Embaixo do céu estrelado da noite Grega, os cabelos de Máxima Petrarca flutuavam pelo rosto maquilado. A jovem tinha o olhar fixado no deslumbrante e irônico coração de safira no centro de seu pesado e caríssimo anel de noivado. Trajada em um lindo vestido de seda e renda negra, Máxima esperava o momento de descer as escadas para comparecer á casa de seu noivo.
A garota de vinte e dois anos estava perdida em seus pensamentos em como Athos o havia colocado o famigerado anel em seu dedo anelar.
Flash on:
Dentro da mansão Petrarca e após o pedido formal aos pais de Máxima, Athos retirou do bolso interno de seu terno Sport uma pequena caixa preta. Máxima fitou alternadamente o empresário e a caixa, mordendo seus lábios com força para não gritar. Ela não queria nenhum anel de compromisso, ela não queria pertencer a um homem tão frio e pretensioso quanto Athos Draco.
Mas como em um pesadelo, ela apenas foi meramente espectadora de seu destino. Observou os dedos longos e mornos de Athos, deslizar o anel frio em seu pequeno e frágil dedo anelar direito. Máxima tinha um olhar perdido que focava o coração de safira com a respiração suspensa. O grito feliz de sua mãe lhe fez puxar o ar com força.
– Precisamos de champanhe! – a vivaz senhora Jesebel Petrarca utilizou um sino para chamar a empregada da casa, que prontamente correu para atender a patroa.
– Sue, pegue as taças de cristal da prataria, e sirva-nos espumante. Providencie também uns canapés. – orientou a dona da casa.
–Sim senhora. – disse, saindo rapidamente.
–Athos meu caro, seu pedido não foi muito... Convencional, mas estou muito satisfeito pelo mesmo. Seja bem vindo a família. – disse um sorridente Cefeu apertando a mão do futuro genro.
–Obrigado Cefeu. – agradeceu Athos sorridente. Ele teria dor em seu maxilar se continuasse sorrir daquele jeito por mais tempo, mas seria muito reconfortante vê-lo sentir um pouco de dor. Pensou Máxima sorrindo maldosa.
– Não vejo a hora de começar os preparativos para o casamento! – disse alegremente Jesebel, arrancando risos de seu marido e do futuro genro. Fazendo o sorriso de Máxima morrer no mesmo instante.
–Mãe... – exclamou Máxima saindo de seu estado de apatia. Desconfortável com a figura de um Athos muito contente ao seu lado.
– Vocês não terão um noivado muito longo, não é? – perguntou à senhora Petrarca, desejosa de começar os preparativos o quanto antes. A festa de casamento de sua única filha teria que ser plenamente perfeita. Nada menos que isso.
–Se depender de mim, nós casaríamos hoje mesmo, mas existem documentos e pompas a serem seguidos. Além do mais não quero privar minha noiva de cuidar de seu dia como desejar, casamentos são muito importante na vida de uma mulher.
–Oh! Como é atencioso! Minha filha não poderia ter escolhido partido, melhor.
Sue voltou juntamente com uma ajudante, onde a mesma serviu as taças com o conteúdo borbulhante. Máxima aceitou a sua, tentando manter-se impassível diante da situação confusa, Athos sorria feliz assim como Cefeu e Jesebel.
Sue organizava os canapés quando Cefeu sugeriu erguendo sua taça:
–Um brinde aos noivos.
Sue e sua ajudante se retiraram do local a francesa e Jesebel e Athos ergueram suas taças logo em seguida, já Máxima levou meio segundo para fazer o gesto sem sentido para ela. Então todos de forma lenta beberam o champanhe. Logo, depois Athos voltou-se para a noiva e ergue o seu rosto em sua direção, beijando-a de forma suave, mas intensa. Os lábios masculinos com sabor de champanhe a atordoaram, e deixaram Máxima confusa com a demonstração de carinho na frente dos pais.