Apenas Nós Dois

Capítulo 25

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XX

Sam on

Levantei cedo e estava muito cansada.
Fui ao banheiro,fiz minhas higienes e voltei ao quarto.

Tirei o livro de cima da cama de Binah e coloquei no mesmo lugar que estava antes.

Fiz uma maquiagem leve como delineador, rímel, base e um batom nude. Passei um pouco de base no chupao que estava em meu pescoço também.

Arrumei meu cabelo, fazendo uma trança embutida.

Coloquei uma bermuda jeans preta desfiada, uma regata branca e minha mochila.

Desci e coloquei meus amados tênis e fiu para a parada, esperar o ônibus.

Mais um dia de aula.

Entrei no ônibus e me sentei em um lugar vazio. Ber e eu vamos com ônibus diferentes na escola pois moramos longe.

Minutos depois Luan entrou no ônibus com uma flor, linda nas mãos e sentou-se ao meu lado.

"Uma flor para outra flor" falou sorrindo e beijando meu rosto.

Ninguém nunca me deu uma flor!

Fiquei corada naquele momento.

"Obrigado"

Eu não sabia o que falar. As palavras tinham sumido na hora.

Escutamos músicas no celular dele. Ele tava estranho.

Chegamos a escola e todo mundo me viu com a flor.

Fiu até a cozinha da escola e pedi um copo de água as merendeiras, que eu chamo de tia.

Coloquei a flor dentro pra ela não murchar.

Fui até minha sala e a coloquei em cima da minha classe.

Bernardo chegou e veio até mim.

"Oie" falou me dando um selinho

"Oie" falei.

Tinham poucos pessoas na sala mas elas devem ter visto a cena, até por que estavamos fingindo muito bem, na escola somos apenas amigos.

Ele puxou uma cadeira ao meu lado.

Tirei meus matérias da mochila.

"Que linda" falou passando a mão na flor que eu não sei o nome "ganhou de quem? "

Será que falo?

Não sei se os dois tem uma relação muito boa.

"Luan" falei simplesmente.

Ele levantou rapidamente. Fiquei impressionada.

Ele me olhou firme.

"Como é? " perguntou com as sobrancelhas cerradas.

"É só uma flor" falei dando de ombros e abrindo meu caderno de matemática.

Algumas meninas olhavam em nossa direção. Um grupinho que não gostei nem um pouco.

Os amigos de Bernardo não estudavam na mesma escola que a gente.

Bernardo era mais no canto dele com um ou dois caras. Ele tenta se interagir com todo mundo. Tenta ser engraçado também e as vezes me faz rir simplesmente da risada dele.

Ele cerrou os punhos.

"Tá bem?" Perguntei levantando e ficando em sua frente.

"Não, não tou bem" falou agora respirando fundo.