indicação de Romance

meu querido meio irmão

Não é normal desejarmos alguém que nos atormenta. Quando meu meio-irmão, Elec, se mudou para nossa casa, eu não estava preparada para lidar com um cara tão idiota. Odiei o fato de ele ter descontado sua raiva em mim porque não queria estar aqui. Odiei ele ter trazido garotas da escola para seu quarto. Mas o que mais odiei foi o modo indesejável que meu corpo reagia a ele. A princípio, pensei que tudo o que ele tinha a seu favor era o corpo musculoso e tatuado e o rosto perfeito. Mas as coisas começaram a mudar entre nós, e tudo teve um desfecho em uma noite inesquecível. No entanto, do mesmo modo que Elec entrou na minha vida, logo voltou para a Califórnia. Passaram-se anos desde a última vez que o vi. Quando a tragédia atingiu nossa família, tive que encará-lo novamente. E, diabos, o adolescente que me deixou louca se tornou o homem que destruiu o resto de sanidade que havia em mim. Senti que meu coração estava prestes a ser partido. De novo.

Obs:
O livro é dividido em duas partes e narrado em primeira pessoa pela protagonista, a Greta. Na primeira parte da obra, o leitor acompanha o momento em que Greta e Elec se conhecem. Greta tem 17 anos e vive com sua mãe Sarah e seu padrasto Randy em Boston. A jovem não sabe muito sobre o primeiro casamento de Randy, pois ele não é de falar muito sobre o assunto, mas sabe que ele tem um filho da mesma idade que ela e que é um rapaz encrenqueiro.
Acontece que Elec vive com a mãe, uma artista que ainda é perdidamente apaixonada por Randy. Por conta de uma situação pessoal, o rapaz vai passar um tempo com o pai, inclusive estudando na mesma escola que Greta.
Só que desde o primeiro momento que os dois se conhecem, Elec faz de tudo para tratar da pior forma possível Greta e o resto da família.
Inicialmente a percepção que o leitor tem é de que Elec é problemático, cheio de rebeldia e com dificuldades em aceitar o casamento do pai. Porém, é possível perceber que o problema vai bem além disso. E é através da perspectiva de Greta que o leitor observa o terrível relacionamento de Randy e Elec. É um relacionamento repleto de mágoas e ressentimentos que se originam de décadas de problemas, passados de geração para geração.
Elec é extramente sexy, tatuado, definido e vive rodeado de garotas. Greta mantêm certa ingenuidade e a presença de Elec começa a despertar na jovem sentimentos desconhecidos. Ela é o exemplo perfeito de alguém que ganha o mundo através de gentilezas. Ela é generosa, carinhosa e por mais que Elec a maltrate, Greta tenta sempre fazer algo bom por ele. Leva um tempo, mas aos poucos Greta vai derrubando as muralhas construídas por Elec.
Em uma determinada noite tudo muda e Elec vai embora abruptamente.
A segunda parte do livro se passa sete anos depois desse acontecimento. Greta se formou, mora em NY, terminou um noivado e vive sua vida, um dia de cada vez.
Elec agora é um conselheiro e trabalha com crianças carentes na Califórnia, namora Chelsea, uma garota incrível e também seguiu com a sua vida.
Mas o destino prega uma peça quando os dois precisam retornar à Boston e resolver, de uma vez por todas, as dores do passado.
O livro é um drama romântico com personagens que vão claramente amadurecendo com a passagem do tempo. Tanto Greta quanto Elec são bem imaturos na primeira parte da obra e seu crescimento pessoal é perceptível na segunda parte.
A verdadeira história entre Elec e Randy é forte e extremamente delicada. A complexidade dessa relação é difícil de discutir, pois os dois vivem sofrendo por algo que não tem culpa.
Sarah, a mãe de Greta, é uma personagem apática. Desde o início do livro ela não interfere em nada, tornando-se apenas uma observadora. Se ela tivesse se levantado em uma única situação, muita coisa poderia ter sido diferente. É o exemplo perfeito do ditado "o pior cego é aquele que se recusa a ver"

LorhanaLayara
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