— E vê se me faz um favor! Não me chame de senhor, tá legal?
— Perfeitamente, Senho... Perdoe-me... André!
— E escute aqui, não vacile! Não banque o esperto, entendeu? Sou perigoso!
— Temos acompanhado... Assistimos ao noticiário... O senhor fez uma bagunça e tanto por aí...
— Senhor é o seu pai, seu cretino! Filho da puta! E não me venha com ironia...
— Perdoe-me.
— Olha aqui. Tô me lixando pra isso tudo. Essa historinha macabra de cruzes, mortos e magia negra não me pega. Só não fode comigo, cara. Vamos acabar de uma maneira decente. Vocês cumprem a parte de vocês, eu cumpro a minha, depois cada um segue o seu rumo.
— Perfeitamente! Depositaremos o dinheiro amanhã pela manhã.
— Tá! Preciso desligar!
— Mantenha a calma, senhor André.
— Tô calmo, porra! Muito calmo! Não me chame de sen...
— Meu cliente te dará uma gratificação quando tudo isso acabar.
— Legal. Eu gostei disso... Gostei mesmo. Sabe como é... Sou um pouco rude... Estúpido... É o meu trabalho ferrando com tudo... Acabando com a minha sanidade... É a primeira vez que pego um serviço como esse...
— Compreendo.
— Sou acostumado a matar gente!
— Sabemos disso, senhor, digo, André.
— É algo que você vai e faz. Sou muito prático no meu negócio.
— Posso imaginar...
— Olhe aqui, seu fedelho, se você estiver me ferrando, juro que te mato! Não engoli aquela historinha...
— Do que o senhor está falando?
— Como vocês me encontraram?
— Foi como eu te disse. Deep Web.
— Espera mesmo que eu acredite nisso?
— É a mais pura verdade. Meu cliente te encontrou lá.
— Porra nenhuma!
— Está certo. Digamos que não foi na Deep Web. Que diferença faria?
— Eu quero falar com ele!
— Com quem?
— Não fode comigo, seu filho da puta! Com quem? Com a sua mãe!
— Você está um pouco alterado, nos falamos outra hora.
— Se você colocar esse telefone no gancho, juro que arranco a sua língua. Quero falar com o seu cliente!
— Pode largar o trabalho, se quiser. É um homem livre. Diga quanto te devemos.
— Pra falar verdade, estou curioso para ver onde isso tudo vai dar. Esse papo de ...
— O senhor fala demais. Devia medir suas palavras.
— Quem você pensa que é pra me dizer o que eu devo fazer?
— O senhor está um pouco alterado, entraremos em contato.
— Não desligue! Alô... Alô... Alô...
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Twittando com o Vampiro
VampireUm vampiro. Uma jovem esquizofrênica. Um assassino da Deep Web. Daqui a doze noites o mundo conhecerá o seu governante.