua linda menina.

Durante todo esse tempo a mulher também conhecida por Adhara ou até agora por A mãe da menina, sabia, sentia que ia morrer e que não lhe faltava muito, então pediu para as curandeiras levarem a menina para a sua irmã Altair pois sabia que ela ia cuidar bem da sua criança, já que ela tinha um filho de 2 anos chamado Guilherme, e pediu para entregarem as "cartas" a irmã, com uma carta endereçada a ela e só a ela pedindo-lhe que cuide da sua princesinha e para dar as cartas á pequena quando ela tivesse 13 anos que na terra correspondiam aos 130 anos terrestres.

Na noite de 4 de Março, a senhora deu os seus últimos beijo e abraço a sua filha, dizendo-lhe que a amava muito e deu seu ultimo suspiro, as curandeiras correram para o quarto em que Adhara estava e fizeram todos os procedimentos para o seu funeral, chamaram a irmã dela, Altair e contaram tudo o que se tinha passado, desde os tratamentos que a sua irmã esteve sujeita até a sua morte, sem se esquecerem de entregar a carta endereçada a ela e o monte de cartas endereçadas á menina, as quais Altair acabou por encadernar e tornar numa espécie de livro ou diário e guardar na gaveta para nunca se esquecer de entregar aquele "livro" á menina, ao qual soube que se chamava Eveline Williams Black, ela pensou que o nome da menina era lindo e combinava com a menina doce, de pele morena, olhos de cor indefinida, pestanas longas e lábios carnudos, foi amor a primeira vista, amor de madrinha, de mãe e de amiga.

Anjo, Demônio ou Ambos? Parada Onde histórias criam vida. Descubra agora