Beco Diagonal

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Não me lembro muito bem de como foi a primeira vez em que eu estive no Beco Diagonal, parece que foi a muito tempo. Papai olha para todos os lados encantado, era um cena realmente engraçada a adorável de se ver.

Tinhamos acabado de sair do Gringotes e trocar nosso dinheiro trouxa por dinheiro bruxo, agora não sei realmente qual dos meus materiais escolares eu vou comprar primeiro. Os bruxos olham para mim e para o papai, alguns como se fossemos um inseto, outros com graça já que devem achar nossas roupas de trouxas esquisitas -e aposto que papai pensa o mesmo das roupas dele- e também porque meu pai parece uma criança numa loja de brinquedos.

— Tem mesmo um dragão lá dentro? – Ele me pergunta e eu assinto.

No meu aniversário, que já faz vários meses, eles descobriram que sou uma bruxa, e depois disso de vez em quando eles me perguntam algumas coisas sobre o mundo mágico, outras eu apenas conto para eles, embora eles ainda não saibam 1/3 sobre o mundo bruxo porque eu não posso simplesmente chegar e dizer "Mãe! Sabia que existem testralios em Hogwarts que são cavalos que apenas pessoas que viram a morte conseguem ver?" Ou algo parecido. Seria estranho.

— Talvez se nos bancos trouxas tivessem dragões não teriamos tantos assaltos. – Ele brinca e eu rio junto com ele caminhando para nenhum lugar específico.

— A segurança desse banco é imensa, apenas um louco pensaria em assaltá-lo. – Digo pegando minha lista de materiais escolares das mãos do papai. — A gente podia ir comprar meu uniforme primeiro com a Madame Malkin...ou talvez minha varinha.

— Talvez seus livros...

— São muitas coisas para comprar. Por que a mamãe não veio nos ajudar, mesmo? – Brinco.

Mamãe estava muito ocupada hoje para vir com a gente. Por mais que ela quisesse ter vindo, uma funcionária de uma das lojas tinha ficado doente então ela tinha que ficar no lugar dela. Uma pena, eu iria adorar mostrar para ela os Sapos de Chocolate.

— Vamos comprar seu uniforme primeiro. – Assenti pegando a mão do papai, como já era de costume, e indo junto com ele em direção a loja de roupas.

Hoje o Beco Diagonal estava cheio de pessoas, se eu soltasse a mão dele era capaz de eu me perder no meio daquela multidão, e eu já tenho uma péssima experiência com desaparecimentos em lugares lotados.

Foi uma vez, quando eu estava num parque de diversões junto com meus pais, Alex e tia Maggie, basicamente eu me perdi no meio de toda aquela gente e surtei, não encontrava nenhum deles em lugar algum, tia Maggie e Alex me encontraram perto do carrinho de algodão doce a beira das lágrimas...não é algo muito bom de se lembrar.

É um número bem grande de pessoas que estão no Beco Diagonal nesse momento, porém da mesma forma, inexplicavelmente eu consegui reconhecer alguém no meio de todas aquelas pessoas, e justo aquela pessoa.

Era ele, no meio de toda aquela gente, fazia tanto tempo desde a última vez que eu o vi que é como se estivesse vendo um fantasma. Ele estava mais alto do que da última vez que eu o vi, e seu cabelo também estava mais longo, ele parecia entendiado, até mesmo triste. E era mesmo ele.

Papai parou quando percebeu que eu estava começando a andar mais devagar que ele, deve pensar que estou cansada ou que ele deve estar andando rápido demais, o que acontece muito já que ele é tão alto que até mesmo se destaca no meio da multidão. Pernas maiores, passos mais longos.

— Está tudo bem, filha? – Continuei olhando para o garoto, ele estava bem diferente, mas depois de 5 anos era claro que alguma coisa nele iria mudar. — Filha?

Só então quando ele olha para mim eu me escondo atrás do meu pai, mas já era tarde, ele tinha me visto. A expressão dele estava alguma coisa entre assustado e animado, ele começou a olhar para todos os cantos me procurando até que o outro garoto chama a sua atenção.

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⏰ Última atualização: Jun 26, 2017 ⏰

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