Capítulo 2

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Horas ou talvez dias, não sei... Não tinha noção de tempo naquele lugar. Era todo branco, impessoal e além de mim, da cama e do computador que insistia em fazer o mesmo som engraçado bip...bip... Havia apenas quatro paredes e duas portas. Nada que ajudasse a sair dali ou me dissesse algo.

Alguns momentos antes, uma mulher, pelo menos eu acho que era, esteve aqui. Ela tinha cabeça raspada olhos castanhos e era alta e forte, ela usava roupas brancas e não olhou em meus olhos nenhuma vez se quer enquanto me alimentava. Logo depois ela colocou alguma droga no cano conectado ao meu pulso. MALDITAS ALGEMAS que não me permitem tentar tira-lo outra vez.

Quando acordei estava com os cabelos levemente úmidos e com cheiro doce, como flores ou algo assim. Depois de algum tempo reparei que estava nua por baixo de um lençol. Mas que diabos! E ainda querem se fazer de vítima?! Pro inferno com isso.

A porta se abriu revelando aquele homem novamente. Os olhos eram azuis e  profundos muito parecido com quem eu suponho que seja  a irmã dele
- Olha só quem voltou!- dei o meu melhor sorriso irônico. -Não é incrível o jeito que você trata seus pacientes?!
-E quem disse que eu sou seu médico? - disse mal humorado.
- Tem razão, médicos em sua maioria são confiáveis. -Disse rispidamente enquanto encarava aqueles lindos olhos azuis. -Mas enfim vamos aos negócios...- Desviei o olhar- Você devolve minhas roupas e eu sumo da sua vista.
- Essa seria uma ótima proposta se eu não estivesse adorando esse vermelho em seu rosto-Disse enquanto cruzava os braços- Além disso você é meu problema agora.
- Seu problema?
- Sim, em outras palavras...- Soltou um pesado suspiro- Posso fazer o que quiser com você.
- Como assim o que quiser?!- Disse já puta da vida.
- Isso mesmo. Você é minha responsabilidade. Fui encarregado de investigar sobre você. - Disse se aproximando de mim.
- E quem diabos você pensa que é? - Encarei aqueles olhos com raiva. - Eu posso muito bem me cuidar sozinha!
De repente ele já estava com o rosto muito perto.
- Você não lembra nem seu nome - Sentia seu hálito fresco enquanto seus olhos me acusavam - E eu sou a única pessoa que pode te ajudar agora.
Algo naquele homem me fazia querer fugir. Eu tremi e não entendi o por quê.
- Duvido. - Disse erguendo o queixo em forma de desafio - Não consigo entender como pretende me ajudar me algemado em uma cama! - O acusei.
O homem riu.

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⏰ Última atualização: Dec 20, 2019 ⏰

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