Capítulo 44

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Sam on

Acordei hoje de manhã muito deprimida.

Minhas desepções vieram a tona.

Sinto uma dor no peito enorme.

Não fui a escola e também não desci almoçar.

Tranquei a porta de meu quarto caso alguém quisesse entrar de surpresa, mesmo que só eu estivesse em casa.

Não comi nada, apenas tomei alguns goles de água que estão em uma garafa pet, reciclável, ao lado da minha cama.

Ja são duas horas da tarde e estou aqui, ainda, sentada na minha cama desde que acardei, as nove da manhã.

Peguei meu celular que estava ao meu lado e olhei a hora, duas e cinco da tarde.

As horas foram passando.

Três, quatro, cinco, seis horas da tarde e eu continuava lá, congelada, olhando para o nada.

Ir ao shopping, a sorveteria com a Maria? Que nada, não tenho forças.

Me levantei de vagar e fui até o banheiro lá de baixo.

A casa ainda estava vazia.

Não fui ao banheiro do meu quarto, naverdade não sei o motivo.

Tomei um banho, acreditando que a água do chuveiro levaria todas as minhas desepções junto com elas, ao ralo.

Mas não funcionou.

Meu peito continuava doendo, não sei se posso dizer assim, pois era mais uma sensação de nojo de mim mesma.

Me sequei e me enrolei na toalha.

Comecei a olhar para os lados, vendo se tinha algo cortante.

Eu realmente iria me cortar.

Tinha giletes, o que enfiei um pouco acima dos meus pulsos, mas eles apenas ficaram vermelhos.

É a primeira vez que me corto.

Quando percebi, meus olhos já estavam lacrimejados. Não por dor que senti ao enfiar aquilo no meu braço e sim por a dor de meu peito só aumentar, o nojo de mim mesma só aumentar mesmo eu não sabendo o motivo.

Fui até a porta e a abri, parei na mesma hora.

Lâmina.

Fechei a porta e comecei a procurar alguma lâmina.

Achei várias em uma das gavetas da pia do banheiro.

Desembrulhei e olhei para a mesma.

Perfurei uma longa listra em meu braço esquedo, um pouco a cima do pulso.

Comecou a sair sangue.

O sangue vertia por meu braço.

Havia sido um corte profundo.

Acreditei que as mágoas iriam sair junto com meu sangue.

Fiz outro corte em baixo do mesmo, só que este era mais pequeno.

Suspirei.

Peguei um papel higiênico e  comecei a limpar os cortes, que logo o sangue, que estava ali, secando, cairia no piso branco.

Fui ao quarto e encostei a porta.

Dei alguns passos até transbordar novamente o nojo de mim mesma.

Olhei pros lados, não tinha faca nenhuma em meu quarto.

Pensei em voltar ao banheiro, peguar uma lâmina mas não fui.

Caí de joelhos no chão.

Do que me adianta tentar superar, se as desepções sempre vão permanecer aqui?

Do que me adianta suplicar a Deus para que ele alivie meus sentimentos, se não tenho resposta..
Eu suplico, grito, choro por ajuda Meu Deus..mas não acontece nada para diminuir minha dor.

Do que me adianta derramar lágrimas?

"Por que?" Sussurei colocando as mãos em meu peito.

Depois de alguns minutos me levantei e sentei na cama.

Fiquei assim por um tempo.

Me visti e fiquei de pé.

Se eu dormir quem sabe esqueço quando conheci Rafa, todas as mágoas com ele, todo o ódio que minha mãe tem por mim, todas as vezes que as pessoas falaram que ficariam do meu lado, mas nunca estavam. Todas as vezes que fiquei sozinha em quanto poderia estar me divertindo,todas as coisas horríveis que já escutei das pessoas, esquecer de tudo era o que eu queria.

Apesar dos cortes e tudo mais hoje, não chorei.

Eram sete horas da noite. Sentei na cama até ver alguém entrando em meu quarto..

MERDAAAAAA!!!

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