Não Jogue Comigo

cap. 3 A incompreendida

No dia seguinte Bianca estava sem nenhuma animação para ir até a escola. Mas sabia que seus pais não deixariam ela falta sem nenhum motivo. Ela foi até a sala de jantar onde tentou convencer ao seu ‘’pai’’ a deixa-la ir até o encontro. Bianca estava tão desesperada que até para seu Padrasto ela recorreu
Pai- se a sua mãe disse não, é não Bianca!_  disse já impaciente com a teimosia da menina. Bianca sempre obedeceu seus pais, ela não entendia o porquê daquela injustiça, ela não queria aceitar. Ela não podia deixa que eles a privassem de um dos seus maiores sonhos, que era abraça sua amiga. Que era vê-la pessoalmente, ela não conseguia aceitar aquilo.
Bianca- mas pai, a gente já se conhece a 4 anos, ela não é nenhuma maníaca da internet, vocês podem ir juntos se quiserem, só me deixem ir até lá_
Pai- não me interessa a quantos anos você conhecer essa garota, eu não te dou permissão e sua mãe também não, então você não vai!_ ele disse irritado e cansando da insistência da garota, e ela também começou a ficar cansada de tanto insistir. O caminho até a escola foi um completo silencio. Bianca estava tão chateada que achava que qualquer pessoa, até mesmo quem não a conhecia, iria nota que ela estava triste.
Bianca se dirigiu a sala e permaneceu calada nas primeiras aulas, quando Letícia veio até ela no primeiro intervalo 
Letícia- Bianca? Você ta bem?_ perguntou sentando ao lado da amiga.
Bianca- to._ falou com frieza. Bianca não sabia, mas Letícia odiava o jeito que Bianca respondia aquela pergunta. Letícia só queria ajudar, por mais que as vezes não soubesse o que fazer nas situações, ela queria mostrar para Bianca que estava lá por ela, que ela não estava sozinha
Letícia- você sabe que se quiser conversar eu estou aqui, não sabe?_ questionou
Bianca- sei._ Bianca respondeu tão friamente que fez Letícia achar que ela não queria sua companhia. Então se levantou e saiu deixando Bianca sozinha.
Letícia não conseguia entender que Bianca apenas queria um abraço. Mas Bianca era tão rude as vezes que acabava afastando as pessoas sem perceber. O primeiro intervalo passou rápido, e Bianca acabou passando ele sozinha. As aulas logo se iniciaram novamente. Mas ela não conseguia se concentrar em nada, foi quando notou o professor vindo até sua direção Professor-vai fazer trabalho com quem?._ perguntou o professor. Ela ficou confusa por alguns segundos, até que olhou por quadro e notou que estava escrito trabalho em equipe.
Bianca- ah...vou fazer sozinha..
Professor- tem certeza?
Bianca-aham..._ ela disse tentando parecer firme e decidida. Olhou para o lado e viu as meninas chamarem a Letícia para fazer com elas, que logo aceitou. Bianca revirou os olhos, e olhou para o lado e viu Débora vindo em sua direção
Débora- não quer fazer com a gente?_ perguntou, o que fez Bianca encarar o grupinho de Débora lá estavam Manuela,  Patrícia e Daniela
Bianca- er....to bem aqui ^^_ falou e Débora apesar de não acredita decidiu não insistir e voltou ao seu lugar. Porém logo depois Michel foi até Bianca
Michel- quer vim com a gente?_ falou Bianca outra vez encarou o grupo
Bianca-er....
Michel-ah você vai! não aceito um não como resposta._ disse
Bianca- não. Eu prefiro fazer sozinha._ disse. Aquilo não era bem verdade. Bianca não gostava de fazer nada sozinha. Muito menos de ficar sozinha. Na verdade Bianca se sentia sozinha!  E só negou os convites por orgulho! Porquê por mais que ela se sentisse sozinha. Ela não gostava de ser última opção de ninguém! Talvez nem fosse essa a intenção deles, mas para ela parecia isso. Sempre a chamavam quando a viam sozinha. Ou quando faltava alguém para completar a equipe. Ou pior, quando o professor mandava alguém colocará em alguma equipe. Aquilo machucava Bianca, nem aquelas que se diziam suas amigas lembravam dela. Ela era sempre a última opção de todas, ‘’a esquecida’’. Talvez ela nem fizesse diferença para ninguém. Era assim que se sentia.
Michel- okay não vou insistir_ disse e voltou para sua equipe. Bianca encarava Sophia, Letícia, Isabella e Helena rindo e se divertido e não deixava de sentir raiva da situação. Talvez raiva não fosse a palavra certa. Ela sentia era muito ciúmes!  As quatros se diziam suas amigas, mas parecia, às vezes que nem notavam como Bianca se sentia ignorada, e a menos amada do grupo. O ódio era tanto que ela fechou a mão com tanta força, como fosse dar um soco em alguém, porém ela tinha esquecido que suas unhas estavam grandes, e como apertou com força acabou cortado a própria mão.
Bianca-Professor!._ falou e a sala direcionou para ela e era normal, ela não falava nunca, era bem raro, era lógico que todos iriam encara-la.
Professor- o que foi? _ ele perguntou e ela levantou a mão e ele á olhou surpreso e até mesmo com um pouco de espanto.
Professor- vai na enfermaria Bianca antes que isso fique pior._ ele falou e ela concordou com a cabeça e saiu da sala. A enfermeira fez um curativo na sua mão e a mandou não usar muito ela por algum dias. A sorte que foi a mão esquerda, assim ela ainda poderia escrever já que era destra. Ela foi voltando para a sala. Chegado lá, voltou para seu lugar, a aula estava muito chata, pelo menos ela estava achando. Ela queria seus fones, seu celular. Ou até mesmo uma companhia naquele trabalho para não se sentir tão entediada. Logo terminou as aulas de Biologia ( sim aulas, eram duas seguidas )  agora era aula de redação. Também era duas aulas, mas uma seria agora e a outra depois do Intervalo. O professor mandou fazer uma redação de apresentação, o tema da redação era "minha vida" O que fez Bianca se questionar  ”Vida? Eu não tenho nem amigos." Pensou consigo mesma e fechou os olhos. Ela estava completamente sem ideia, sua vida não era legal. Ela ainda passava, mas passava em preto e branco, sem nenhuma emoção, sem nada. Ela estava prestes a escrever tudo isso, que sua vida não tinha cor mas não achou uma boa ideia. Ela tinha que passa a imagem de alguém que está bem, alguém forte, alguém feliz. E foi isso que ela fez. Escreveu uma das redações mais falsas que já fez na vida. Inventou uma vida completamente perfeita. Inventou que era completamente feliz. Quando na verdade tudo era o contrário do que estava escrito. Assim a aula passou rápido e longo se iniciou a aula de matemática. Mas ela não conseguia se concentrar em nada que o professor dizia, mas uma vez. E começou a pensa "Você já se imaginou completamente sozinha? Mesmo não estado fisicamente só? Eu carregava comigo uma proteção, achava que ela iria me proteger de todo o mal que tentasse me atingir. Eu observava as pessoas ao meu redor, porem nunca as entendia e quando as entendia sentia medo do que descobria. O tempo foi passado e as pessoas foram mudado, se distanciado, e entrado em novos mundos, sim! Vamos dizer que sejam mundos! Porque cada um tem o seu não? Então, eu virei nada mais nada menos que... A garota que vive sozinha num mundo que se acabou. Às vezes tenho essa sensação, de está em um mundo que apenas eu, existo, abito. Sou fisicamente fraca, porém não pretendo ser uma pessoa fraca. Não mais.." Ela viajou tanto em pensamentos que a aula passou rápido. Logo já era o 2 intervalo e todos saíram em direção ao refeitório. O professor porém começou a vim em direção a Bianca e disse
Professor- sua situação não está boa, e se continuar assim só iria piorar. Pense nisso._ disse saindo deixando a garota sozinha naquela imensa sala que se encontrava completamente vazia.
Bianca- queria que alguém me ajudasse ou ao menos me entendesse..._ disse não contendo lágrimas. As lágrimas invadiam sempre o rosto de Bianca sem permissão. Era algum que ela já não conseguia controlar. Cada crítica do seu comportamento, cada nota baixa, cada amigo se distanciando, tudo aquilo a sobrecarregava a fazendo entrar em pânico.
Bianca- finalmente um pouco sozinha.. e ainda tem atividade pra fazer, ainda tem trabalhos para passar a limpo. Relaxar... Ai eu odeio ficar pensando nisso. Mas tudo bem, tudo bem! vai ficar tudo bem. Você vai se sair muito boa. Você está dando o seu melhor._ ela falava baixinho para si mesma sem perceber que já estava entrando numa crise de ansiedade
Bianca- Você devia ter indo comer, você não comeu nada ainda hoje. Talvez eu devesse desistir de estudar? Ta tudo tão estranho, eu to me sentido tão sozinha... Droga!, não consigo respirar, não consigo respirar.... ai meu Deus. Gente alguém me ajudar. Bianca se ajudar, se ajuda!!não entrar em desespero, não entrar. _ Dizia para si mesma sentindo sua respiração acelerar, seu coração palpitar cada vez mais rápido e suas mãos começarem a tremer. Lagrimas invadiam cada vez mais seu rosto e aquela misturar de sentimentos descontrolados só piorava tudo
Bianca- Idiota! Você chorar todos os dia! Ninguém vai querer ficar perto de você! Tenta se acalmar, tenta relaxa,..eu não tenho ninguém, ninguém me suporta. Se acalmar, se acalmar! respirar fundo, respirar fundo! você não pode ficar assim. Se acalmar, se acalmar, as pessoas gostam de você, e quem tá do seu lado é porque te apoiam e te entendem. Se acalmar, ta tudo bem. _ Apesar de tenta convence-la a si própria que ela estava bem, nada daquilo que ela falava, a deixava calma. O desespero era grande. Ela já não conseguia controlar o volume do choro, que cada vez só aumentava. Seu corpo todo tremia agora, não apenas as mãos como antes. Bianca começou a ficar tonta e com ânsia de vomito. Abaixou a cabeça na cadeira e tentou relaxar o máximo possível. Mesmo que ela quisesse se acalmar ela não conseguia parar de chorar. Foi quando ela sentiu alguém parado do seu lado.
xxx- Bianca?